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OS IRMÃOS PEVENSIE- PARTE UM


Em uma noite, um garoto observava maravilhado oque ocorria do lado de fora de sua janela, não me pergunte o por que deste garoto estar sorrindo com aquela barbaridade, talvez fosse inocente de mais para entender oque acontecia, alias, todos nos somos. Mas acredito que oque quer que estivesse pensando, ele não conseguiu concluir por que alguém havia aberto a porta de seu quarto.

"Que barbaridade seria essa?" Você certamente se pergunta. Creio que já estejam cientes que humanos são podres, e eu como uma tenho o direito de dizer. Acham que tudo pode se resolver com mortes. E ali era um lugar propicio para isto. "Então oque esta garoto estava fazendo lá?". Ele não tinha escolha, estava em sua casa com sua família e estavam matando todos pelos ares, uma guerra que não era de ninguém ali.

Este garoto era Edmundo, e estava observando admirado (creio eu) casas e paredes sendo explodidas pelos bombardeios quando sua mãe entra em seu quarto correndo acompanhada de seu irmão mais velho Pedro.

- Edmundo! Saia já daí!- ele exclama enquanto fechava as cortinas- Pedro! Vão, rápido!- e se volta ao menor novamente- Oque pensa que está fazendo? Agora Pedro!

Ambos correram para fora do quarto agarrando qualquer coisa que julgassem necessário. Em um quarto não muito longe dali, no mesmo corredor, Susana apressava sua irmã mais nova, Lúcia que estava deitada em sua cama abraçada com ursinhos de pelúcia e usando um travesseiro para tapar os ouvidos.

- Lúcia! Vamos!- a garota gritou e a puxou para fora do quarto

Já no andar de baixo da casa os irmãos e sua mãe corriam o mais rápido que pudessem para o abrigo como se suas vidas dependessem daquilo, e dependia. Em meio a gritos e explosões Edmundo, o garoto que estava na janela, se vira bruscamente para a direção da casa para buscar um retrato de seu pai.

- Edmundo!- sua mãe gritava enquanto direcionava as filhas ao abrigo

Pedro começa a correr atrás de seu irmão.

- Não se preocupe Mãe. Eu trago ele!

Entraram na casa correndo, Edmundo teve tempo de esticar seus braços e pegar um retrato de seu pai que estava sob a mesa antes que Pedro gritar para que ele abaixasse e parte da parede se desfazer.

- Vamos seu idiota!- Pedro dizia empurrando o garoto até o abrigo.

- Como você consegue ser tão egoísta?- Pedro gritava quando finalmente haviam entrado no abrigo nos fundos da casa- Você poderia ter nos matado!

- Chega!- a mãe grita deixando todos quietos

(...)

Outro dia havia chegado, agora os irmãos Pevensie estavam prestes a se despedir de sua mãe. Com a guerra e os bombardeios, muitas pessoas ofereceram suas casas para abrigar crianças por um tempo, muitas dessas pessoas tinham outros interesses, como usar as crianças nos trabalhos domésticos.

- Precisa ficar com isso querida.- dizia a mãe enquanto ajustava um etiqueta prendida no casaco de Lúcia, e depois se direcionando a Edmundo.

- Se o papai estivesse aqui ele não nos deixaria ir- resmungou o menino

- Se ele estivesse aqui, a guerra já teria acabado e não teríamos que ir a lugar algum- rebateu Pedro

- Vai obedecer seu irmão?- a mulher pergunta mas o garoto não a responde, ela então o abraça e se vira para filho mais velho o envolvendo em um abraço- Você vai cuidar deles não vai?

- Vou sim mãe.- ele responde

- Susana se comporte como sempre fez.-ela sorria para a garota- Bom, está na hora de partirem.

Após uma última despedida os irmãos pegaram suas bagagens e embarcaram no trem. Foi uma viajem longa, por assim dizer. Haviam outras crianças na cabine do trem que desceram nas primeiras paradas, mas não era hora e nem clima para fazer amigos.

Após um tempo de viagem as crianças desembarcaram em uma estação abandonada, não havia ninguém e nem mesmo teto lá. Apenas uma placa escrita "PARADA COOMBE" não demorou muito para que um carro aparecesse, porém este passou direto sem ao menos se preocupar com as quatro crianças ali, sozinhas.

- O professor sabia que viríamos...- comentou Susana

- Talvez nossas etiquetas estejam erradas- sugeriu Edmundo observando a etiqueta presa ao seu casaco

Neste momento escutaram oque parecia ser um cavalo, e logo avistaram no final da estrada um mulher conduzindo uma senhora, que parou em sua frente. Era uma mulher já idosa, ou de meia idade, não dava pra ter certeza.

- Senhorita Marta?- pergunta Pedro

- Receio que sim.- a mulher responde e olha os garotos um por um- Só trouxeram isso?

- Sim senhora. Somos só nós

- Hum, pequenos favores- a mulher responde dando sinal para que entrassem.

(...)

Após um tempo (não muito) andando em uma estrada de chão chegaram a um grande terreno com grama verde e bem cuidada. Atrás do vasto terreno que parecia um tapete felpudo e verde avistaram finalmente a casa que passariam dois meses. Era uma casa grande, isso era fato mas também era oque mais os assustava.

- O professor não está muito acostumado com crianças, portanto teremos algumas regras.- dizia a senhora enquanto os guiava para dentro da casa e por um pequeno lance de escadas que levava para outros dois em lados diferentes- Nada de gritaria, nem correria. O elevador de refeições bom, é só para refeições.
Susana estava apreciando uma escultura que havia no meio da escada, e tentou toca-lá oque fez a senhora bradar algo como "E NADA DE ENCOSTAR NOS OBJETOS HISTÓRICOS!'' (e haviam muitos deles espalhados pela casa). A garota tirou sua mão rapidamente, oque fez seus imãos (exceto Lúcia) soltarem algumas risadinhas antes de continuar a seguir a senhora.

- E acima de tudo, não incomodem o professor.- concluiu ela

(...)

Mais tarde, naquela mesma noite os irmãos Pevensie estavam no quarto em que Susana e Lúcia dormiriam escutando noticias pelo rádio. Quero dizer só o nosso caro Pedro estava escutando, porque Susana o desligou com brutalidade. Pedro a olhou confuso como se perguntasse "Oque foi?'' e ela apenas respondeu apontando para Lúcia que estava deitada no mesmo quarto.

- Os lençóis são ásperos- a menor disse quando seus irmãos se aproximaram

- Guerras não duram para sempre. Logo estaremos em casa- Susana disse com a intenção de confortar a menor

- Se ela ainda estiver lá- Edmundo havia acabado de aparecer no quarto e Pedro o olhou com desdém

- Não deveria estar na cama?- Susana  perguntou

- Sim, mãe.- o garoto rebateu (mas que garotinho irritante não?)

- É um grande lugar lá fora, podemos fazer o que quisermos. Amanha será divertido- Pedro tentava convencer a pequena Lúcia que o olhou desconfiada- Eu prometo.

Notas:

Bom, para a primeira parte do capítulo um até que eu gostei kkkkkkk

Estou amando o retorno que estou recebendo de vocês logo na introdução hihi muito obrigada❤

Parte dois em breve hehe

~ 1122 palavras

S2

O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPA: A VERDADEIRA HISTÓRIA🦁🖤🦋Onde histórias criam vida. Descubra agora