ᴠɪɪ

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ELE ESTÁ DE VOLTA.

(...) 

- Como assim?

- Isso está certo?

- Acho que escutei errado...

- Certeza?

- Nossa!

Todos faziam perguntas uns aos outros confusos.

- Gente, gente. Calma.- bradou Fernanda e todos pararam de conversar de repente- Vocês estão falando sério?

- Nós estamos. Mas e você?- indagou Edmundo fitando a garota

- Eu estou! Ora!- respondeu ficando levemente vermelha de raiva- E acho que vocês também. Olhem a diferença de nossas roupas, agora faz sentido, pensei que nunca veria pessoas que levavam os estilos do Pinterest tão a sério...

- Que?

- Nada não.

- Realmente, não entendemos essas coisas que você fala...

- É, acredito em você.- Pedro sorriu.

- Acho que o sr. Tumnus pode explicar! Vamos.- apressou Lúcia.

- Você pode explicar oque é colive?- Pedro pergunta a Fernanda enquanto caminhavam.

- Covid? É, o vírus que deu origem a pandemia. É um saco, estamos de quarentena a um tempão... Tendo aula pelo laptop e por aí vai...

Pedro a olhou confuso e ela deu uma breve explicação do que era "A pessoa fica dentro de uma tela, de um lugar conversando com você, que pode estar do outro lado do mundo''. Mais a frente Lúcia tagarelava sobre sr. Tumnus e sua casa. 

- E, bom me desculpe se soar ignorante mas a guerra é um dos meus conteúdos favoritos.- Fernanda deu um pequeno salto de animação.

- Porque pareceria ignorante?- pergunta com uma risada anasalada. 

- Bom, foi um período, sei lá, tenso. - ele assentiu- Acho melhor não falar muito sobre...

Fernanda achou a conversa com Pedro e seus irmãos interessante. Não esperava ter uma conversa tão informal e normal com pessoas de tal época. Aproveitaram o caminho para explorar a floresta. Era um lugar bonito, isso é fato. Mas quase não haviam animais, só neve, neve, neve, neve e mais neve. 

- Lá tem muitas comidas, vamos beber muito... Chá...- Lúcia parou de andar, e falar, quando chegaram perto de uma clareira.

- Lu?- chamou o Pedro mais, a garota não respondeu e correu até uma porta no fim da clareira.

Todos correram atrás dela (com direito a tropeços no chão). E ao entrarem pela porta se depararam com moveis jogados no chão, vidros quebrados, havia entrado muita neve pela porta aberta, além de papeis e objetos jogados no chão.

- Quem faria uma coisa dessas...- questionou Lúcia. Edmundo pisou em um porta-retrato fazendo seus irmãos mais velhos o olharem feio. 

Lúcia, andava pela casa pensando oque teria acontecido ao seu amigo, Fernanda andava ao lado da garota, tinha alguns palpites do que poderia ter ocorrido mas ficou calada. Nenhum deles sabiam que tipo de criaturas viviam naquele local, portanto não tinham como saber de muita coisa.

- Oque é isso?- Fernanda perguntou desviando sua atenção a um papel que Pedro acabara de arrancar de uma pilastra. 

O garoto leu:

O antigo inquilino deste prédio, o fauno Tumnus, está preso, aguardando julgamento, acusado de crime de alta traição contra Sua Majestade Imperial Jadis, Rainha de Nárnia, Castelã de Cair Paravel, Imperatriz das Ilhas Solitária, etc. É acusado outrossim de auxílio aos inimigos da supracitada Majestade, abrigando espiões e confraternizando-se com humanos. 

O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPA: A VERDADEIRA HISTÓRIA🦁🖤🦋Onde histórias criam vida. Descubra agora