As vezes eu sinto que sou um copo.
Um copo cheio,
Prestes a transbordar.
As vezes sinto que sou uma bomba.
Uma bomba relógio,
Prestes a explodir.
Mas será que devo?
Transbordar?
Explodir?
Me libertar?
Mostrar a face da pessoa que escondo,
Debaixo dessa máscara de indiferença?
Será que gritar o que me dói
Me traria paz?
Mas minhas forças se acabam.
E da minha garganta,
Esse grito enrustido em minhas entranhas
Nunca se vai.
Um dia vou me libertar,
Desse ser,
Desse corpo pesado
E irei ser livre.
Voarei por essas terras,
Com as asas que sempre desejei ter.
_Darq663-18/03/2021_