Eu olho para além das ondas selvagens da desilusão
O lugar onde há a quebra de tantas projeções
Lá mora o sofrimento que envelhece a alma
Onde a retina da desesperança se dilata e o sorriso chora.
Lá, onde o coração congela e a pulsação se cala
Nas tempestades do que outrora foi beleza
Onde só há as ervas daninhas dos jardins esquecidos
E a calma é envenenada pelas mortíferas rupturas.
Lá, onde a grandeza, covardemente, correu em retirada
Partiu sem bater a já esvaída continência
Lá, que também é aqui pelas vivências que armaram
Sua tenda no terreno baldio de um já devastado coração.
27-01-21
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ALMA DE POETA
PoetryPemas que vertem de uma alma que foi mergulhada no rio dos versos, no oceano da poesia, antes de ir habitar em seu casulo, em uma casca de carne. 📃📃📃 Agradeço à Luana Borges pela capa.