QUARENTA E CINCO

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procuro a verdadeira razão disso tudo.

viver intensamente,
morrendo lentamente?
qual o real sentido do mundo?
me sufoco em minhas teorias
me afundo em tantos porquês
e me pergunto mais uma vez:
por que toda essa complexidade me causa tanta euforia?

a paixão me consome
o meu medo tem nome,
tem sobrenome.
eu imploro que me chame,
me tome.
eu suplico amor.
eu espero que me deseje.
eu peço socorro
e espero que me deixe.

penso de mais e já perdi as contas das vezes que disse estar cansada.
falo uma eternidade e mesmo assim não digo nada.
mas talvez um dia eu encontre alguém.
talvez um dia tudo faça sentido.
talvez eu também só precise de alguém
que eu chame de amor e possa ser meu abrigo.

quero depositar-me nele.
quero que ele por mim zele.
quero que por esse amor eu anele.
quero que suas palavras durmam em minha pele.

NA PAZ DO AMOR, MELANCOLIAOnde histórias criam vida. Descubra agora