Voz

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Gente, eu agradeço mesmo quem estiver lendo isso daqui. É a primeira fanfic que produzo. Nunca imaginei que alguém iria ler as minhas histórias. Deixem o feedback pra mim nos comentários, isso é importante demais.

Boa leitura!

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Márcia então, saiu do bar com o semblante confuso acompanhado da questão. Sussurrou para si mesmo:
- Como aquele perfume, que somente Inês possui, têm adentrado seu quarto todas as noites, Márcia!?

Ela ficou com isso na cabeça e notou que esqueceu de perguntar à Inês o que ela foi fazer no IML, se havia perdido alguém ou não. Ela quis dar meia volta e tirar as certas conclusões, mas decidiu não voltar. Isso resolveria depois.

Quando chegou na delegacia, ainda cedo sem quase ninguém no local. Um pouco antes de seu expediente começar. Ela pôde ouvir algumas vozes vindo da sala principal da delegacia. As mesmas, se exaltando, podia notar-se um diálogo agressivo. Quando bateu à porta e abriu-a. Viu que não tinha ninguém além do delegado, Ivo.

O mesmo pôde notar o espanto da investigadora em seu semblante.

Ivo: Investigadora Márcia, bom dia. O que faz em minha sala? - disse forçando um pigarro.

Márcia então, não conseguira formar uma palavra, pois tinha certeza que ouvira uma outra voz além do delegado. E disse somente em forma de respeito: - Des...desculpa senhor. Vim me apresentar. O dia começou antes pra mim. - franziu o cenho e logo virou de costas, voltando para o centro da delegacia.

Ela tinha certeza que Ivo, não estava sozinho em sua sala e que a voz que ouvira há pouco, não era de um ser-humano "comum". Logo, pode avistar seu parceiro Eric chegar, e então tenta conversar com ele sobre o acontecido.

Ela contou, e quem avistava a conversa de longe, só podia ver Eric se desmanchando em risadas.

Márcia: - É sério Eric, para de rir. - disse deixando ele notar a sua feição brava surgir. -Eu ouvi.

Eric: - Tá... Tá bom! Então você ouviu uma voz de uma pessoa que não era "pessoa" saindo da sala do Ivo? - fez aspas com as mãos.

Márcia: - Sim, e é sério. Eu pude ouvir e notei que ele e a voz estavam de alguma forma promovendo uma discussão...

Márcia ficou explicando o ocorrido e notou que não ganhou uma certa credulidade vindo de Eric. Parou de tentar se explicar, e foi fazer o seu trabalho na delegacia.

As coisas não estavam tão fáceis por lá. Mais um corpo sumiu do IML.

Márcia, notou que estava mais cansada que o normal e desta vez, não quis se envolver no caso. Deixou que outra investigadora fosse até o local junto de Eric. Fez o que tinha de ser feito ali na delegacia mesmo.

No fim do expediente, organizou a sua mesa, pegou a chave do carro e foi embora. No caminho de casa havia acontecido um acidente, nenhum ferido, porém a estrada estava interditada, dali em diante. Márcia teve que mudar a rota e passar pela praia de Botafogo, que era o caminho mais bonito e também o mais longo. Estava cansada e resolveu dar uma parada e ir até a praia. Havia tempo que Márcia não tirava um tempo para si mesma.

Logo, ao colocar seus pés na água do mar. Pediu licença à Iemanjá, que nas religiões afro brasileiras é a orixá das águas salgadas. Márcia então, molhou sua nuca e voltou para a areia da praia.

O mais estranho foi, que quando Márcia se sentou na areia da praia, aquele perfume doce voltou a perturbar sua mente. Logo, se levantou e foi em direção ao seu carro.

Já longe da praia, pôde avistar uma mulher andando na beira. Márcia imediatamente ligou a mulher à Inês, cujo as vestes eram parecidas. Imediatamente gritou: - INÊS??? INÊS!!

Logo, Inês a avistou de longe. Márcia, pôde sentir todo o corpo arrepiar naquele momento, de uma forma que nunca sentiu. Os olhares foram lançados de um jeito mais que especial. Inês então não pôde esconder o brilho em seus olhos. Foi correndo falar com a investigadora:

Inês: - O...Oi Márcia, o que faz por aqui nessas horas? Tá tudo bem com você? - disse sentindo sua garganta secar no instante e deixando à mostra a preocupação.

Márcia: - Bom... Tive que trocar a rota de casa por causa de um acidente na outra estrada, mas eu estou bem. E você? O que faz essas horas na beira da praia, hein Dona Inês? - pela primeira vez disse com um sorriso esperto em seu rosto deixando a bruxa com as bochechas coradas.

Inês: - Não, nada disso! - podia se notar um certo nervosismo em seu semblante - Eu... Eu gosto de praia à noite. Venho às vezes. - disse mexendo em seus cabelos fazendo com que o perfume intenso exalasse do corpo.

Márcia ficou paralisada, e quando notou, estava a suspirar com um lindo sorriso em seus lábios. Inês, não pôde deixar de notar, e soltou um sorriso sincero também. Ali, ambas se olharam e o silêncio dominou. Elas não sabiam ao certo o que estava havendo, mas podiam sentir.

Márcia quis desconversar e logo disse que iria embora. Sem notar, Inês se aproximou um pouco, deixando a mesma tendo a obrigação de encará-la. Márcia transparecendo nervosismo, deixou a chave do carro cair, a pegou e ao se levantar deu de cara com Inês, e as duas começaram a rir da situação que ambas se colocaram.

A Visita - MARINÊSOnde histórias criam vida. Descubra agora