Perfume

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Eric:- Eu ainda não consegui encontrar nada, além de um tal de Cafofo que é um bar que fica na Lapa.

Márcia: - Ok, eu vou tentar procurar mais sobre. Obrigado.Tchau, se cuida.

Ela saiu dali pra delegacia, e ficou o dia todo com o assunto da borboleta na cabeça. E pode-se dizer também, que a história dessa tal Inês , ficara como uma pedra no sapato até que ela consiga resolver.

Mais à noite...

Depois de um longo dia de trabalho, Márcia chegou em casa cansada. Mas, nem o cansaço conseguiu tirar a tal história da cabeça. Ela tomou um banho e quando foi se deitar pôde notar que havia um perfume diferente em seu quarto. Olhou pra janela, e lá estava ela. A linda borboleta parecia estar fugindo naquele momento, sumindo entre as nuvens que pareciam estar tão perto da janela de seu apartamento.

Márcia não conseguiu dormir nada durante à noite, e isso estava fazendo mal à ela.

Quando o dia amanheceu, ela não quis esperar. Tinha que resolver essa história.

Pegou o endereço desse tal bar e foi. Chegando na Lapa, ela pode notar o que o perfume que sentira em seu quarto na noite anterior estava se repetindo.

Ela então, não quis perder mais tempo. Bateu à porta e esperou que alguém a atendesse. Estava escutando passos fortes vindo à porta, até que finalmente ela foi aberta. Um homem grande abriu.

Tutu: – Pois, não?

Márcia: – Aqui é o bar da Inês? Preciso falar com ela. Prazer, Investigadora Márcia. — Diz mostrando o seu distintivo policial.

Tutu: – Ela não...(Foi interrompido por Inês, que estava chegando perto da porta)

Inês: – Pode deixar a moça entrar, Tutu. Obrigado.

Ao se aproximar da porta, a mulher olhou para o fundo dos olhos da Investigadora. Márcia não queria encará-la, mas foi impossível não notar que a mesma usava um vestido também escuro, igual o da mulher que vira no dia anterior no IML.

Assim, que seus olhos se cruzaram. Márcia sabia que se conheciam, porém a questão era: de onde?

Imediatamente, surgiram sorrisos em ambas faces. As duas paralisaram por segundos. O diálogo nem havia começado e o silêncio era tanto que os olhares ficaram envergonhados rapidamente. Márcia, se sentiu totalmente embriagada pelo perfume doce, que tomou conta do ambiente. Enfim, Márcia decide quebrar o silêncio.

Márcia: – Cer... Certo. Obrigada por me deixar entrar. Prazer, Investigadora Márcia. — Esticou o braço para um futuro aperto de mão. Mas, logo notou que seria inválido e puxou novamente. – Eu gostaria de te fazer algumas perguntas. E deixo bem claro, que... que isso não é um interrogatório. — Disse, sentindo sua garganta secar. 

Inês: – Sim, eu sei quem você é. — a Bruxa pôde perceber o cenho franzido da mais nova e engoliu seco, pronta para soltar novas explicações. – Você é a investigadora que está no caso da morte da esposa de um outro policial. Certo?

Márcia: – Na... na verdade, sim. Mas como você sabe dessa história?

Inês: – Bom, as fofocas rodam. Né?! — disse dando um suspiro. – Mas, o que traz a vossa senhoria aqui? — formou-se um grande sorriso em seus lábios ao terminar a frase.

Márcia: – Exatamente, obrigada. Ontem, eu e meu parceiro tivemos que ir ao IML, porque misteriosamente um corpo que levamos há menos de 48h sumiu. E o seu nome estava na lista de visitantes como última pessoa a ir ao local. – A investigadora disse levantando as sobrancelhas esperando a resposta da bruxa.

Inês: Eu não sei se está achando que eu roubei um corpo. Mas, se essa for a questão, pode revistar aqui em casa. — a bruxa disse dando espaço para a investigadora passar.

A investigadora então, não perdeu tempo. Revistou a casa de canto em canto, e não encontrou sequer um vestígio que ali tivera um corpo.

Márcia: Olha, minhas desculpas. — se sentou numa cadeira próxima à porta. – É que eu estou muito dentro desse assunto, estou surtando. Tem muitas coisas me levando à você nesta investigação, e eu sequer conhecia você. Não estou entendendo nada. — Deixou o nervosismo tomar conta.

Inês: – Se acalme, eu te entendo. Quer um copo d'água? — disse calmamente ao se aproximar da Investigadora.

Márcia: – Não, obrigada. Já estou indo embora, obrigada pela atenção. — a investigadora virou de costas. Mas, deu meia volta com uma cara de dúvida. – Pode me dizer que perfume é esse que está quase me enlouquecendo?

Inês: Bo... Bom. Esse é o meu perfume. Eu mesma que o preparo. Por quê?

Inês ficou nervosa com a pergunta um pouco indiscreta vindo da mais nova. E sem prestar muita atenção no que estava à fazer, "sem querer" mordeu seus lábios após dar a resposta.

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Eu estou vibrando. Literalmente. Espero que quem estiver lendo, possa curtir. Ativem as minhas notificações. Um beijo.

A Visita - MARINÊSOnde histórias criam vida. Descubra agora