12: body talk pt.2 (+18)

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nota da autora: algumas cenas da parte um se repetem nesse capítulo, fiz isso pra que vocês não ficassem confusos na linha do tempo dos acontecimentos. Esse capítulo contém conteúdo explícito!

Motivem a autora, comentem muito e votem no capítulo. Boa leitura!

NARRAÇÃO DA LISA, mesma noite.

- Quantos shots você ainda tem que virar pra me levar até um lugar em que a gente fique sozinhas? - eu não planejei aquilo, mas e daí? Estava estampado em negrito em nossos rostos o que realmente queríamos fazer.

- Ah, sobre isso - ela vira meia garrafa que ainda faltava de uma vez e me encara - Pode ser agora.

Sigo seus movimentos até o caixa do restaurante-tenda com meus olhos, enquanto ela paga a bebida pra dona do estabelecimento eu tento me perguntar o que tem de tão singular nela que me deixa tão vidrada. Estranhamente, ela tinha uma presença impossível de se ignorar, eu gostava do olhar penetrante que ela tinha, me sentia intensamente atraída pelos gestos singelos que ela tinha com as mãos e enfeitiçada por qualquer coisa que ela dizia.

Não era só sobre o que ela dizia, era sobre como ela dizia, sempre tão cheia de si e sem receio de qualquer reação. Eu estranhava aquilo vindo de mim, muito. Já gostei de outras mulheres, mas não sabia o porquê de Jasmine ser como um ímã perto de mim, eu me sentia loucamente em chamas só por estar perto dela.

Talvez eu esteja maluca, ou talvez seja só a forma como nós conhecemos. Tudo foi de 8 até 8.000 muito rápido, as memórias também eram fortes. Então, como eu ia saber se estava completamente paranoica ou se aquilo era real mesmo e ela se sentia da mesma forma? Digo, em chamas como eu.

- Você não vem? - desperto de meu devaneio quando vejo ela parada alguns passos de mim com mais uma garrafa de soju na mão - Que foi? Desistiu?

- Não, foi mal - levanto e começo a seguir seus passos com uma curta distância entre nós.

Caminhamos por alguns minutos em uma rua movimentada, talvez porque fosse sábado, e foquei em não perdê-la de vista. Ela tinha a garrafa de soju em sua mão direita o tempo todo, dando goles generosos de tempo em tempo. Em seguida, vi ela entrar em um hotel grande e brilhante, provavelmente um lugar de estadia comum pra quem viajava a negócios. Ou, pelo menos, era essa a energia que o lugar passava.

- Boa noite, bem-vinda ao Waller como posso ajuda-la? - uma mulher por volta dos seus trinta anos disse pra Jasmine quando ela se aproximou do balcão.

- Preciso de um quarto.

- Claro, duas camas de solteiro, quantas noites? - a balconista percebe que me aproximo e nos entreolhamos com a suposição dela.

- Uma noite e uma cama de CASAL, por favor - Jasmine vira o resto do soju e encara a balconista com um sorrisinho falso.

Sorrio pequeno tentando me conter naquela situação.

- A-ah, entendo - ela continua digitando em seu computador enquanto Jasmine estende um cartão de crédito de sua pequena bolsa - Quarto 708, uma boa estadia.

- Obrigada - Jasmine coloca o braço em volta do meu pescoço e caminhamos até o elevador, mas posso sentir o olhar de julgamento da balconista sobre nós o caminho todo.

- Tadinha, você traumatizou ela - digo assim que as portas do elevador se fecham sorrindo.

- Eu? Ela já é bem grandinha pra saber que não existem só héteros nesse mundo, não acha? - ela ergue uma sobrancelha e se aproxima de mim apoiando as mãos na barra de ferro na qual eu me encostava - Se palavras traumatizaram ela assim, imagine se ela nos visse daqui 20 minutos naquele quarto.

Jennie's Half Asleep (JENLISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora