☕︎ 𝐓𝐒𝐔𝐊𝐈𝐒𝐇𝐈𝐌𝐀 𝐊𝐄𝐈

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Tsukishima é um bom ajudanteT

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Tsukishima é um bom ajudante
T.K.

- Minha prima está presa em um quarto! - Tsukishima não demonstrou expressão.

Bom, ele já esperava esse descuido vindo de [Nome], só não conseguiu prever que seria tão cedo.

Enfiou suas mãos mais a fundo da jaqueta, enquanto mantinha seu olhar confuso em direção a amiga.

Kei se perguntava no que em exato ele poderia ser útil naquele momento. Sem dar tempo para que o garoto esclarecesse suas dúvidas, [Nome] o puxou pelas ruas vazias em direção a casa de sua avó.

Era apenas um toque seguro na curvatura do braço, mas ela sentia sua pele aquecer. Por mínimos segundos, seus olhos se encontraram. O amaldiçoou quando notou que ele não demonstrava sentimento nenhum ao toque.

Os passos da menina estavam apressados, o louro quase tropeçou enquanto abandonava seus sapatos na entrada. A amiga o guiou até a área do porão, ele ficou impressionado ao ver quer não era igual ao porão assustador dos filmes, era como uma segunda casa, limpa, confortável e dividida em cômodos. Apenas não demonstrou.

- Aqui! - Ofegou. - Ela está presa aqui! - Era uma porta bem chamativa.

Mas o olhar de Kei ainda era o mesmo.

"E daí?"

Já era de seu feitio usar palavras sarcásticas para expressar tudo sobre si, mas ele não disse. Porque diria? Ele não tinha utilidade alguma alí. Não é como se ele fosse o homem mais forte do mundo. A garota empurrou a porta, mas ela nem sequer de moveu.

- Não está trancada, o que será que aconteceu? - Ele tocou na maçaneta, empurrando a porta de leve. Nenhum movimento sequer. Como se estivesse colada.

"Sem espaçamento." Pensou.

Ele não era o mestre da carpintaria, mas ele tinha consciência do que uma porta precisa para funcionar.

Um espirro.

[Nome] coçou o nariz enquanto apertava o próprio corpo.

O garoto rolou os olhos enquanto retirava seu casaco lentamente, o jogando sobre os ombros pequenos da menina.

Novamente sem expressão.

Seria uma cena romântica se o garoto pelo menos se esforçasse em olhar nos olhos dela.

Bem, parecia que ele era apenas mais um amor inalcançável.

- Está bem frio aqui. - Sussurrou enquanto enfiava suas mãos gélidas no bolso da calça. [Nome] ainda o olhava curioso. Ele soltou um suspiro cansado enquanto voltava a falar. - A porta não quer abrir porque o quarto do outro lado está mais quente do que o corredor onde estamos. Então a pressão do ar está mantendo a porta fechada pelo lado de dentro. Normalmente carpinteiros deixam uma folga para isso não acontecer, mas parece que ele não sabia disso.

- E o que podemos fazer? - Falar tanto estava deixando Tsukishima cansado.

- Já que a porta foi deixada assim, provavelmente deve ter espaço o suficiente para um adulto abri-la. Basta empurrarmos ao mesmo tempo com a maçaneta virada, deve funcionar.

[Nome] se sentiu tensa rente ao amigo. Agarrou a maçaneta, enquanto Kei estava logo atrás empurrando a porta com a ajuda de seu corpo. Parecia que havia toneladas de objetos impedindo a porta de ser aberta, ambos se assustaram quando a porta se tornou mais leve e seus corpos foram ao chão.

Não havia malícia.

Mas o louro rapidamente agarrou a saia rodada da garota, impedido-a de levantar com a ventania fresca na direção dos dois.

Ele estava apenas evitando constrangimentos futuros, mas sua bochechas não seguraram o tom rosado.

- Yachi! - Ela rapidamente se levantou, correndo em direção a pequena, que estava desacordada sobre o sofá. - Ela está...? - Ele tocou o pulso da menor, suspirando fraco em seguida.

- Está viva.

[Nome] levou a mão ao peito, em alívio. Sorriu fraco com o rosto sereno e sonoleto ds criança, ela não queria acordá-la agora. O que resultou em Kei a levando em suas costas para casa.

Bom, ele jamais negaria algo a ela. Mesmo que não gostasse de admitir isso.

O caminho era silencioso. Ele estava confortável com isso, já ela pensou que iria enlouquecer.

- Você gosta de mim? - [Nome] sussurrou. Houve uma longa quebra de tempo até que ele respondesse.

- Você é legal. - Murmurou de volta.

- Não foi bem isso que eu perguntei. - Sussurrou para si mesmo. - Oh! Chegamos! - A garota tomou a prima em seus braços, sorrindo amigavelmente para o mais velho. - Obrigado.

Mas ele não foi embora.

Pelo contrário.

Sua presença estava mais próxima.

Próximo demais.

Merda, ele estava tão perto do corpo tenso da amiga. Inconscientemente, ela fechou os olhos e formou um bico desajeitado nos lábios.

- Meu casaco. - "Eh?" - Está frio hoje. - Jogou o casaco sobre os próprios ombros e se curvou, sussurrando um "Até amanhã".

"Tsc! Nem um beijinho?" A garota pensou, mas agradeceu o fato dele não ter percebido seu bico vergonhoso.

- Vamos entrar? Está frio. - Murmurou para a pequena, mas ela ainda dormia em seus braços.

Um toque suave.

Ela esqueceu tudo ao seu redor no momento em que lábios suaves alcançaram sua bochecha, voltando a realidade, pôde ver Tsukishima virando seu corpo para o lado contrário e continuando seu caminho.

Pensou em correr atrás dele, mas suas pernas tremiam. Pensou em chamar por ele, mas sua voz não saía.

Talvez o melhor fosse apenas deixá-lo ir, já que ela havia conseguido o que queria.

E ele também.

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