Lá estava os três, na porta de minha casa, quando saí e fui até eles:
-Todos prontos? - falei confiante.
-Afirmativo, capitã! - Silas tentou soar firme, mas a risada escapou.
-Vamos, e cuidado em, já é 9h da noite, pode ser perigoso. - Léo falava, enquanto já andando na frente.Andamos bastante até chegar a entrada do parque municipal, vale lembrar que é um parque ecológico enorme, com muitas árvores mas também contém animais, por mais que a maior parte dócil, como pássaros e cachorros.
-É, não tem mais volta, espero que ele realmente esteja aqui. - Falei, entrando.
-Eii, o que é aquilo? - Igor apontava para o que parecia um cachorro com um boné, por mais sem sentido que fosse.
-Claro que é apenas... Esperem, é realmente um cachorro? - Todos estávamos perplexos, e começamos a segui-lo.Era um Pitbull branco, com um chapéu preto, e seguia para fora da trilha principal, em direção a floresta que fica por todos os lados do parque, ia para um canto.
Fomos indo, até que nós deparamos em uma clareira, porém tinha algo incomum:
Era uma barraca de madeira e lona, tinha um sofá surrado pelo tempo no meio, um armário quebrado próximo, varais com roupas passagem por todos os lados, muitos com sacolas plásticas ou roupas, o lugar todo parecia um acampamento, mas um acampamento abandonado, desorganizado, e de apenas uma pessoa.-Olá? - disse Igor, hesitante.
-Garotos por esse lado da floresta? Tão tarde da noite? - falou uma elegante voz, uma mulher que parecia ter 20 anos, cabelos encaracolados curtos, roupas casuais.
-E-Estávamos seguindo o cachorro... Não queríamos invadir sua casa. - Falou Léo, a voz um pouco trêmula e eu podia jurar mesmo a pouca luz, que ele estava corado.
-Sem problemas, esse é um parque público não é mesmo? - Sua voz saiu suave, com uma pontada de tristeza.
-É... Qual o nome do seu cachorro? Porque ele está com um boné?. - falei.
-Bem, esse é o Costelinha, meu fiel amigo, um doce de cachorro, e bem, ele gosta do boné. - Disse a mulher. E como pressentindo que estávamos falando dele, Costelinha correu e lambeu Igor, que estava na frente.
-Que gracinha de cachorro, como a dona, qual é o seu nome? - disse Igor.
-Ele é muito dócil mesmo, mas espanta os mau intencionados, meu nome é Alex, prazer em conhecê-los crianças. - disse Alex.
-O prazer é todo nosso, Alex, me chamo Júlia, esse grandão é o Léo, e esses dois são Igor e Silas.- falei sorridente, pois pensei em algo legal.
-Será que você poderia nós ajudar? Poderíamos ajudar você a arrumar seu... Chalé. -Igor -Bem... claro... Então, eu estou aqui a uns meses, antes tinha mais dois cachorrinhos, minhas amadas: Gaia e a Luna, mas elas sumiram de noite... tem um boato de fantasmas por aqui pela noite, porque da para escutar uns grunhidos e barulhos estranhos, começaram a uns 2 meses, foi por ai que ambas sumiram.- Alex fala com expressão de dor e amargura.
-Poxa vida, que tristeza... eu perdi um e estou tão desanimada, nem consigo imagino sua dor, meus pêsames Alex... -Júlia. -E aqui? não é perigoso para você senhorita? - Silas. -Se realmente tem fantasmas, ou algo estranho nessa floresta, você deveria prezar mais por sua segurança e achar outro lugar...-Léo. -Nem todos tem lá muitas opções de onde morar ou ficar... Sabe, tudo deu tão errado nesse ultimo ano na minha vida, que nem acredito que cheguei nesse fundo do poço... -Alex começa a chorarNão sei como consolar, pois nunca vivenciei uma situação dessas na minha vida, sou grata por minha família apesar dos pesares... E ver que tem tanta maldade por ai... é outro pequeno choque de realidade. Abraço a Alex, ela tem um rosto muito bonito, e é alta, me cobrindo com seu abraço, acabo pensando em o que aconteceu com ela, e se ela era modelo, pois era belíssima, mesma sem lá muitas roupas elegantes.
Léo e Silas começar a organizar o pequeno acampamento, ajudando a amarrar melhor a tenda, e a organizar as coisas jogadas, enquanto Igor brincava com Costelinha.
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Neve
AdventureJúlia e seu amado coelho: Neve, são inseparáveis, mas um dia ele some, o que ela fará sem seu leal companheiro?