Um: A Descoberta Não Tão Supreendente

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Hoje completa 6 meses desde a ida de Will e Mike não poderia estar mais perdido em seus próprios pensamentos.

Jane havia dito que o amava, e o garoto tinha certeza que a amava também, então por que a situação foi extremamente estranha e sem nenhuma borboleta no estômago como os filmes e livros geralmente mostram que acontece?

Naquele dia, seis meses antes, havia sentido as malditas borboletas, mas não por Jane, muito pelo contrário...

Sentiu por Will, observando o sorriso grande do garoto enquanto afirmava que não teria outro grupo na nova cidade, ah...lá estavam as borboletas novamente dançando e voando animadas em seu estômago. Suspirou irritado e saiu de seu quarto bufando pois alguém - que Mike sabia muito bem quem era - não parava de tocar a campainha repetidamente. Abriu a porta e a ruiva atrás da mesma sorriu sabendo que tinha deixado o maior irritado:

— Pra' quê tocar tantas vezes? Eu sempre atendo na primeira vez

— Não atende não — Retrucou risonha — Mas hoje eu não quero discutir com você, então, vamos logo

O garoto sorriu e fechou a porta trancando a mesma. Subiu em sua bicicleta e seguiu a garota em sua bicicleta menor amarela:

— Não ta' na hora de você comprar uma bike nova?

— Se eu fosse rica compraria, mas não sou você — Deu a língua para Mike que riu envergonhado

Mike havia perdido seu melhor amigo, assim como Max perdeu sua melhor amiga, então após algumas partidas de D&D juntos e boas jogadas acirradas no Dig Dug, começaram a ver que tinham muito mais em comum do que pensavam, e deixando o orgulho de lado, logo viraram colegas, e depois amigos.

Havia uma nova versão de Pac-Man no Arcade e ambos estavam extremamente animados para descobrirem novas atualizações e todos níveis possíveis no mesmo.

Deixaram a bicicleta no paraciclo e entraram quase pulando de animação no Arcade que estava começando a encher de adolescentes e crianças diversas.

Correram para a nova sala que continua todos jogos novos e esperaram atrás de um garoto alto, moreno, bem bonito. Mike se assustou com o próprio pensamento e desviou o olhar para Max, que olhava animada para as jogadas que o menino a frente fazia.

O garoto logo perdeu e Max sorriu praticamente tirando o joystick da mão do mesmo, fazendo Mike rir nasalado e preparar o outro joystick ao lado:

— Pronto, Wheeler?

— Mais pronto impossível, Mayfield

A garota riu nasalado. Não gostava do sobrenome, mas era melhor do que ser chamada de Maxine. Apertou o botão verde com os dizeres "play" e logo o jogo se iniciou.

Jogavam como se suas vidas dependessem disso, e como estavam em dupla estavam também ganhando todos níveis. Crianças e adolescentes se amontoaram atrás dos amigos enquanto gritavam "vai! boa! pra' aquele lado!" e entre tantas coisas que Mike e Max mal prestavam atenção pois estavam imersos no jogo a sua frente.

Passaram bons 50 minutos jogando até que seus dedos e tendões começaram a doer imensamente e tiveram que desistir, mas estavam em primeiros na colocação, com 19876 pontos, quase o que Max havia feito anos atrás sozinha. Sorriram orgulhosos e se sentaram em uma mesa vazia do estabelecimento.

O Arcade era uma mistura de lanchonete e fliperama, além de ter lanches baratos e saborosos, sendo assim os amigos amavam passar tempo ali:

— Cara, que foda — Max comentou quando se sentou — Sei que é só Pac-Man mas foi muito foda jogar

Tudo O Que Tenho A Dizer; byler Onde histórias criam vida. Descubra agora