✈︎ Happy birthday part. I

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Luiza's p.o.v

O sol nasce tão forte, que invade as janelas de nosso quarto. Rafaela dormia de costas para a luz, ao contrário de mim. Protejo os olhos com a mão, para que eu não me cegue.

Me visto, penteio os cabelos, e desço à cozinha. Gabbie tomava café.

- Bom dia, Iza!- Sorri, e toma um gole de chá.- E feliz aniversário!- A abraço por trás.

- Dormiu bem?- Pergunto, ainda com muito sono.

- Dormi. Por incrível que pareça, Lav não nos acordou a noite.- Ela diz, em um leve sorriso.

Me sento ao lado da cacheada, para tomar meu café. Café com leite, claro. Aos poucos a galera foi acordando. " Feliz aniversário" foi uma frase, comum naquela sala, vindos de todos. Até da pequena Lavander.

- Feliz aniversário, Lulu!- A pequena abraça minha perna.

- Muito obrigada anjinho.- Me agaixo ficando de seu tamanho.- E o seu? Vem quando?- Pergunto, e dou beijo nas bochechas cheias da mais nova.

- Desde quando deixa as pessoas te chamarem de Lulu?- Daniel pergunta. Tem razão eu odeio essa apelido.

- Ela pode, é criança.- O de cabelos platinados- tão secos e quebradiços que já estão morrendo por sinal- da de ombros.

Subo ao meu quarto, para pegar meu telefone, e vejo 5 chamadas perdidas do meu pai, hoje definitivamente é o dia da minha morte. Rapidamente, disco o telefone do mais velho, que demora um pouco para atender.

" Alô, pai?" Digo, com o silêncio.

" Alô, alô!" Ele responde. " Pô Luiza, te liguei 5 vezes!"

" Eu sei pai, desculpa. Estava lá embaixo com a galera. Subi agora só!" Justifico.

" Por que eu te dou um telefone, se você não usa para a principal função? Atender o telefone" A mesma coisa SEMPRE.

" Pai, eu comprei esse celular, não foi você que me deu..." Consto.

" Idaí? Se eu falasse que você não iria comprar esse celular, você não ia comprar." Ele diz.

" Okay, okay!" Digo, na tentativa de encerrar o assunto.

" Quero te dizer feliz aniversário, filha!" Sua voz fica abafada.

" Você está chorando, pai?" Brinco.

" Não. Sim. Talvez." Rimos.

" Eu lembro quando você nasceu, filha. Um pacotinho tão pequenininho." Ele relembra, posso imaginar seus olhos cheios de lágrimas.

" Eu não sou farinha pai." Solto um riso nasal.
" Parecia, era tão branquinha..." Ele completa. " Agora, fez 22 anos. É uma mulher feita, seguindo seus sonhos. Ao lado das melhores amigas." No momento, meus olhos estavam cheios de lágrimas, de felicidade. E elas estão prontas para descer.

" Lembro-me quando você conheceu Daniel. Menino chato!" Ele diz, fingindo que não gosta do mesmo. " Ele ia em casa todos os sábados, e vocês passavam o dia escrevendo músicas. Até durante o almoço." Ele ri com a memória.

Realmente eu e Daniel vivíamos juntos. " Lembro das brigas de vocês" Foram muitas." Um queria escrever um tipo de música, enquanto outro queria outro."

" No final, você sempre nos ajudava!" Digo, as sugestões do meu pai eram realmente, muito boas.

" Lembro, quando se inscreveram no show de talentos da escola. E ficaram triste porque não ganharam." Ficamos triste mesmo, nem sorvete nos animava naquela semana.

✈ ᵃⁿʸᵒⁿᵉ ✈ ʷʰʸ ᵈᵒⁿ'ᵗ ʷᵉ✈Onde histórias criam vida. Descubra agora