Quando os caminhos de Lis e Christopher se cruzam uma montanha russa de sentimentos se inicia, muito aprendizado e amor envolvido mostram que nem tudo acontece como queremos.
Christopher abre a porta do quarto e entra devagar, seu rosto molhado e expressão tristonha mostram exatamente o que ele estava sentindo.
Ele caminha até mim e não me movo. Suas mãos tocam meus ombros e ele cai no choro.
-Por que escondeu isso de mim, Lis?
-Me perdoa.-falo e ele ri irônico.
-Eu te odeio, você é uma mentirosa!-ele grita e não contenho as lágrimas.
-Não diz isso, por favor.-imploro.
Ele passa as mãos pelo rosto e pisa duro até a saída batendo a porta com força.
-Christopher, não me deixa...-o chamo desesperada.
Abro os olhos assustada e me sento na cama ofegante. Foi só um sonho. Passo a mão pela testa retirando alguns fios de cabelo que ali grudaram por conta do suor, e me mantenho imóvel até que meus batimentos cardíacos se estabilizem.
-Bom dia meu amor.-falo alisando a barriga.
Me levanto e tomo um banho quente, seco os cabelos e coloco um vestido verde soltinho combinando com uma rasteirinha um pouco mais escura. Hoje meu dia vai ser cheio, reuniões e mais reuniões então preciso estar confortável.
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Fico alguns minutos em frente ao espelho apenas sonhando com o dia do nascimento de Celina. Estou com medo e insegura, ainda mais por provavelmente estar sozinha. Se Christopher estivesse comigo segurando minha mão tudo seria mais fácil, não houve um dia se quer desde que fui embora que eu não tenha sentido saudade. O único problema é que foi ele quem quis assim, me afastou sem um porquê e nem me procurou. Talvez seja melhor assim, apenas ela e eu.
Providenciei um carro alugado para me deslocar até a empresa pelo menos pelos primeiros meses, ou então eu iria a falência de tanto andar de Uber. Paro em frente ao grande edifício e um segurança se aproxima abrindo a porta para mim.
-Obrigada.-digo quando ele segura minha bolsa para que eu desça do veículo.
Estou me sentindo a cada dia maior, a barriga mal coube atrás do volante do carro, minha coluna que lute para carregar essa mocinha pesada.
Sou recebida por uma moça de cabelos loiros e sorriso agradável, ela me apresenta um pouco do local e fala sobre algumas pessoas importantes. Caminhamos pelo corredor da empresa mais especificamente pelos estúdios de gravação, algumas fotos de artistas que ali gravam ocupavam as paredes e não demorou muito até eu localizar os cinco meninos talentosos.
-A senhorita quer se sentar um pouco antes de continuarmos?-ela pergunta sorridente.
-Imagina, eu estou bem.-falo e ela assente.
Conversamos mais um pouco dessa vez sobre as políticas da empresa e regras éticas, tudo aqui é muito organizado e isso me anima.
-E onde eu assino?-pergunto me referindo a alguns termos de ciência colocados sobre uma enorme mesa de vidro.
