II

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Oiie suas lindas, descidi fazer um capítulos bônus pra vocês, que algumas pessoas ficaram com raiva do Thomás,  gente ele não é o vilão da história bom, guardem esse ódio para uma outra pessoa que se mostrará tão ruim quanto, um beijo e boa leitura 😚

Paralisada era como eu estava, eu queria gritar, bater nele, o beijar, abraçar, xingar e demonstrar tudo o que eu sentia, um misto de raiva e mágoa com saudade e afeto, mas a única coisa que eu conseguia fazer era ficar parada encarando aquela imensidão verde esmeralda. Como um relapso de consciência Pisquei algumas vezes no intuito de afastar todos aqueles pensamentos barulhentos que rodava minha mente.
— De fato já faz algum tempo que não nos vemos — cruzei meus braços e mantive minha cara de desapontamento, não porque eu a queria, mas porque eu já não sabia que expressão usar — Está gostando do baile? — sorri cinicamente no intuito de máscara minha imensa dor por tê-lo tão perto de mim.
— Está incrível, eu não esperava menos de você — sua mão foi de encontro com minha cintura, e pude sentir o calor ultrapassar o tecido do vestido e do espartilho, delicadamente me virei novamente para a mesa e peguei um petisco de camarão o levando até a boca e mastigando enquanto ignorava seu toque e seu perfume invasivo.
— Não foi eu quem organizou, não gosto dessas coisas, deixei que Kety e Celina se divertirem com a organização — me virei para ele o olhando nos fundo de seus olhos pronta para atacar e verificar se sua resposta seria verdadeira ou não.
— E como passou esses últimos anos? Está noivo? — sorri angelicalmente percebendo sua mudança de postura.
— Nos podemos conversar em um lugar menos barulhento? — mordo meus labios com força, e logo senti o gosto metálico do sangue em minha boca, juntei as sobrancelhas e me virei.
— Não temos nada para conversa senhor O'connor! — fechei meus olhos com força, sentindo mais uma vez o meu coração apertar.
— Deixe-me explicar o que aconteceu, sei que está magoada, então deixe eu esclarecer as coisas — sua mão segurou meu braço, seu toque era quente e sua voz transmitia desespero.
— Tonzinho! Achei você! — sua mão soltou meu braço bruscamente, e então me virei para olhar a dona da voz — irmãzinha! — Kety veio até me e me abraçou, um abraço frio e falso, revirei os olhos e tentei manter a postura.
— Kety, como vai? A tempos que não a vejo! — sorri ao me soltar de seus braços e olhei bem em seus olhos que transmitiam seu desconforto em me ver ali. Desde que viajei só recebi duas cartas de Kety, uma ao qual ela me pedia para poder tomar frente da organização do baile e outra anunciando que não compareceria ao jantar de boas vindas da família.
— Vou bem, e você como passou na França? — Ela deu dois passos para trás ficando ao lado de Thomas e logo se agarrou ao braço dele, o mesmo olhou dela para mim e mostrou estar desconfortável, mas ainda sim não se desvinculou.
— Maravilhosamente bem, o reino de António nosso tio é maravilhoso, e ele tem cavalos lindos! — meu olhar caiu mais uma vez aos braços deles ao qual Kety acariciava, prendi a respiração e peguei mais um petisco.
— Aí Viollet, não acha que já está na hora de crescer e parar de brinca com esses cavalos? Você já tem dezoito anos, já está na hora de arrumar um marido, se bem que acho difícil algum homem que preste se interessar por uma mulher como você! — a raiva foi instantânea, me virei tentando controlar minha mão para que ela não ultrapassasse o limite e se encontrasse com o rosto mascarado de Kety.
— O que você quis dizer com isso?! — me aproximei de minha irmã e a olhei nos fundos de seus olhos castanhos.
— ha você sabe que não é nenhuma pretendente a noiva, com esse seu jeito durona, sem falar no seu corpo, que homem se sentiria atraído olhando para esse corpo cheio de curvas, se eu fosse você cara irmã,  fecharia a boca e comeria menos! — lágrimas se formaram em meu rosto, mas jamais que uma lágrima minha seria derramada na frente deles, que a guerra começe e que ganhe a melhor.
— sabe Kety, eu prefiro ter um corpo mais farto, e um cérebro pensante do que ser uma birrenta que responde aos mandamentos de mamãe, mesmo já tendo seus vinte e um anos, e por falar em casamento, você é tão arrogante e prepotente que está solteira a mercê de mamãe para arrumar um marido que suporte acorda todos os dias ao seu lado, deve ser um castigo horrível ser casado com você, principalmente sabendo que entre você e uma mula a única diferença que conta é que uma mula anda sobe quatro patas e você minha cara irmã tem dois gravetos no lugar das pernas! — seu rosto passou por mais de cem tons diferentes de vermelho, seu ódio era evidente, e antes que eu pudesse ver, sua mão chegou tão rápido ao meu rosto que quando notei, já sentia o gosto de sangue na boca e a ardência em meu rosto, todos que estavam entretidos com suas conversas nos olharam assustados, meu corpo ardia de tanto ódio, e antes que eu pudesse revidar Thomás segurou minha mão.
— Ela não merece seu esforço — olhei para ele incrédula com suas palavras, instantes atrás ele estava de braços dados com ela, como pode se referir a mim com tamanha intimidade e imprudência?
— Se afaste! EU descido o que vale o MEU esforço, e vocês dois não valem nem o ar que respiram — me virei dando as costas para os dois e seguindo para os fundo do Castelo, sendo seguida pelos olhares curiosos e pessoas tão medíocres quanto minha irmã.
Respirei fundo ao chegar do lado de fora do Palácio as lágrimas já rolavam por meu rosto e a ardência em minha bochecha esquerda só aumentava, o ar gelado passava por meu corpo quente causando  arrepios, a raiva ainda me consumia, e eu precisava de tempo para digerir a presença dele. Olhei ao redor e pude ver ferós sendo acariciado por um homem desconhecido, o homem sorriu ao me ver, seu rosto me era familiar, o rapaz acenou para mim, ainda desconfiada coloquei uma de minhas mãos para trás a procura de minha adaga que estava presa a uma parte de forro falso de meu vestido, caminhei lentamente até o belo rapaz de cabelos negros, pele pálida, olhos azuis e lábios rosados, seu palito estava aberto e sua gravata estava frouxa, seu sorriso era meio triste mais ainda havia felicidade em seus olhos brilhantes.
— O que faz com o meu cavalo? — meu olhar estava fixo ao dele de maneira tão penetrante que jurei que ele estava vendo minha alma e não os meus olhos.
— O encontrei aqui fora com um espinho na pata traseira — ele continuava a acariciar ferós, sem tirar seus olhos de mim — Não se preocupe ele está a salvo, já retirei o espinho, em ficará bem — desviei o olhar para ferós que não se importava com as carícias do rapaz desconhecido.
— Obrigada! — Foi a única coisa que consegui dizer.
— Disponha — ficamos em silêncio por alguns instantes, até o vento resolver sopra novamente.
— Não nos conhecemos... nunca o vi por aqui antes...
— Que falta de educação a minha — ele se virou para mim e sorriu — sou Nicholas Griffith — ele se curvo diante de mim, tomando Minha mão e a beijando suavemente.
— A então você quem é o tão famoso príncipe Nicholas Griffith? Que honra o conhecer! — sorri ao lembra de que já havíamos nos visto mais cedo, antes da víbora de minha mãe ir me apresentar a pessoas estranhas.
— Não, aqui fora não sou um príncipe sou apenas mais uma pessoa como todas as outras! — Como ele podia dizer isso? Ele era sim uma excessão das outras pessoas.
— Isso é ridículo, não somos como os outros, somos mais privilegiados, somos mais idolatrado e paparicado, somos seres que devem transmitir tranquilidade a todo o povo de nosso reino, temos mais deveres e afazeres, mais preocupações e cobranças, não podemos nos dar ao luxo de ser como qualquer outra pessoa. — minha voz transmitia mágoa, crescer na realeza tem sim suas vantagens, e sou grata por elas, a vida da família real sendo eles marqueses e a parte mais próxima da coroa, como reis rainhas e decendetes seja ele filhos ou alguém mais próximo ao sangue azul é de extrema facilidade, mas ainda sim a muita coisa por trás da governação de um reino, vidas dependem de você, vidas dependem da forma com a qual você lida com os problemas da vida pessoal e profissional, e isso mesmo para uma criança em aprendizagem é extremamente exaustivo.
— Isso é a vida dentro do Castelo, mas a vida fora dele não precisa ser assim, não tem o porquê você se preocupar com títulos em um lugar que a simplicidade se torna algo tão belo e confortante — suas palavras eram como remédio para a minha exaustão, me fazia ter tranquilidade e esperança que em algum lugar longe dali eu poderia sim ser uma pessoa comum.
— Quem você é fora dos olhares curiosos e dos títulos reais? — perguntei encostando as costas em ferós.
— Por que falar quando eu poderia te mostrar? — ele estendeu sua mão para mim, exitei e aceitar, por mais nobre que ele possa ser riqueza nenhuma define caráter, mas a minha vida estava mais monótona que a vida de uma formiga, até meus criados tinham mais aventuras que eu, então podem me julgar e me chamar de burra e estúpida, mas sim eu aceitei seu convite, montamos em ferós que obedeceu a todos os comandos de nicholas que nos guiou até uma colina um tanto distante do Palácio, eu tinha nossão do perigo que eu corria, mas mesmo assim não temia nada, na verdade eu me sentia livre e até mesmo protegida — Por mim é claro, tenho plena consciência de meu potencial para me defender de um maníaco, homem nenhum é capaz de defender nossa honra quem dirá nosso corpo.
— chegamos — disse ele me ajudando a descer do cavalo.
— Onde estamos? — me apoiei em seus ombros e suas mãos seguram minha cintura me erguendo e me tirando de cima de ferós.
— Em uma colina qualquer — Nos caminhamos um pouco até poder ver poucas casas e comércios que ainda mantinhas suas luzes acesas, poucas pessoas passavam pelas ruas, algumas apressadas outras tranquilamente, haviam alguns bêbados e então eu me dei conta que aquele era um dos vilarejo de meu reino.
— Eu conheço esse vilarejo... É o vilarejo do Sol, vim aqui uma vez quando era criança, antes de meu pai fechar os portões para os vilarejos... — enquanto olhava para o vilarejo, me lembrava do dia em que fui até lá, do porque os portões estão fechados, e de quando minha mãe começou a me tratar tão mal.
— Nunca entendi o porquê que Philip fechou os portões... — respirei fundo e me sentei na grama, esperando que ele fizesse o mesmo, lembrar de que os portões estavam fechados por minha causa me deixava um tanto magoada comigo mesma.
— quando eu tinha uns nove anos sai para passear com ferós, minha mãe falou para pegarmos um atalho para não chegarmos muito tarde, ela disse que se fossemos pela estrada de barro chegaríamos mais rápido, eu como era apenas uma criança a obedeci, e quando chegamos em uma encruzilhada eu não sabia que caminho seguir, então perguntei a um cigano que estava a beira da estrada qual seria o caminha certo, ele me disse que era pela esquerda, então segui por ela, ferós era muito agitado então ele corria pela estrada de maneira tão rápida que eu ao menos conseguia ver o que vinha pelo caminho, quando chegamos ao vilarejo percebi que não era o mesmo, mas curiosa do jeito que eu era descidi explorar o lugar, andei com ferós pelas ruas do vilarejo e fiz alguns amigos, quando a noite estava descendo percebi que deveria voltar, mas que nao lembrava por onde era o caminho, então fui até a porta de uma taverna, bati loucamente na porta, mas a música era alta e ninguém me escutava, ate que tudo ficou preto, acordei horas depois em um quarto mal iluminado, olhando ao redor, eu estava machucada e com fome, o casal me manteve em cativeiro por semanas, ate uma moça que trabalhava cuidando dos filhos da moça aparecer, dona Carmem me ajudou a sair daquele lugar, desde então meu pai tranca os portões e não deixa que ninguém entre ou saia... É nunca mais andei desarmada — Nicholas ouvia minhas palavras atentamente, seus únicos movimentos era de seus olhos piscando e seu cabelo voando quando a brisa batia neles.
— Está armada? — perguntou ele confuso.
— Mais é claro, você pensou mesmo que eu iria sair com um desconhecido sem ter algo apara me proteger? — Nicholas balançou a cabeça de um lado para o outro e sorriu.
— E eu pensando que você confiava em mim — seu tom era de decepção, mas sua expressão era de descontraído.
— Não confio nem na metade da minha família, quem dirá em um príncipe que acabei de conhecer — ele riu, ele apenas riu...
— Justo princesa, vai me mostrar qual é a sua arma?
— Talvez outro dia, já está tarde, temos que voltar — me levantei e estendi a minha mão para ajudá-lo a levantar, o mesmo a pegou e se pôs de pé.
— Eu seria um desses comerciantes, teria uma loja de doces para deixar as pessoas felizes, teria uma esposa e três filhos, uma casinha mais afastada da cidade e conheceria todos do vilarejo — seus olhos transmitiam um brilho maior que os das estrelas, seus sorriso ao falar de como seria sua vida fora do Palácio e de seu título tão desejado. Eu não sabia desifra-lo, não sabia como agir, ele era tão otimista e feliz, que me sentia culpada por não ver a felicidade nas pequenas coisas.
— Eu não sei quem eu seria... Não sei se conseguiria... — ele tocou meu rosto e afastou uma mecha de cabelo que estava próxima ao meus olhos, constrangida com a situação dei um passo para trás, ele ainda era um estranho — Temos que ir!
Montei em ferós e Nicholas logo se juntou a mim, o caminho de volta ao Palácio foi divertido, Nicholas reclamava da forma que conduzia o cavalo, disse que eu parecia uma doida e que íamos morrer se estivesse chovendo, mesmo me sentindo ofendida com suas palavras dei risada, pois meu pai sempre dia a mesma coisa.
Quando chegamos ao Palácio deixei ferós no haras aos cuidados de Benjamin, e voltei ao Castelo com Nicholas, nos conversávamos e riamos, ele era engraçado e descontraído, seu humor era duvidoso, mas quem sou eu para juga-lo?
— Você era uma peste Nicholas Griffith — rimos de mais uma história dele quando era criança.
— Essa ainda não é nem a pior parte, tive que escrever mil vezes que não devia jogar tinta preta nos convidados em quatro línguas diferente — ri ainda mais com aquilo.
— Finalmente te encontrei! Onde é que você estava?! — olhamos assustados para a frente da onde vinha um Thomás muito irritado, assim que ele viu Nicholas ele parou, sua postura ficou rígida e seu rosto vermelho — O que você fez com ela?! ONDE É QUE VOCÊ ESTAVA COM ELE?! — seu tom era ostiu e grosso, sua voz era alta, seus Paços eram largos e rápidos, Nicholas estava imóvel, sua postura era de descontração, mas sua cara estava fechada e rígida.
— Nicholas, pode me deixar sozinha com o cavalo? — Nicholas olhou para mim confuso, mas sorriu assim que entendeu que o cavalo era o Thomás.
— Irei contar para ferós que anda insultado a família dele! — rimos discretamente, o que fez Tom ficar ainda mais irado.
— Por favor, deixe isso entre nós! — dei um leve tapa em seu ombro e o mesmo se virou pra mim se curvando e deixando um leve beijo em minha mão direita.
— Se me Da licença, tenho alguns amigos para ver ainda — Nicholas foi em direção a entrada da frente deixando eu e Thomás a sós.
— Não acredito que estava com ele! Como pode me trair desse jeito?! — Suas palavras despertaram em mim a ira que me neguei a sentir por tanto tempo.
— Te trair? — cruzei os braços e ri ironicamente com suas palavras tão ridículas quanto suas atitudes — Foi você quem foi embora e nunca mais deu notícias! Foi você Quem me deixou a mercê de piadinhas pelos corredores desse castelo! Foi você Quem iguinorou todas as minhas cartas e nem se importou com o que eu sentia! Como tem a coragem de aparecer em minha casa e me insultar dessa maneira?! COMO TEM CORAGEM DE ME OLHAR NOS OLHOS DEPOIS DE TUDO QUE VOCÊ FEZ! — minha fúria era tão grande que eu o empurrava enquanto falava tudo que estava entalado dentro de mim — Te esperei por um ano! Um ano esperando cartas que nunca vieram, um ano esperando uma resposta digna, e o que você faz?! ME APARECE DEPOIS DE TRÊS ANOS DIZENDO QUE PODE EXPLICAR O QUE ACONTECEU! mas eu te digo Príncipe Thomás O'connor VOCÊ NAO PODE APARECER E  FINGIR QUE ESTA TUDO BEM PORQUE NAO ESTÁ! — Eu sempre ouvia que descontar a raiva am alguma coisa te fazia ficar mais leve, mas por algum motivo eu ainda me sentia pesada.
— Você tem que me ouvir! — as lagrimas rolavam por meu rosto, thomas segurou meus ombros me fazendo parar de empura-lo — Eu sei que não foi certo, mas eu não podia mais voltar aqui, te mandei cartas, mas por algum motivo elas estavam voltando, eu vim aqui para poder falar com você, mas não me deixaram entrar, as nossas passagens secretas estavam todas trancadas! Sua irmã disse que você já estava comprometida e que não queria nunca mais me ver — suas palavras pareciam clarear a minha mente, as vezes que Kety ria de mim e soltava piadinhas sobre Tom estar apenas brincando comigo — Acredite em mim Viollet, você sabe do que Kety seria capaz de qualquer coisa para nós separar, eu juro que fiz tudo o que estava ao meu alcance — suas mãos tocaram meu rosto secando as lágrimas que estavam escorrendo — tudo o que eu te falei a três anos atrás é verdade, nesses três anos que passamos longe eu nunca toquei em outra mulher, eu nunca desejei outra mulher que não fosse você... — sua testa se juntou a minha, sua pele estava quente, a distância entre nós era perigosa, eu queria acreditar nele, queria poder esquecer os anos que passei sofrendo por esse amor que eu pensei que só eu sentia, haviam muitas perguntas a serem respondida — Você precisa acreditar em mim — levantei meus olhos e encarei os dele, que me olhavam com ternura.
— me prove! Me prove que tudo o que me prometeu no passado não foram só palavras jogadas aos quatro ventos! — suas mãos tocaram minha cintura e com cuidado eu me afastei — mas não pense que só porque estou te dando uma segunda chance te perdoei ou esqueci o que aconteceu, Ainda não confio em você — respirei fundo e sai andando em direção ao Palácio.

Voltei para o salão de baile, todos pareciam ter esquecido o que havia acontecido, e minha presença era insignificante, grande parte das pessoas dançavam enquanto solteironas da realeza como algumas de minhas primas e amigos da família estavam sentado conversando ou comendo se lamentando por não ter um marido. Descretamete fui em direção a mesa de doces, e me surpreendi ao encontrar o rei do Sul se deliciando entre bombons de chocolate me aproximei sorrateiramente por trás dele e quando cheguei bem pertinho dele lhe disse bem próxima ao seu ouvido.
— os de morango são os melhores — Teodor se assustou olhando para todos os lados e colocando a mão no peito ao ver que era apenas eu o importunado.
— Princesa, me assustou!
— Sinto muito, essa era exatamente a minha intenção! — peguei dois bombons de morango e entreguei um deles para Teodor.
— Obrigada! — ele fechou os olhos fazendo uma careta engraçada que me controlei para não rir — Magnífico! São incríveis! — Teodor atacou a bandeja pegando mais uns quatro bombons de morango e os comendo em seguida, comecei a rir com sua situação.
— Não acredito que está comendo esses doces novamente! O que farei com você Teodor! — olhei para o lado e vi uma mulher de cabelos longos bem pretos e olhos azuis claros, com uma cara um tanto desapontada, usava um vestido amarelo com rendas pretas bem volumoso.
— Querida, deixe eu te apresentar a minha mais nova preferida da família Elliott — a moça que estava encarando o rei me olhou e logo sorriu, tirando quaisquer resquícios de irritação — Essa é Viollet Elliott, a debutante e a pessoa responsável por me apresentar esse pedaço do céu — Teodor levou mais um bombom a boca fazendo mais uma de suas caretas engraçadas.
— Muito prazer princesa Viollet, sou a esposa desse brutamonte, Leonor Mendes Griffith, mas por favor me chame apenas de Leonor, detesto formalidades — sorri em ver sua simpatia tão cordial.
— O prazer é meu Leonor, peço desculpas por ter apresentado os bombons de morango ao rei Teodor, não sabia que causaria problemas— sorri discretamente, envergonhada do que fizera.
— Não se preocupe, ele descobriria de qualquer forma, e não se sinta culpada por isso, meu marido tem o grande dom de achar os melhores doces — rimos em ver a situação do tão temido rei Griffith, Leonor lhe deu um tapinha no braço e o entregou um lenço branco para que se limpace — Se nos da licença já está tarde e devemos voltar para casa, o caminho é longo e nem um pouco confiável — Eu deveria ser uma boa afitrian e lhe pedirem para ficar, já que nem havíamos cortado o bolo ainda, então assim o fiz.
— Por favor fiquem e se acomodem em nosso Palácio, espaço é o que não falta, o bolo nem foi cortado ainda — Leonor olhou para o marido que estava tendo dificuldades de se limpar e sorriu.
— O que acha meu marido? — os olhos de Teodor brilharam ao ouvir a esposa pergunta a ele.
— Espetacular! — nos duas rimos e nos encaramos.
— Obrigada pelo convite Viollet, pode ver que Teodor amou a ideia, mas se nos der licença preciso avisar o colcheiro de que iremos ficar — fiz uma reverência que logo foi retribuida por ambos, e logo eles se retiram, continuei a encarar os dois que estavam com os braços entrelaçados, e discutindo sobre algo, era nítido que eles se amavam, e então sorri em pensar que talvez não fosse tão ruim assim estar casada.
— Vejo que já conquistou meus pais — olhei para trás e me deparei com um Nicholas sorridente.
— Eles são divertidos — retribui o sorriso.
— Sim eles são, me daria a honra de uma dança? — olhei ao redor e pensei "porque não?"
— Claro sera uma honra — peguei em sua mão que estava estendida e seguimos juntos até o centro do salão, as pessoas nos davam passagens e cochichavam algumas coisas enquanto passávamos entre elas, quando paramos Nicholas colocou minha mão esquerda em seu ombro e segurou minha cintura, com a mão direita segurou minha outra mão e seguimos dançando, era como estar nas nuvens, a música era calma e lenta, nossos corpos de movimentavam em perfeita sincronia, seus olhos permaneciam fixados aos meus, uma vez ou outra comentavamos sobre algumas pessoas e riamos de alguns vestidos e perucas que as mulheres usavam.
Quando a dança acabou tomamos distância um do outro ainda rindo de mais um dos comentários maldosos de Nicholas.
— senhorita? — olhei para trás sentindo uma mão no meu ombro direito.
— Sim Celina? — Celina parecia nervosa com algo, suas mãos estavam inquietas e seus olhos percorriam todo o salão.
— Está na hora de cortar o bolo — concordei com um aceno de cabeça e voltei o olhar para Nicholas.
— Se me der licença, tenho um bolo para cortar — fizemos uma referência e seguimos cada um para um lado.
O bolo foi cortado não vi mais o Thomas ou nicholas, algumas pessoas voltaram para suas casas, eu e Leonard conversamos um pouco sobre seu cargo no reino de seu pai, já era tarde quando subi para meu quarto com Celina, e me aprontei para dormi.


Eai? O que vcs acharam desse capítulo? o que vcs acham que vai acontecer?

Ainda tem muita coisa pra acontecer e muita confusão pela frente.

Encontro vocês na semana que vem
Beijinhos de brigadeiro😚

A Filha do Rei - O Casamento ArranjadoOnde histórias criam vida. Descubra agora