26. Dói

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— Se a minha mão profana esse sacrário, pagarei docemente o meu pecado: meu lábio, peregrino temerário, o expiará num beijo delicado

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— Se a minha mão profana esse sacrário, pagarei docemente o meu pecado: meu lábio, peregrino temerário, o expiará num beijo delicado. — Jisung recita.

— Bom peregrino, a mão que acusas tanto revela-me um respeito delicado: juntas, a mão do fiel e a mão do santo, palma com palma se terão beijado. 

— Os santos não tem lábios, mãos, sentidos?

— Ai, tem lábios apenas para a reza. — continuo, andando pelo palco.

— Fiquem os lábios, como as mãos, unidos. Rezem também, que a fé não os despreza.

— Imóveis, eles ouvem os que choram. — falo a ultima frase que eu havia decorado. Jisung dá um sorriso para mim e então olhamos para o professor Jinyoung.

— Perfeito! — ele diz e bate palmas. — Agora Haeri e Jaemin. — pede e os dois sobem ao palco enquanto descíamos. Haeri passa direto por nós sem nos olhar.

Eu me sento em um dos bancos e Jisung se senta ao meu lado.

— Você está bem? — ele pergunta.

— O que?

— Ontem... Você está melhor?

Não.

Dói tudo aqui dentro.

Eu tenho medo. Medo do meu pai, medo de perder minha mãe, medo de não a ajudar o suficiente. Eu me sinto insegura em relação a tudo, minha aparência, minha personalidade, até minhas amizades. Sinto todos os dias que a qualquer momento eu posso perdê-los. Me sinto cansada. Quando eu me deito de noite na minha cama eu fecho os olhos e respiro fundo, mas não consigo dormir. Tenho medo de acordar no dia seguinte e notar que todos foram embora da minha vida porque eu não estava sendo boa o suficiente e que eu sempre fui substituível.

E isso me destrói de uma maneira que eu nem ao menos consigo explicar.

Me sinto desconfortável.

Eu peço desculpas por tudo, e sinto que não é certo, tem coisas pelas quais eu não quero me desculpar.

E tem você, que me deixa confusa. Toda vez que te vejo na escola ou quando estamos conversando eu me sinto nervosa e sinto minha mão suar. Como agora. Isso me assusta e eu sinto vontade de fugir, mas eu não consigo.

— Sim. — respondo.






Oi gente, tudo bem com vocês?

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Oi gente, tudo bem com vocês?

FEEL SPECIAL; jisungOnde histórias criam vida. Descubra agora