Nyx

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Mais um dia como qualquer outro. Acordei com Melina pulando em minha cama.

- Maninhoo!!!! Acordaa!! - gritou ela, muito animada por sinal.

- Ok, ok Meli já acordei.

Fiz minha higiene, e aproveitei para lavar minhas asas, depois da missão de ontem elas ficaram bem sujas. Desci para a cozinha, onde encontrei meus pais e minhas irmãs sentados a mesa. Fui recebido com sorrisos de cada um deles.

- Já estou indo para a casa do vento, tio Az me chamou para uma missão com Alya.

- Muito bem, vou com você. Tenho assuntos para tratar com Amren. Feyre, querida; vai nos acompanhar?

- Hoje não querido, vou levar as meninas para dar uma volta em Velaris com Mor. Nos encontramos mas tarde.

- Tudo bem, vamos filho?

E então saímos, deixando mamãe, Melina e Maia em casa. Melina e Maia são gêmeas, muito parecidas comigo, com os cabelos negros do meu pai, e  os olhos iguais os da minha mãe, as pequenas eram a mistura perfeita dos nossos pais. Suas asas illyrianas ainda estavam em desenvolvimento. 

Eu e meu pai levantamos voo do terraço, e fomos direto para a casa do vento.

Antes mesmo de chegar, recebi uma mensagem mental de meu tio avisando que ele estaria me esperando do lado de fora da casa junto com Alya, sua filha. Então me despedi do meu pai e mudei o trajeto de voo.

- Fala ai priminho, preparado para mais uma missão? Ou a de ontem foi muito pesada para você?

- Até parece. - retruquei - Então tio Az, o que tem para nós hoje?

- Espionagem. - falou ele, com um semblante serio de mais - Na corte primaveril.

Quando ouvi aquele nome, uma raiva preencheu meu corpo. Minha mãe já morou na primaveril, ela quase casou com o grão-senhor de lá, mas graças a meu pai, não ocorreu. Um tempo depois ele a trancafiou dentro de casa, e minha tia Mor foi busca-la e trouxe para casa, corte noturna.

- O que está acontecendo na primaveril? - Alya perguntou para seu pai, e a mesma duvida surgiu em mim.

- Meus espiões detectaram muitos assassinados no vilarejo perto da residência de Tamlin. Vocês vão ate esse vilarejo, e precisam descobrir o motivo de tantas mortes. Algumas crianças estão órfãs, e vocês vão trazer quantas puderem. Entendido? 

Pensei que Tamlin teria alguma coisa haver com isso, mas sem conclusões precipitadas.

- Tudo bem, mas só vamos nós dois? -perguntei.

- Temos que esperarar a mada... - antes de Alya terminar sua frase, Ravena, filha de Cassian, chegou voando. Não parecia de bom humor.

- Falando no demônio. - provocou Alya, elas não se dão muito bem...

- Não começa, estou sem paciência para você hoje Alya.

Então, tio Az explicou o que tínhamos que fazer para Ravena. E então, levantamos voo em direção a primaveril. O clima entre as duas não estava muito bom, então resolvi intervir.

- Vocês sabem que minha mãe já morou lá né? Esse Tamlin não tem boa fama...

- Meu pai me falou que tia Feyre saiu de lá quase como um cadáver de tão magra e fraca. - Ravena completou.

- É, meu pai também me falou que Tamlin deu suas terras para o rei de Hybern entrar em Prythian, só para ter tia Feyre de volta. Eu acho que ele é louco. - por fim falou Alya.

[...]

Quando chegamos ao vilarejo, avistei uma casa; não tão grande e nem tão pequena, mas uma coisa me chamou a atenção: havia um símbolo, o símbolo da minha corte; as três montanhas gêmeas com três estrelas nas pontas. 

- Gente, o símbolo da corte noturna. - apontei para um dos pilares da frente.

- Porque o símbolo da corte noturna esta em uma casa na corte primaveril? - Ravena perguntou.

- Só tem um jeito de descobrir. - Alya foi logo avançando em direção a casa.

Eu e Ravena a seguimos. Chegando na casa ouvimos uma choro infantil vindo de um pequeno armário. Quando abri as portas do armário, um bebezinho saiu voando.

- Illiryano, esse bebe é illiryano. - eu falei tantado assimilar o que estava acontecendo.

- A pergunta é, o que um bebê illyriano está fazendo na corte primaveril. - Ravena falou pegando o bebezinho illyriano e o segurou no colo.

- Temos que leva-lo para casa agora. - disse Alya. - Explicamos a meu pai que não deu para completar a missão.

- Vão na frente, vou dar uma explorada na casa para ver se tem mais alguma coisa. - eu disse.

Alya e Ravena voaram com o bebê preso no meito de uma delas em direção a corte noturna e eu fui explorar um pouco mais o vilarejo.

Como não encontrei mais nada suspeito, decidi voltar para casa; mas algo me chamou atenção. Uma menina, ouso dizer que a menina mais bela que já vi, correndo em direção ao vilarejo. Ela estava com os cabelos loiros trançados, e seus olhos verde esmeralda me fitaram dos pés a cabeça. Ela congelou, e eu também. Senti alguma coisa que não sei explicar. E então ela falou.

- Oi.

- O-Oi. - gaguejei, e me senti um idiota por isso.


Corte de sombra e escuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora