Os mistérios de Katherine

Capítulo quatro

Ajeito meu cachecol por baixo do casaco marrom, hoje está fazendo muito frio, parece até que está prestes a nevar. Uma pena que no Brasil isso não aconteça. Me sinto mais leve de saber que hoje não serei uma estranha usando cachecol no calorão, porém estou preocupada prestes a subir a grande escada e passar pelo o enorme portão da escola, morta de sono pela noite inteira está acordada mal sei se conseguirei fazê a prova com toda concentração que me resta.

Quando passo dos portões sinto uma leve queima de olhares que com mais alguns passos entre o passoal se torna uma grande queima de olhares. As pessoas param para me olhar, se não sou a única coberta dos pés a cabeça porque os olhares de estranheza. Não são bons olhares e eu não esperava que fosse. Tento não demonstrar mas sei que estou uma patético tentando identificar o motivo dos olhares, volto a andar o mais natural que posso, como sempre ignorando todos. Sigo mais a frente até os armários que não fica muito longe dos grandes portões. Retiro apenas algumas canetas e o rascunho para a prova.

Me viro para sair dali com tudo em minhas mãos que em instantes ficam fracas e vai tudo ao chão. Estive todo o tempo de costas para a maior derrota, a maior vergonha da minha vida. Três enormes fotos coladas por dentro dos grandes portões.  Fotos que só pode ter sido tiradas por Adrian enquanto estive chorando em frente ao espelho com minhas horríveis cicatrizes expostas.

Ouço as risadas mais provocativas vindas de trás de mim, que eu conheço. Lorenzo e Pierre caçoando de mim. Em cima das fotos está a frase: Essa horrível cicatriz é o que a Princesa estranheza escondia. Ao lado uma outra frase "Agora entendemos o seu motivo de vergonha, katherine, ela é realmente horrível."

Volto a descer aquelas escadas, rápida e desesperada, nesse momento foda-se todas as coisas. Principalmente essa maldita prova. Irei com Edward a qualquer lugar desse mundo que me tire de perto de Adrian!

Subo as escadas de casa sentindo uma grande adrenalina que meus milhões de sentimentos e pensamentos me trás; vergonha, ódio, tristeza, medo, arrependimento..

Arranco o cachecol que agora queima meu pescoço, estou sentindo a minha pele fritar mesmo com o frio que está fazendo. Pego depressa todos os documentos necessários para uma passagem à Portugal, no mesmo vôo que Ed.

Coloco com calma todas as roupas que cabem na mala média que está sobre a cama. Não sei como ainda não soltei nenhuma lágrima, a amargura é tão grande que talvez elas tenham secado. Fecho a mala, em questão de segundos uma das coisas já está pronta. Até as oito terei muitas coisas para fazer.

Tomo um banho gelado para me acalmar ainda mais, quando acabo estou tremendo de frio novamente. Visto um casaco quentinho em cima de um novo cachecol cor creme. Vou fingir que nada aconteceu. Dessa vez vovó não saberá de nada até porque não terei tempo para contar, So saberá que estou partindo quando eu realmente estiver partindo desta casa. No fim, ela já hávia me autorizado. Não quero dizer para Ed que vou viajar com ele, saberá quando nos encontrarmos no aeroporto daqui a quatro horas.

Mais tarde depois do café da tarde na varanda Apollo -O principal motorista da casa- entrega em minhas mãos a passagem que estiverá ido comprar, tudo deu certo. Faltando cinquenta minutos para as oito horas da noite desço as escadas e Apollo vem atrás com minha mala o que chama a atenção de Marjorie e vovó que estavam conversando. Marjo está de olhos arregalados em vê a mala, e vovó incrivelmente sorri ainda assim espantada também.

-Eu irei vovó, para Portugal essa noite. -Digo abraçando marjo e depois Alba.

-Mas e as suas provas? -Pergunta.

-Já está resolvido. -minto. -Volto logo!

-Vá com Deus. -Pede Marjorie.

-Eu irei. Cuide da vovó! passará muito rápido, no máximo um mês eu estarei de volta. -Talvez eu volto antes ou depois, mas eu não gostaria de voltar para Adrian e suas maldades novamente.