Capítulo cinco

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Hoje faz cinco dias que estamos em Portugal, não conseguimos descobrir nada com a pouca informação que temos e por isso hoje vamos a um detetive. Na verdade vamos apenas para conversar pois queremos saber se com o dinheiro que temos podemos contratar um. Eu gostaria de ajudá Edward mas tudo o que tenho está no Brasil. Fala nele, Ed está nos atrasando pois está procurando pelo endereço que perdeu.

-O papel estava bem aqui. -Resmunga derrubando tudo o que estava na cômoda.

-Será que serve este? -Digo me agachando para pegar a folha branca em frente ao móvel caida no chão.

-Sim, é este mesmo. -Fala guardando o papel no bolso da calça clara. Reviro os olhos ao vê um sorriso branco se formando para mim.

-Agora vamos, já passam das oito horas. -Puxo Edward pela mão para fora do quarto.

***

Tocamos a campainha e esperamos o detetive Martim nos atender.

-Estou nervoso e ancioso. -Edward esfrega a palma das mãos para esquenta já que hoje está mais frio do que o normal em Portugal.

-Se acalma Ed, nós vamos consegui pelo menos alguma coisinha.

-Espero que sim, estou com receio que isso não aconteça. -Agora Ed aquece a mão no bolso do seu casaco.

A porta estava demorando a abrir e bem quando estou prestes a responder ela se abre me viro para encontrar um homem de trinta anos e bastante acabado mas ao contrário disso me viro para um homem que apesar de ter mesmo trinta anos de idade aparenta ter a idade de Edward. Encantador, um verdadeiro português com a barba de leve para fazer, um olhar negro conquistador e além do cabelo médio e bagunçado uma boca rosada e perfeitamente linda. Acho que escorreu uma babinha, a tanto tempo não via um "garoto" tão lindo, muito menos aqui em Portugal que nesses dias só vi senhores com o restante dos cabelos branquinhos ou então homens de meia idade com suas esposas. Se bem que estou falando de um maravilhoso homem de meia idade.
Meu Deus, acorda Katherine. Quanta besteira está a fala, mesmo sendo um gato deve ser um homem comprometido e bem mais velho que você.

Ok, minha consciência me acorda e devo recolher o babador pois esses dois homens gatos,ops, devem está percebendo tudo isso.

-Vocês devem ser Katherine. -Aponta para mim e depois para Ed. -E Edward.

-Sim, prazer detetive Martim. -Pego em sua mão grande e macia.

-Me chamem de Alfie. -Não entendo e acho que ele percebeu pela minha cara de desentendida. -Meu primeiro nome, ou então para ser mais fácil pode ser Alf mesmo.

Alf é um homem realmente encantador, não só fisicamente pois é um homem descontraído, educado e gentil. Termino com o chocolate quente que oferece a nós dois. Estamos em frente a uma mesa de escritório preta que ocupa.

-Então oque os dois jovens têm de tão importante que tiveste de ser tão cedo sendo que a poucos dias estiveram chegando a Portugal? -Pergunta mas desvio a pergunta com o interesse de sabê como ele sabe disso.

-Como o senhor sabe que chegamos a poucos dias? -Pergunto confusa com seu olhar queimando em mim desde que cheguei em sua mesa.

-Eu sou um detetive, e investigo um pouco a vida daqueles que eu terei como os meus clientes. -Ah, claro.

-Então, Nós viemos aqui para investigar o paradeiro da minha filha que foi roubada de mim, se isso for possível. -Edward volta à questão principal de estarmos aqui. Alfie continua a me olhar sem desviá o olhar em nenhum instante.

Os mistérios de KatherineOnde histórias criam vida. Descubra agora