capítulo vinte

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⚠️ RECADO IMPORTANTE NAS NOTAS FINAIS!

Sina Deinert

Eu estava ansiosa e não sabia o que vestir.

Noah havia dito que me encontraria em frente ao campus para podermos ir até o encontro surpresa

Ele sempre me perguntava por que não poderia vir até a minha porta me buscar, e eu explicava o que iria acabar acontecendo.

Minha mãe iria surtar.

Como sempre.

Puxei o meu celular para fora do bolso de minha calça jeans e disquei o número do Trevor. Ele atendeu no segundo toque.

- O que foi? - ele parecia irritado. 

- Desculpe... Eu posso ligar mais tarde - falei sem graça e me adverti mentalmente por ter ligado sem avisar antes. 

- De jeito nenhum. Eu atendi sem ver quem era - ele disse e seu tom de voz se suavizou. 

Suspirei em alívio. 

- Eu só queria saber para onde estamos indo.

- Eu te disse que é uma surpresa, amor. 

Girei o anel de prata que havia no meu dedo indicador e apoiei o celular contra o ombro. 

- Sim, mas como vou saber o que vestir? - Franzi a testa mesmo sabendo que ele não poderia ver. 

- Só use o que te faz se sentir confortável. 

- Tudo bem, mais tarde a gente se vê. - Encerrei a chamada. 

A porta de meu quarto se abriu bruscamente e eu tomei um susto. A figura de minha mãe apareceu na porta. 

Sua expressão não era nem um pouco amigável. Seus olhos eram puro gelo. 

- Eu sabia - ela disse analisando meu rosto. 

Meu coração se acelerou. 

- O quê? - perguntei fingindo que não sabia sobre o que ela estava falando. 

- Você está tendo encontros com aquele riquinho de merda. 

- Não chame ele assim - falei fitando seus olhos seriamente. 

Ela andou até mim e segurou meu maxilar com força. Ela abriu a boca para falar mas eu a interrompi. 

- Eu já sei. Estou indo embora agora mesmo, não se preocupe. - Soltei sua mão bruscamente de meu rosto e me levantei. 

Fui até meu armário e retirei minha mala antiga dos fundos. 

Minha mãe encarava cada movimento meu sem dizer absolutamente nada. 

Puxei o zíper da mala e joguei as poucas peças de roupas que eu tinha dentro dela. Após isso eu a fechei e ergui meus olhos para minha mãe. 

- Você não tem para onde ir e esqueça a faculdade - ela disse antes de se virar e bater a porta fortemente. 

Suguei o ar com força. 

Você vai conseguir passar por isso. 

Incentivei a mim mesma, eu daria um jeito. 

Puxei a mala por a barra de metal até a sala.

As rodinhas mal funcionavam e ficavam travadas a todo instante. 

Amanda estava sentada na poltrona encarando a tevê. Ela não parecia incomodada com o fato de que sua filha iria embora sem ao menos ter um lugar para onde ir. 

Apenas mais uma - NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora