3- A ordem

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//☆\\ O brilho em seus olhos violeta se extinguiram em um instante, suas mechas vermelhas em seu cabelo loiro começaram a dominar gradualmente, tornando-a uma garota totalmente diferente de antes. Seu cabelo agora é vermelho escarlate, seu cheiro foi de tulipas de um jardim para um cheiro que lembrava vagarosamente o lar dos deuses. Sua aura continuava prateada, mesmo que esteja emitindo serenidade com um belo toque de melancolia.

- Ainda continuo sendo Dea Lunares, Sr. Rowan - Declarou. "Maldito, passei anos me escondendo, e esse desgraçado me descobre, irei mata-lo, eu irei, logo...logo"
- Ahhh sim, compreendo a sua situação, deusa de outro mundo. Entretanto, sinto muito em te dizer isso, mas... você nunca vai conseguir me matar - Exclamou Rowan.
- DESGRAÇADO, NÃO SE ATREVA A ME SUBESTIMAR, ESTÁS ME OUVINDO? SEU DEUS DE MER... - Dea subitamente sentiu sua cabeça indo direto ao chão. Rowan tinha a tocado rápido demais para deusa poder reagir. Empurrando com força suficiente para deixa-la imobilizada, com o seu belo rosto no chão gélido de madeira carmesim que havia naquele cômodo.
- Co...Como que você me encontrou? - berrou Dea.
- Você não está em posição de falar sem a minha autorização, sua peste - Rowan se vira para a pequena cama em relação ao seu grande tamanho, e senta graciosamente nela sem que saísse um único ruído, como um verdadeiro deus ou demônio.

- Não sei em que situação você se encontra, posso ajuda-la, mas primeiro preciso que você seja minha serva, aceita? Dea Lunares, a deusa de outro mundo.
- Proposta interessante a sua. - Falou enquanto levantava sutilmente. "O quê? O que esse louco está aprontando? Tenho que me mantém em guarda" - Sim, eu aceito.
- Muito bem, garota. Para provar a sua sinceridade e para saber se realmente é capaz de executar os meus comandos. O seu primeiro e importantíssimo trabalho será... - Rowan mostra seu lindo e sombrio sorriso para Dea, que agora percebeu o quão insano é o deus que está em sua frente. Em sua casa. Ainda exibindo a obscuridade no seu sorriso demoníaco que por um momento pareceu afiado como a lâmina negra de uma espada.-  Será matar seus pais adotivos.

//\\ Sem poder transparecer toda a sua raiva e fúria na presença daquele imenso monstro. Dea o responde.
- Sim, mestre. - respondeu extremamente fria e calma. "DESGRAÇADO!!"
Rowan suspira.
- Alguma reclamação? - Encarando-a com tédio em seus olhos prateados, já que o resultado não o agradou como o planejado.
- Não, mas tenho uma dúvida.

//\\ Sua expressão mudou rapidamente. Ficando surpreso com a resposta obtida. Algo interessante está para acontecer, será que posso realmente prever a dúvida desta deusa? Talvez. Era tudo que estava começando a brotar em seus pensamentos naquele momento. Se lhe fosse permitido, seu corpo estaria tremendo de agitação e alegria por essa pequena sensação de mistério que surgia ali. Então, gesticulando com as suas mãos para que ela prosseguisse. Percebendo o sinal com o mão, a deusa começa a falar.
- Por que um deus estaria nessa simples cidade que nem mesmo está no mapa, desejaria ter uma deusa como serva?
- A resposta é simples minha querida... serva. É pelo simples fato que eu não tenho nenhum ser me servindo no momento. Eu exterminei todos com a minha própria mão.

//\\ Intrigada pela resposta, a deusa começou a suspeitar ainda mais desse ser. Ela o odiava, mas odiava ainda mais as mentiras que escondia entre as verdades. Por quê mentir? Se ele realmente queria ter minha lealdade, ele acabou de perder a sua única chance. Dea não daria misericórdia para ele. Nunca. Mas daria dor para ele, uma dor que nem mesmo com a morte fará ela sumir.

//\\ O som das pisadas do sr. Wind começou a se tornar cada vez mais alto. Ele estava vindo. Por que demorou tanto? O que ele estava fazendo?

- Meu grande senhor, o jantar está pronto, irei levá-lo a cozinha. - exclamou Wind na entrada do cômodo.

O Deus Sem CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora