Ao chegar nos entornos de sua casa, Jungkook respirou fundo e abriu a porta dando uma olhada para ver se tinha alguém. Sua mãe não estava pelos arredores, logo ele se deu conta de que a mesma estaria na mansão dos Byun, trabalhando.
Sabendo que teria uma conversa com o Byun o deixou um tanto aflito, parecia pisar em ovos.
Depois de um banho e se alimentar, ele pegou o ônibus para próximo da propriedade privada dos Byun. Sua entrada era autorizada desde seus poucos seis anos, caminhar pela estradinha de pedra que dava na porta da frente da mansão era estranho para ele. Todas as vezes que esteve na mansão, sempre entrou pela porta dos empregados, nunca pela frente.
Dentro, o mordomo comprimentou Jungkook formalmente, o garoto nunca havia recebido boas vindas desse senhor de nariz empinado e cabelos brancos. Além de tudo, ele era o filho da empregada, não precisava de cortesias com ele, geralmente o mordomo nem o olhava.
— Me siga jovem, o Sr. Byun está em seus aposentos esperando.
Subindo as escadas atrás do homem, o Sr. Byun passava por momentos difíceis com um câncer incurável. Normalmente ele estaria dormindo, ou como dizem, esperando a morte. A casa era silenciosa, mas todos estavam nela. Pandora fazia as correções de alguns problemas em seu escritório, e Baekhyun conversava na cozinha com a mãe de Jungkook.
Todos sabiam o que estava por vir, menos o pobre Jungkook.
Abrindo a porta branca, o mordomo não precisou bater já que o dono da casa esperava ansioso pela chegada do jovem.
— Senhor, trouxe o Jeon.
O espaço dos aposentos dos Byun nunca foi visto por Jungkook antes. Ele não se surpreendia mais com a alta qualidade de vida que essas pessoas têm. Mas ver o homem, não tão velho mas já bastante deteriorado por conta de sua doença, mostrava o quanto o dinheiro apesar de bom, ainda não consegue comprar saúde.
Esses móveis caros, objetos e conforto, não trariam os pulmões do Sr. Byun de volta.
— Obrigado, Travis.
A enfermeira especial que estava de pé ao lado da imensa cama, ajuda o velho a se sentar, posicionando alguns travesseiros extras nas costas do homem.
Jungkook não se moveu, ele assistiu aquele homem totalmente indefeso e muito magro. Seu rosto parecia ressecado e ele sorriu ao ver o jovem, os dentes tão brancos quanto sua palidez.
— Venha Jungkook, sente-se próximo a mim.
Com um aceno, o mordomo entende a ordem e rapidamente posiciona uma cadeira estofada ao lado da cama. A enfermeira se retira do quarto sem dizer nada, e logo após, é seguida pelo mordomo que tranca a porta deixando os dois a sós.
— ...
Tossindo, o homem tenta encontrar uma posição satisfatória, ele parecia um pouco dormente com movimentos lentos e delicados.
— Não se preocupe comigo, pode vir se sentar aqui?
O senhor não parecia ameaçador, Jungkook sentiu pena de sua condição. Depois de alguns minutos ele cedeu e caminhou até sentar no estofado. O Byun o encarou, observando todos seus detalhes faciais, isso foi incômodo para Jungkook, entretanto, o garoto decidiu esperar.
— Você cresceu bastante... Não tive tempo para assisti-lo, presumo que Baek seja o único que viu todos seus passos.
Tossindo novamente, o homem desvia o rosto e cobre a boca com um lenço. Jungkook segura a respiração pensando em chamar a enfermeira de volta, ele não queria assistir o homem agonizar na sua frente.
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𝙴.𝚈.𝙴 - 𝙹𝙸𝙽𝙺𝙾𝙾𝙺 {𝙺𝚂𝙹-𝙹𝙹𝙺}
FanfictionEm uma aliança de patriarcas, Seokjin que faz parte da terceira maior família teve que retornar a seu país para cuidar do enterro de seus pais e de seu irmão mais novo. Ele não contava que, com esse retorno, a aliança de famílias voltaria a tona e t...