Em uma aliança de patriarcas, Seokjin que faz parte da terceira maior família teve que retornar a seu país para cuidar do enterro de seus pais e de seu irmão mais novo. Ele não contava que, com esse retorno, a aliança de famílias voltaria a tona e t...
Durante os preparativos do velório a pouca família dos meus pais se apresentavam na cerimônia do enterro, em sequência. Depois de terem me ajudado com o processo de locação, mídia, trabalho, eles tiveram um rápido descanso. Nossa família é pequena, nada além de quatro tios e alguns primos que não tinham muitas relações com meus pais, entretanto, ninguém deixaria de vir dar adeus a eles e prestar suas solidariedades.
— Você não quer entrar? Pode sentar lá dentro, você está fraco.
Jimin estava dopado, meu irmão sofria de ansiedade e cotidianamente tinha problemas com álcool, mas nada superava a dor que era visível em seus olhos nesse momento.
Estamos nas vésperas do inverno, meus pais voltavam de uma cidade vizinha quando foram pegos por um deslisamento de terra na estrada. Eles nunca viajavam a carro, porém, essa foi a primeira e última excessão deles. Tive que voltar do exterior assim que me avisaram, meus estudos estão finalizados e eu apenas não queria vir de forma alguma, mas então, casualmente lembrei que tenho um irmão mais novo que não lidaria com isso tão bem quanto eu.
— É a última vez que vou ver eles... Não vou sair daqui.
Todos nossos familiares miravam a forma como a dor da perda de Jimin superava a minha e era compreensível. Desde meus 16 anos morei no exterior, estudava e vivia longe dos meus pais, mesmo sendo filho deles não existia muita convivência. Principalmente porque ambos eram ocupados de mais, e o único que eles ainda davam o pouco de atenção era Jimin e olha o que aconteceu, ele se tornou dependente de inúmeras coisas e é um jovem inseguro e sem limites.
Jimin nunca soube o real motivo do meu afastamento dos nossos pais que consequentemente me afastou dele.
— Eu sei que vai ser difícil para você, mas temos que deixá-los ir. Você entende?
Questionei olhando para ele que não tirava os olhos da imagem a nossa frente, doía observa-lo.
— Deixar eles aqui e voltar para casa? Voltar sem eles?... Por que isso está acontecendo comigo...?
Não tenho o costume de chorar, porém ver Jimin abraçado ao meu braço enquanto derramava muitas lágrimas, fez com que eu não segurasse as minhas próprias. Nossos parentes não levantavam o olhar, e por impulso alguns tentavam nos consolar, mas nem Jimin ou eu queria ouvir quaisquer palavras de conforto.
— Eles vão voltar conosco, no nosso coração... Nunca nos abandonariam e nunca vamos os abandonar. Vai ser difícil mas vamos conseguir. As coisas nunca são como prevemos.
Quando tudo acabou e só restava Jimin e eu, olhamos ao redor e percebemos que daqui em diante seria assim: só eu e ele. Abracei Jimin pelos ombros enquanto começava a nevar aos poucos sobre todo o espaço onde nossos pais estavam destinados a ficar agora.
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Nos dias seguintes, toda manhã recebia ligações de empresários que eram afiliados as empresas da minha família. Todos queria saber se eu venderia as ações ou se seria o novo dono permanente. Sempre foi difícil para mim ter que escolher uma profissão, pois sendo irmão mais velho meus pais sempre deixaram claro que seria eu quem tomaria responsabilidade de tudo quando eles decidissem se aposentar.
