Capítulo 11

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Capítulo 11
°Realidade distorcida°


Bakugo: SHINEE!

Kirishima, resmungando: Porque tens que gritar logo de manhã?

Bakugo: MORRAM! MORRAM GERMES! MORRAM! VÃO PARA O INFERNO! SHINE!

Logo pela manhã os nossos jovens rebeldes acordaram de um jeito bem entusiasmado. Nem parecia ser um simples dia.

Na noite passada, antes daquele incidente em que quase o jovem loiro se cortou nos pulsos, as duas crianças permaneceram acordadas por mais algum tempo.

Bakugo explicou que a sua intenção não era de todo assustar seu colega. Ele pretendia apenas o chamar a atenção mas enfim se contentou em entregar um pouco de carinho.

(Noite passada)..

Kirishima: Então... Tu e a Uraraka?

Bakugo: O que tem ela?

Kirishima: Vocês... Se beijaram não foi?

Bakugo: *Tch* não quero nem saber...

Kirishima: Olha. Eu entendo se por acaso estiveres a sentir algo a mais por el-

Bakugo: Eu esperava acordar e ver te lá, não ela.

Kirishima: Hah!?

Bakugo: Eu não quero falar sobre ela. Se achas que eu sinto algo então estás enganado. Eu já dei um fora antes lembraste oh cabelo de merda?

Kirishima: Mas ela continua a insistir. Eu acho que deverias pensar sobre o assunto...

Bakugo: Então e tu!? Deverias começar também a procurar alguém ou vais acabar morrendo solitário.

Kirishima: Que palavras tão amáveis...Eu dispenso isso do amor. Não é como se eu fosse capaz de me entregar tanto assim por alguém...

Bakugo, pensativo: Ótimo. Estamos de acordo.

(Presente)..

Já de manhã, os responsáveis por Bakugo não estariam em casa devido ao trabalho, mas sua própria mãe fez questão de cozinhar algo especial pelos dois e deixar uma carta de despedida.

Logo que os dois jovens se encontrassem despachados, foram em encontro com sua turma em sua suposta casa na escola.

Cada um cumprimentou de forma diferente os dois rebeldes, dando mais atenção ao loiro por motivos lógicos.

Enquanto o mesmo rapaz se encontrava agora a descansar sobre o sofá, seu amigo de infância vasculhava em seu quarto algo de certo importante para si.

Suas mãos então vasculhavam por toda a parte, dentro das caixas velhas ainda debaixo de sua cama. Demorou um pouco para encontrar o que mais desejava no momento. Ao enxergar uma foto de seu melhor amigo em bebé, sentiu uma tremenda vontade de abraçar aquela imagem.

Kirishima: Mesmo que seja grande. Continua realmente a ser um bebé.

Seus lábios foram obrigados a sorrir instantaneamente antes de pendurar o quadro sob a mesa de cabeçeira, também ela preenchida de muitos outros quadros com fotos suas e de seu melhor amigo.

Se recordava de alguns momentos derrepente. De quando visitaram a praia em família. De quando partilharam o mesmo gelado. Sobre quando contaram histórias de terror um para o outro. Cada memória era como um pedaço de diamante.

E cada gesto e sorriso seu, era só mais uma razão para se sentir envergonhado e feliz.

Seu coração era talvez a única coisa viva e portanto, entusiasmada e empolgada ali dentro.

Compreenderá que deveria dar valor aquilo. Não era costume se sentir tão animado por um simples quadro, nem tão pouco sorrir demasiado por ver seu loirinho.

Ainda que fosse confuso, decidiu valorizar o sentimento. Deveria talvez deixar de lado as suas inseguranças e confirmar realmente mais em seu amigo, afinal, não haveria de ser algo mau.

A meio de tanto pensamento louco, os mesmos foram subitamente rasgados por um simples grito em seu nome. Sua porta é automáticamente aberta antes que ele podesse acordar para a realidade e se manter numa pose sofisticada e profissional.

Seus olhos então enxergavam com clareza um contentamento no rosto de seu colega enquanto seus ouvidos escutavam uma gritaria intensa junto de aplausos e muitas outras ações dignas de um festejo qualquer.

Por muito que ele adorasse festas e baladas, de certo modo se sentia um pouco desconfortável com aquilo. Salvo seja, por ter escutado alguém a referir o nome de seu melhor amigo.

Kirishima: Denki?

Kaminari: Kiri aqui estás tu!

Kirishima: Está tudo bem? Porquê tanta gritaria? Não me digas que está a ver festa e eu não fui convidado.

Kaminari: Oh meu amigo eu nem te conto!

O único ignorante sobre o assunto, preparava-se agora para se sair de sua zona de conforto, quando rapidamente é surpreendido pelas seguintes palavras.

Kaminari: Uraraka se confessou na frente de Bakugo e eles deram um beijo!

Seu peito, derrepente deixou de querer continuar a viver. Por um simples segundo, tudo dentro do corpo do menino avermelhado paralisou.

Kirishima: Hah?

Kaminari: Eu não sei se eles estão numa relação agora ou não mas o próprio Bakugo nem desviou! Eu acho que ele gostava dela todo este tempo!

Kirishima: Todo...este...tempo?

Kaminari: Sim! Vem ver!

O adolescente com cabelos dourados em formato de raio, segurou o pulso da pessoa na sua frente e sem perder tempo correu até a sala de estar, sem nem mesmo voltar a enxergar o rosto pálido e confuso de seu amigo.

Ao chegarem ao local, se aperceberam que toda a sala estava uma confusão. Balões flutuavam, gargalhadas e longos sorrisos também. Toda a turma estava exageradamente feliz e entusiasmada ao olhos do menino carmim, que apenas se limitava a procurar com bastante atenção seu amigo de infância.

Observava por todo o canto, querendo simplesmente chorar. Não era possível que tal coisa estivesse certa. Julgava seu colega ser mentiroso como às vezes estaria habituado.

Mas a verdade era realmente aquela. Bakugo se encontrava a receber carinho de sua colega de médios fios de cor marrow. Tanto um como o outro, pareciam felizes e bastante próximos.

Aquele sorriso, de seu amigo de infância, era porém vago e indiferente. Mas se seus olhos prestavam atenção em cada canto sobre o corpo da pequena, não existia as menores dúvidas sobre aquele sentimento.

Rapidamente, o corpo do único infeliz naquela sala, perdeu o equilíbrio. Suas pernas se colaram ao chão enquanto seus olhos ainda prestavam atenção sobre aquele momento.

Kaminari: Ah? Kirishima?

Seria possível? Seria aquilo a realidade? A verdade? Estaria seu coração destruído, a chorar com razão? Deveria ele mesmo se sentir mal e desapontado sobre si mesmo? Ele estava tão habituado a aquilo, então porque agora ele tinha vontade de fugir? Porque seu peito doía de tal forma?

Julgava-se feliz sobre aquilo que sentia à poucos minutos atrás. Mas agora, sentia-se vazio e sem qualquer vontade para continuar a crescer.

Sentia-se outra pessoa. Se seu coração não conseguia acompanhar o momento como das outras vezes, não conseguia o próprio dono se manter firme.

Kaminari: Hey Bro, estás bem? Estás um pouco pálido. Queres água?

Kirishima: Kaminari... Eu já volto...

° 𝘙𝘦𝘣𝘦𝘭 𝘧𝘳𝘪𝘦𝘯𝘥𝘴 𝘶𝘯𝘪𝘵𝘦𝘥 °Onde histórias criam vida. Descubra agora