Chegou o dia

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Lauren

Já era dia 20 e eu estava saído de casa, para ir para um lugar no meio do nada, sem saber o que eu vou ter que fazer lá e o que eu vou encontrar lá. Se eu estava com medo? Morrendo de medo, se eu ia voltar pra trás? Não, ir nesse lugar vai fazê-lo esquecer toda minha dívida.

Eu já estava no carro a meia hora, faltava dez minutos para eu chagar ao local, e a única coisa que eu vejo a minha volta são arvores, comecei a pensar que ele estava me levando para um lugar pra me matar. No meio desse pensamento meu celular tocou no painel mostrando uma mensagem, desviei meus olhos da estrada por alguns segundos, olhando para a tela do celular, vendo uma mensagem do Tóquio.

"Quando pega a encomenda traga para esse endereço xxxxxxxx"

Estava assinada com o nome dele novamente, será que ele acha que aquilo é uma carta? Eu já salvei o numero dele, pra que assinar o nome no final?

Eu estava mais preocupada com "encomenda" que ele estava se referindo, que até agora eu não tenho a menor ideia do que seria, no meio desse pensamento, a voz do meu celular informou que eu havia chegado ou meu destino, olha em volta eram muitas arvores, eu não sabia se sai ou ficava no carro, resolvi sair e olha em volta, ainda era 10:40h, ele disse para eu estar aqui as 11:00h.

Fiquei encostada na traseira do meu carro, olhando a rua, esperando ele ou outro alguém aparecer em uma corro ou coisa parecida, estava distraída olhando para a estrada quando ouvi uma tosse atras de mim, olhai para atras no susto, vi uma pessoa com alguns cortes no rosto, e uma roupa bem suja, ele tinha um pouco de sangues na mão também.

- Oi? - falei com receio

- Tóquio mando você?

- Sim

- E você não sabe o que tem que fazer certo?

- Isso

- Ótimo, você vai me levar para o endereço que ele provavelmente te mando, eu sou um fugitivo, acabei de escapar de uma delegacia, que fica aqui perto, então espero que seu porta malas esteja vazio, porque eu vou nele.

Eu parei para assimilar a informação, ele me manda ir buscar um criminoso, que tinha acabado de fugir da cadeia, eu não sabia nem o que fazer.

- Vamos?

- Olha, você não vai no meu porta malas, o banco de trás do meu carro, tem um fundo falso, melhor você ir lá

- Ótimo, bora, to morrendo de fome.

Ele se virou para o meu carro, e eu fui atras dele, ele abriu a porta e eu puxei o bando de trás pra cima, mostrando fundo que ele com toda certeza ele iria caber.

- Lega lorinha – ele apertou minha bochecha, me fazendo recuar um pouco, então entrou no fundo falso.

Depois de fechar ele no fundo falso do banco, eu parei um pouco olhando para o céu, pensando na merda que seria se a policia parasse a gente, e descobrissem ele lá, entrei no carro, e dei partida, indo para mais um lugar que eu não tinha a mínima ideia de onde era.

Eu já estava dirigindo a um bom tempo, já era mais de meio dia, quando de repente, um carro da policia apareceu atras de mim, eu comecei a ficar nervosa, mas não tinha nada de errado, eu já tinha saído daquela área a muito tempo, não tinha nada de errado, mas quando eles encostaram do meu lado mandando-me para o carro, eu entrei em choque.

Encostei o carro, e fiquei esperando eles, saiu apenas um policial do carro, parando do lado do meu com um sorriso no rosto.

- Boa tarde senhor policial – falei simples

- Boa tarde, documentos por favor – virei para o banco de trás pegando minha bolsa e logo em seguida os documentos, entregando para ele.

Enquanto ele olhava meus documentos ele também rodeou o meu carro olhando, ele parou novamente do meu lado, provavelmente lendo meu nome novamente no meu documento,

-Lauren, o que faz aqui?

- Vim visitar minha amiga, que estava um pouco doente, algum problema senhor policial?

- Um cara fugiu da delegacia hoje de manhã, mas nada com o que precisa se preocupar, posso dar uma olhada no porta malas?

- Pode claro, mas ele está bem sujo.

Fomos ate o porta malas, e eu agradeci mentalmente ao meu pai por tem feito aquele fundo falso no bando traseiro, abri o porta malas e ele olhou bem não achando nada de suspeito.

- Pode ir, mas cuidado, esse cara é meio perigoso.

- Claro senhor policial, obrigada, tenha uma boa tarde.

Entrei novamente no carro, podendo respirar aliviada finalmente

- Você sabe mentir em – ouvi a voz, do cara que estava em baixo do meu bando

- Cala a boca

Liguei o carro novamente, indo ate o endereço, implorando que nada desse errado, e que mais nada acontecesse, meu coração não ia aguentar isso.

Dívida de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora