"Seus olhos me trazem uma paz inexplicável, querido major. Sei que minha eternidade ao seu lado será épica"
Minha avó sempre dizia que o amor aparece de uma forma inesperada. Assim sem avisar, ele somente vem e fica alojado em seu coração e em suas...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A família é um salva-vidas no mar agitado da vida.
J. K. Rowling
Eu me sentia animada naquela manhã. Ao levantar e ir até a janela de meu quarto, vi que o céu estava nublado e que uma fina chuva caia do lado de fora. Era um dia agradável para se ir a escola. Sorri e caminhei em direção ao banheiro mas não antes de olhar para meu closet que estava uma bagunça.
Hoje seria nosso primeiro dia de aula, e eu estava animada com o fato de poder ir na escola novamente. Tão animada, que ontem fiquei o dia inteiro escolhendo uma roupa para esta ocasião, porém apesar de ter escolhido inúmeras combinações possíveis, nenhuma delas me agradou.
Suspirando fui até o banheiro, e após meu banho e todo o "Processo de rejuvenescimento para aquela que não morre" como dizia Gabe, fui para meu closet com a toalha enrolada em meu corpo. Então qual foi a surpresa ao entrar e ver que em meio daquela bagunça estava uma caixa e uma bota, que provavelmente iria até acima dos joelhos, ao seu lado. Ao abri-la e ver o que tinha ali dentro, eu sorri.
Terminei de vestir me vestir e sorri com o resultado. Observei como a saia xadrez moldava a minha cintura perfeitamente, e como aquela blusa preta de gola alta e mangas longas deixavam minha maquiagem destacada. E lógico com a minha suspeita sobre a bota estava certa.
- Está muito bonita irmã - olhei para onde a voz vinha e vi Lucius encostado no batente da porta - Foi um tanto difícil escolher a roupa perfeita para você - ele riu e entrou em meu quarto. Parou atrás de mim e me observou através do espelho - Está ansiosa para hoje? - perguntou.
- Estou sim - me virei para ele e sorri - Mas sei que tudo dará certo. Aliás obrigada pela roupa - ele riu e segurou minhas mãos.
- Eu sei que está ansiosa com a possibilidade de encontrar seu companheiro, porém peço que vá com calma e que deixe tudo ocorrer naturalmente. Sem intervenções do destino - eu ri concordado com ele.
- Obrigada Lu - sorri para ele - Eu queria te agradecer por tudo que fez para nós. Seus sacrifícios nos trouxeram até aqui. Eles me trouxeram aqui, e se estou ansiosa assim é porque você permitiu esse encontro - ele sorriu e me puxou para um abraço. Era tão confortável quanto o de mamãe.
- Não há o que agradecer, nós todos nos sacrificamos. Se estamos aqui é porque lutamos e vencemos - separou nosso abraços e sorriu novamente - Agora vamos descer porque nossos irmãos já devem estar se matando - concordei com ele. Peguei minha bolsa junto com meu casaco. Fechei meu quarto e desci para a cozinha junto a Lucius.
- Nossa irmã está pronta para conquistar seu grande amor Lucian - Gabe riu assim como Lucian que tomava já seu café.
- Fique calado Gabe. Eu estou ansiosa para ir na escola novamente, sabem como eu gosto de ir para lá - sentei em frente a Lucian na mesa e bebi o café da xícara que foi colocada a minha frente.
- Acreditamos nessa sua falsa verdade irmãzinha. Mas bem eu ainda não sei como você suporta aquele lugar - Gabe disse após tomar seu café - É cheio de pessoas sem senso algum e com os hormônios a flor da pele. É horripilante só de pensar que iremos voltar para aquele lugar - rimos com sua careta.
- Mas é essencial que vocês voltem - disse Lucius - Seria estranho três jovens não irem para o colégio - ele sorriu já se levantando da mesa - Bem já estou indo, tenho que me apresentar na delegacia - deu um beijo em minha testa e se despediu dos meninos com acenar de cabeça. Ouvimos quando ele saiu com seu carro desejando um bom dia para nós.
- Bom acho que já deu nosso horário - disse Lucian já se levantando. Me levantei assim como Gabe pegando minha bolsa que estava ao meu lado em cima da cadeira - Eu dirijo - disse assim que saiu da casa indo em direção ao carro.
- Ele parece minimamente animado hoje irmãzinha - disse Gabe ao trancar a porta da casa. Assenti sorrindo. Aquilo era um grande avanço para ele.
- Sim, ele parece - ele me olhou sorrindo e passou seu braço por cima dos meus ombros me puxando para o carro onde Lucian já estava.
Eu estava muito ansiosa. Hoje finalmente eu conheceria o amor que foi destinado a mim.
****
Quanto mais nos aproximávamos do colégio, mais eu ficava ansiosa. Gabe, que estava no banco de trás, não parava de reclamar sobre o quanto os adolescentes são chatos e cheios de hormônio. Era engraçado a forma que ele dizia sobre tal assunto por parecer um adolescente na flor da idade.
Lucian permanecia em silêncio ao meu lado enquanto dirigia mas mesmo em silêncio, eu ainda podia ver um sorriso leve em seus lábios. Já eu, estava um pilha de nervos com pura ansiedade e felicidade.
- Sua aura está muito reluzente Meli – disse Lucian – Você deve estar extremamente ansiosa. – ele riu acompanhado de Gabe que havia parado de reclamar dos adolescentes.
Encontrar aquele colégio foi fácil até demais. Fomos até a secretaria que era em um prédio um pouco a frente do colégio e pegamos uma caderneta para os professores assinarem e um mapa. Assim que saímos, fomos para o estacionamento do colégio onde havia várias pessoas e carros já presentes.
- Olha eu realmente odeio esses lugar – Gabe disse ao observar os olhares que recebíamos ao estacionar na vaga – A vontade de explodir esse lugar é grande – ri e sai do carro com Lucian e Gabe logo atrás de mim.
- É um lugar adorável – eu disse após observar melhor o lugar. Sua estrutura era um tanto peculiar e eu diria até rustica para um colégio, e a floresta ao seu redor dava um certo charme.
- Você tem que rever seu conceito de adorável Meli – Gabe revirou os olhos – Esse lugar chega a ser patético em um nível não estudado - ele riu sarcástico.
- Pare de implicar Gabe – Lucian falou – Não é tão ruim assim, sabe que já estudamos em lugares piores – disse por fim ao avaliar com cuidado o local. Ri concordando com Lucian. Nossas idas e vindas em relação as escolas que estudávamos eram um caso a ser discutido.
- Bom já que estamos aqui vamos indo. Não quero chegar atrasado em meu primeiro de aula - disse ele nos puxando em direção a escola. E por conta deste fato não notamos os olhares de uma certa família do outro lado do estacionamento.
