Treze

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AUTORA:

VOLTEIII MINHA GENTE E AGORA TO MELHOR, TO ATÉ RESPIRANDO DIREITINHO KSKSKSKSSK enfim, nada que um repouso não ajude neh ? Vamos lá?

Nicolai

- Vamos seu porco, desaprendeu a lutar. - Dom me provoca quando pela milésima vez ele me imobiliza no chão.

Acho que vir treinar não foi boa idéia no final das contas. Passei toda a manhã adiantando meu trabalho na embaixada para poder ir a praia com Amy e Maria no final da tarde sem me preocupar com papelada ou reuniões, e quando me vi com tudo pronto voltei para casa bem na hora que os seguranças estavam treinando e decidi me juntar a eles e bom, agora levando um mata leão de Dom eu acho mesmo que não foi boa idéia.

- Desgraçado, vai ter volta. - Eu rosno para ele quando seu braço aperta mais meu pescoço.

- Pede para sair. - Ele provoca e eu me debato.

No impulso acerto em cheio o cotovelo na lombar de Dom o fazendo urar de dor e relaxar o aperto de seu braço e não podia ser mais perfeito. Giro meu corpo e dessa vez eu que aplico o mata leão em Dom que tenta esmurrar meu braço para escapar.

- Pede para sair. - Sussurro para ele, os seguranças já pararam suas atividades para assistir a cena.

- Nunca. - Ele retruca e eu aperto um pouco mais.

- Você já foi mais humilde. Estou piedoso hoje. - Empurro Dom para fora de meus braços fazendo ele rolar a procura de ar pelo tatame.

Eu me levanto do chão ofegante pelo esforço e estendo a mão para Dom que a pega e se levanta.

- Daqui alguns minutos, entrará por aquela porta um novato. - Dom diz.

- É mesmo ? - Pergunto. - Ele foi iniciado na KGB quando ?

- Aos 19, muito bom em luta corpo a corpo mas muito retraído com armas. - Dom informa.

- 19 anos e já está aqui, deve ser muito bom no corpo a corpo então. - Respondo e a porta da academia se abre.

- Ele praticamente matou um companheiro de pelotão por pegá-lo tentando estuprar uma garota de programa. Dizem que ele quebrou todos os dentes do outro, além de lhe quebrar os dois braços. - Arqueio uma sobrancelha.

- Ele tem princípios então. - Sussurro observando um homem musculoso mas não muito grande arrumar suas coisas no canto da academia.

É óbvia sua pouca idade comparada aos demais seguranças que o olham perversos. Cruzo os braços fazendo sinal para que Dom vá até o garoto.

Observo os dois trocarem algumas palavras antes de virem até mim.

- Alteza. - O garoto se curva quando para poucos metros de mim.

- Apresente-se. - Peço.

- Soldado Illya Mischoy, turma 363 da Academia Real ao seu dispor, senhor. - Ele bate continência para mim e eu faço o mesmo antes de lhe estender a mão.

- Me diga soldado, o que fizeram seus superiores pensarem que você seria capacitado para me proteger ? - Pergunto ao soltar sua mão.

- Eu apenas faço meu trabalho direito. - Ele responde.

- Por que não gosta de usar armas ? - Pergunto.

- Prefiro usar as mãos. - Ele sussurra.

Ouço dois ou três seguranças rirem ao fundo. É fácil entender porque ele não usa armas e sim as mãos, porque ele tem princípios mas gosta de ver a vida do adversário deixar o corpo enquanto o mata com as próprias mãos, e esse sentimento eu conheço bem.

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