capitulo 2

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Tudo começou numa tarde de primavera com o sol a ameaçar desaparecer. O céu encontrava-se laranja e com vários tons de rosa com pássaros que rasgavam as nuvens.

As flores do meu jardim tentavam fechar mas o meu irmão mais novo teimava em deixá-las abertas. Fiquei a observar a falta de inteligência do meu irmão e decidi ir ter com a Nini e a Mary a uma gelataria que acabára de abrir.

Pus um casaco cinzento, dei uma cotuvelada nas costelas da minha irmã mais velha e comecei a correr que nem uma louca em direcçao  à bicicleta que jazia nos pés do meu portão. Antes de subir olhei para trás e vi a minha irmã a deitar-me o seu olhar de víbora e segui o caminho da calçada com musgos que espreitavam entre as fendas do chão.

Ao ver as minhas duas amigas à porta da gelataria, saltei da bicicleta e corri para lhes abraçar! Senti os seus corpos quentes a aquecer o meu e quando me afastei começei a cantar e a sorrir.

Entrei na gelataria e simpatizei logo com o local. Estava bem decorado com cores suaves nas paredes e almofadas coloridas com flores nos sofás. Tal como eu, Mary e Nini são emigrantes portuguesas e partilhanos os mesmos sentimentos e customes.

Nini- hoje apetece-me uma bomba calórica!

Eu- hahaha. Sabendo que não vais aguentar comer um super gelado aconcelho-te a dividires comigo um crepe recheadinho. -  Disse eu lambendo os lábios já a sentir os aromas da canela e da massa no ar.

Nini- "recheadinho"? Vê-lá essa tua linguagem amiga!

Mary - Nini lamento mas aqui a única que tem pensamentos sujos és tu!

A Nini ainda estáva para responder mas desvivei a minha atenção para um rapaz gordo que se encontrava no balcão e apostei comigo mesma que talvez ele comesse as sobras dos gelados e das massas dos crepes!

Estiquei a mão até (quase) tocar no této pois eu estáva esfomeada e fiz sinal para me vir atender no entanto só recebi um sorriso e de seguida o rapaz desapareceu na penumbra da cozinha. Fiquei ali... com o braço pendorado à espera que me viessem atender.

Nini - Irra! Nunca mais ninguém vem!

  Foi então que um rapaz de uniforme laranja com cabelo escuro ,olhos verdes e talvez o sorriso mais bonito do mundo, nos veio atender...

Sinceramente eu parecia uma demente pois fiquei a olhar para ele com a boca aberta e quando este se virou para mim trinquei a língua tal era o meu nevorsismo. O rapaz começou- se a rir e eu senti-me a corar cada vez mais... li na sua bata "Eduard" e tentei desviar a sua atençao porque a situação tornara-se ridícula ao ponto de as minhas amigas estarem a meter-se comigo.

Eduard: Então o que é que vai ser?- perguntou.

Eu: O que vai ser és tu! ( disse o meu descaramento! Quando fico nervosa digo coisas parvas!) - Peço imensas desculpas eu não te quero, ou melhor até não me importava mas....porra!

Eduard parecia estar divertido com a situação o que me acalmou mas as minhas "amigas da onça" começaram a picar-me e a piscar os olhos ao pobre rapaz que por aquela altura só deveria querer desaparecer! Mas nem por sombras foi o que Eduard fez ....

SirenesOnde histórias criam vida. Descubra agora