15- O ômega dele

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Oii, pessoal. Tudo bem com vocês?

Boa leitura, anjinhos!

[...]

Taehyung se levantou da cama quando ouviu o celular vibrando no criado-mudo. Pegou ele e seguiu para o banheiro. Jungkook ainda estava dormindo, deitado nu em cima das cobertas. Fechou a porta atrás de si, recostou-se nela enquanto atendia a ligação.

— Meio tarde para você, não é, Jimin? — questionou Taehyung, passando a mão no rosto. Era umas duas horas da madrugada.

— Desculpe por isso. Ainda estou no escritório. — disse o outro alfa.

Taehyung não se surpreendeu. Tem sido assim para Jimin desde o dia em que ele perdeu a Irene, apenas dois dias antes do casamento. Ela e duas das madrinhas dividiram o carro depois da festa de despedida de solteira. Um motorista bêbado ultrapassou o sinal vermelho e o impacto foi tão grande que ambos os carros explodiram, matando todos os envolvidos. Isso tinha sido há cerca de quatro anos e Taehyung sabia que Jimin ainda estava de luto. A perda foi terrível, principalmente porque o lobo de Jimin tinha escolhido o da beta, ela era a sua companheira e a sua perda é algo que Jimin não conseguia lidar, mesmo depois de quatro anos.

— Estou me referindo a você não ter uma vida fora desse escritório, Jiminnie. Não quero soar como um chato repetindo aquele meu discurso de "você tem que viver a sua vida fora do trabalho também".

A risada do Park cruzou a linha.

— Não pense de mais nisso, do contrário você vai soar como minha mãe. Enfim, eu estava navegando pela internet e encontrei algo interessante.

— O quê?

— Vários relatórios policiais antigos, datados de mais ou menos 20 anos atrás. São sobre Park ji-hoon. Ele usava o nome Park Ji-hun até então. Provavelmente passou a se apresentar como Ji-hoon há pouco tempo.

Taehyung maneou a cabeça.

— O que dizem os relatórios policiais?

— Denúncia doméstica. A maioria era de vizinhos reclamando que ele e a namorada estavam perturbando a paz com discussões frequentes. Existe um registro no qual a namorada telefonou para a emergência, quando Ji-hoon a ameaçou porque pensava estar sendo traído.

— Então havia um monte de brigas de namorados.

— Assim me parece. Em uma chamada específica, a namorada disse que ele a ameaçou de danos corporais caso ela saísse do apartamento que dividiam. De acordo com o boletim de ocorrência, ela alegou que Ji-hoon tinha um lado ciumento forte. A polícia sugeriu que ela obtivesse uma medida cautelar para mantê-lo longe, e ela acatou.

— Algo mais?

— Falei com Yoongi. Ele vai encontrar os funcionários da prisão hoje para solicitar um encontro com Lee Heajoon. Felizmente, o sujeito vai cooperar. Nesse meio-tempo, localizei um endereço atual da antiga namorada de Ji-hoon. Ela ainda mora na região, então acho que vou lhe prestar uma visita. Vou deixar você a par de qualquer coisa que eu descobrir.

Desde o início, Jimin presumiu que o desaparecimento da segunda esposa de Ji-hoon tivesse sido um trabalho bem-feito, o bom e velho assassinato encomendado. E, se fosse esse o caso, provavelmente o mesmo teria acontecido com a primeira esposa de Ji-hoon. No entanto, sem um motivo concreto ou um corpo, a polícia não era capaz de sustentar uma acusação.

Taehyung mal podia esperar para ouvir o que quer que Yoongi conseguisse arrancar daquele cara na prisão. Será que era ele o alfa com quem Park Yujin tinha se encontrado naquele dia? Seria ele um amante ou o assassino?

Ardente [TaeKook]Onde histórias criam vida. Descubra agora