"O espelho"

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-o que foi Draco? -perguntei assustada com a expressão do loiro que obviamente estava em estado de choque

-nada... -respondeu ainda encarando o espelho -nada - tirou os olhos do espelho e virou para mim sorrindo nervoso.

-como nada parece que você viu um bixo papão -disse tentando tirar o nervosismo do garoto o que não funcionou -o que você viu?... Draco -tentei me aproximar dele mas ele se afastou disfarçadamente e fez silêncio por alguns minutos

-você...

- sou sua melhor amiga por que não estaria no seu futu... -cortei ele mas o mesmo fez um negativo quase decepcionado com a cabeça cortando minhas palavras

-o espelho... mostra o que a gente mais deseja além do futuro... lembra -gaguejou.Eu não sou idiota me passou uma ideia impossível pela cabeça. Impossível e idiota Angelina. -eu e você Angelina...

Eu sei o que isso significa, queria evitar essa conversa ao máximo, mas agora não teria como esquecer isso mais, já sonhei que acabaria casando com Malfoy um dia. Quem não sonharia?. Mas foi uma ideia idiota de criança e sei que não é o que eu quero. A pessoa que eu quero eu estou usando. Pensei e novamente o peso cai sobre minha mente. Agora não Angelina. Acho que Draco percebeu minha expressão pois ele tornou a falar:

-olha Angel está tudo bem... sei que tomou sua decisão quanto a Tom e... eu quero sua felicidade acima de tudo. - Não foi só mais uma noite de sexo com mais uma para ele então? Óbvio que não sia idiota está na cara. -você simplesmente não consegue me amar

As palavras cortaram meu coração como uma faca entrando e rodando cada vez mais fundo e meus olhos encheram de lágrimas mas eu não as deixei cair, me aproximei dele devagar, sem exatamente saber o que fazer.

-eu te amo... e você sabe disso. -disse baixo parando perto dele -mas não assim... por favor... -Ele abaixou o olhar evitando me encarar por um momento mas eu continuei. Já tenho muitas mentiras na minha vida. Não vou usar Draco. -por favor... não quero que nossa amizade mude. Me desculpa se...

-tudo bem... -ele me interrompeu voltando a me olhar, aquilo ainda estava partindo meu coração -não é culpa sua -ele me abraçou de vagar, acho que com medo de me fazer recuar mas não fiz. Draco não estragaria nossa amizade por isso. E ele sabe que aqui impomos limites para nós, e ele não iria ultrapassar... novamente.

Achei que ali não era o momento de falar a Draco o que exatamente estava acontecendo. Lendo o diário de minha mãe. É como se eu escutasse a voz dela toda vez que eu estivesse lendo, o que é loucura. Minha mãe esta morta. Minha mente sempre me lembrava toda vez que eu lia as paginas do diário, e ria sozinha de suas histórias, ao mesmo tempo eu sentia um aperto no peito, eu sentia um alivio por ter um pedaço dela ali comigo.

TOM

Toda vez que penso em Mattheo beijando ela tenho vontade de matar alguém -ele no caso- mas da ultima vez isso quase me fez perde-lá, por mais que queira não irei fazer nada com ele. Pode ser que depois de beija-lo ela viu que não queria ela. Tento me convecer o tempo todo disso, a algus dias não vejo os comensais, nem meus aliados, não quero mais isso. Eu quero ela. Tenho medo de força-la a algo quero esperar ela vir ate mim, mesmo que Angelina não seja de atitudes, quem sabe nunca tome uma. Ela sofreu... perdeu pessoas, não sabia o que é ser amada, ainda sim sorri e vejo felicidade em seus olhos, ela é sua propria luz e a minha também.

-Valdemort quer você liderando os comensais, sabe disso? -Mattheo por sorte não ficava em meu dormitorio mais, mas ele insistia em me pertubar. Ele beija ela e tem coragem de vir aqui, ele sabe que não vou fazer nada com ele.

-Por que não saberia? -respondi seco ainda sem tirar os olhos de meu livro, não estava lendo mesmo que estivesse olhando para ele prestava atenção em cada movimento de Mattheo pelo dormitório vazio apenas preeenchida pela nossa presenca. O que Angelina vai achar disso?. Negaria ''comandar'' e participar disso caso as consequencias viessem até mim, mas isso chegaria a ela de qualquer maneira, ele a acharia e a torturaria até a morte por eu não obedecê-lo. É o que eu faria. Pare com isso. Repreendo meus pensamentos para mim tentar ser uma pessoa boa tenho que fazer isso. Mas sei que o que eu penso é verdade, afinal sou como ele, fui criado para isso, para pensar como ele.

-e então? -Mattheo pergunta parando de andar de um lado para o outro parando de frente para mim eu fecho o livro lentamente tentando sustentar minha máscara parecendo o mais calmo possivel.

-''e então'' o que? -perguntei tentando não perder a paciência

-como vai fazer isso?...

-se fosse para você saber estaria nesses planos. Mas você não está, tem outras coisas a fazer não tem?.

-Angelina sabe disso? -eu sabia que ele estava me provocando, mesmo tentando manter minha calma ele conseguia.

-chega! saia daqui

-ma...

-não estou pedindo! - ele pode ser irritante, e ser superior com muitas pessoas, mas não comigo e sabe disso. Quando eramos criancas até nos davamos bem, afinal só tinhamos um ao outro, agora não eramos nada do que aliados. Ou inimigos. Isso ele quem decide, mas para o bem dele é melhor ser aliado. Posso não querer ser o monstro que já fui, mas isso não me impediria de matar alguém que me ameaçe, ou melhor... ameace ela.

***

Angelina parece que se esconde nessa escola nao é possivel. Fico preocupado por isso. Idiota. Idiota por desistir de tudo por amor. Mesmo sabendo que ela sabe se virar muito bem sozinha. Procurei por metade de Hogwarts, menos no lugar mais inesperado, ou esperado. Torre de astronomia. Desde que Dumbledore foi morto, por mim, e ela viu, Angel ficou com receio de voltar aquele lugar, sei disso, ela não o assassinou mas sente como se tivesse feito, sabia que isso aconteceria e não fez nada. Isso quase a quebrou. Mas a diferença de Angelina para todos os Avery e Snape é que ela é forte, mesmo que nem ela mesma perceba.

-sei que está ai Tom -ela disse enquanto ainda observava a paisagem. Particularmente linda da torre de astronomia. E enquanto eu a observava. Me aproximei calmamente parando ao lado dela ainda sem dizer nada. Ela parecia menos animada que o normal, mas se tiver alguma coisa a encomodando (o que obviamente tem) ainda espero que ela me conte ao invés de ter que entrar na cabeça dela. -odeio esse lugar...

-eu sei -respondi calmamente estudando cada detalhe do rosto dela enquanto ela ainda encarava a paisagem.

-mas aqui é lindo. -concluiu. Sorri para mim mesmo como um bobo apaixonado. O que eu estupidamente sou. Mas não tinha como evitar.

-sim, é mesmo...

EU ODEIO TE AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora