Mattheo e eu voltamos a sala comunal após nossa longo dia que passei com ele, sem aulas, mas com planos secretos... Ninguém notaria que eu faltei as aulas, professores estavam tristes de mais para notarem minha falta. Percebo a agitação na comunal da sonserina quando voltamos, alguns logo vieram cumprimentar Mattheo, seus ''amigos'', ele é amigável, e outros nem nos olharam nada fora do comum. Isso me lembra antes de tudo começar. Geralmente estariam fazendo festa ou algo assim mas agora nada.
Do outro lado avisto Tom e sua ''mini gangue''. ridiculo. Tom olhou para Mattheo sem expressar sentimentos mas no fundo parecia surpreso, eu sabia que deveria encara-lo para isso dar certo mas não ainda, tinha que querendo ou não admitir criar coragem estou me achando ridícula por isso agora, não tenho medo de muita coisa, mas falar com um garoto isso foi o que eu mais temia em minha vida e olha eu aqui. Mais na frente Pansy e Blaise, Mattheo se afastou para se juntar a Tom, e eu a Pansy e Blaise
-onde estavam? -perguntei já me aproximando de ambos, mas com um ar indignado
-não queriamos ter deixando você esperando -comecou Blaise. Mas deixaram. -esquecemos que iria junto com a gente. -esqueceram?! vou dar um soco na sua cara Blaise e esquecer disso também. Respirei fundo para não fazer o que meus pensamentos mandavam.
-tudo bem -respondi seco.
-Parece que voce não se importou muito com isso não é? -Brincou Pansy, olhando para Mattheo, ja não estava com paciencia para as brincadeiras dela agora, as vezes ela falava as coisas impulsivamente o que me fazia querer dar um soco nela. É melhor do que ela te perseguindo preocupada.
-cade o Draco? -por mais que o loiro tinha manias de sumir do nada algumas vezes. Desnecessário, mas ele continuava com um pouco do garoto dramático de sempre. agora não estava na hora dele fazer isso.
-não vimos ele hoje -respondeu Blaise me olhando confuso.
Por mais que eu estivesse muito afim de ir atrás de Malfoy, não fui, tenho outras coisas para fazer amanha, ele é grandinho para se cuidar. É o que eu tentava me convencer, Draco já não era uma criança mas eu ainda sim queria proteger ele de tudo, coisa que ele já me pediu para não fazer e estou tentando.
***
Na proxima manhã acordei mais cedo que o normal, não que isso seja uma novidade desde que tudo começou não durmo mais direito, mas hoje preciso fazer uma coisa útil. Enquanto Potter e sua turminha fazem o trabalho deles, eu tenho que me preparar para fazer o meu (não só em manipular Tom, mas entender mais sobre o que eu sou) sei de uma pessoa que me ajudaria agora, Dumbledore, mas por minha causa ele está morto, não só ele vem em minha mente, Snape, pode ser que ele tenha escondido isso de mim, ou que nem faça ideia disso, mas o mínimo que ele fará é me ajudar.
-O que quer Angelina? -como imaginava já estaria em sua sala.
-Bom dia pai -disse em um tom provocante para irrita-lo - bom te ver também
Muitos estariam agradecidos de ter um pai agora (como Harry), é eu sei podem até pensar que eu o trato mal, mas pai não é só sangue e sim quem cuida, posso considerar Lucius mais meu pai que o próprio Snape mas se for assim prefiro pensar que não tenho nenhum pai, o que minha mãe acharia de Snape ou de mim agora? vergonha concerteza, mas a cada cinco minutos estou me convencendo. Isso é para um bem maior.
-preciso de sua ajuda -continuo, digo com vergonha, sou orgulhosa de mais para pensar em pedir ajuda, mas querendo ou não admitir não posso simplesmente sair lendo todos os livros da biblioteca até achar alguma coisa -por mais que essa seja a segunda opção- . Snape me encara surpreso aposto que ele comecaria rir ali mesmo mas não fez. Bufei, por não receber uma resposta do mesmo, me arrependendo de fazer isso já. -esquece -digo me afastando da porta e virando as costas
-Angelina... -Não sei se fico feliz ou aliviada. Me viro ficando onde estava ainda e o mesmo continua -me conte... -senti felicidade nem sei o porque se não há motivo algum, depois de tanto tempo sentido um pequeno vazio no peito.
Contei tudo o que sabia sobre mim a Snape, mas nada de meus planos, não sei se posso confiar nele - não sei se posso confiar em meu próprio pai -para contar outras coisas além disso. Percebo ele atento a cada detalhe, esta me analisando, mas nada que pareça uma surpresa grande ao mesmo o que me faz pensar, ele sabia e não me contou
-sim Angelina eu já sabia, e não queria que você soubesse -ele pode ler sua mente idiota, e eu por um minuto de distração a deixei aberta, não entre em minha cabeça. -então não deixe sua mente aberta -termina me fazendo o olhar com raiva, achei que poderia me sentir no mínimo a vontade com meu pai mas nem isso.
-sabia e o que? esperava que eu nunca descobrisse isso? ou tá esperando eu matar alguém sem querer? -o peguei desprevinido, percebi pelo encomodo do mesmo ao se levantar e não me encarar -doeu em mim dizer isso, mas a dor passou em ver que ele se incomodou vendo minha imagem como assassina. Quis rir, que ironia não?-
-sabe pelo menos o que pode fazer? -ele me perguntou enquanto olhava alguns livros em sua sala sem me encarar. Se soubesse não estaria aqui.
-Bom sei que posso levantar pessoas no ar -quis rir de novo ao dizer isso mas me segurei -Sei que... quanto mais brava fico, mais forte fica.
-Não é brava Angelina, é quanto mais sentimentos - para por um momento e me observa com seus olhos negros procurando o fundo de minha alma- mais poder. -conclui
Depois de mais ou menos 30 minutos ainda conversando, estava mais para discuntindo, ele simplesmente me deu um livro, um diário não disse mais nada a não ser "leia". Claro por que ele me ajudaria? era mais facil eu ter tentado usar esses poderes para tentar arremessa-lo pela janela seria mais util
- sei que gosta de ler... mas escrever em diários essa é nova -Mattheo brincou me dando um leve susto -o qual eu quis dar um soco nele por isso mas me conti- enquanto encarava o diário encima da mesa da comunal a qual estava vazia pelo horário, e decidia se abriria ele.
-Snape me deu, não sei nem o porque disso, mas não sei se quero ver o que tem ai dentro. -o respondi enquanto mesmo sentava do meu lado no sofá e passou um de seus braços sobre meu ombro e eu me escorei entre seu ombro e seu peito. Conheço Mattheo a apenas alguns meses -tudo isso aconteceu em meses- mas confio nele.
-bom se não abrir... não vai saber se queria ver o que tinha ai -não me diga Mattheo, que observador você. Mas ao invez de dizer meus pensamentos permaneci em silêncio observando o diário -quando tive que ir ''embora'' - ele continuou - foi uma das piores coisas que já fiz, achei que não voltaria mais, não sabia se voltaria e você... - ele exita - estaria aqui.
Me afastei e o encarei pensando novamente, ele é bom de mais para estar no meio disso. Mas em segundos sinto seus labios tocando os meus calmamente, é bom mas por um segundo pensei em Tom, não foi um beijo longo mas ali no momento pareceu horas. Quando ele se afasta vejo ele olhar por cima do meu ombro com um olhar que logo se tornou sombrio e percebi um pequeno sorriso entortar seu lábios mas quase imperceptível. Não quero me virar e ver o que ele está vendo, mas quando me viro lentamente vejo Tom, com o olhar pior que o de Mattheo parecia que nos mataria ali mesmo, sem duvida mataria, meus olhos encontram os dele por segundos até eu desviar o olhar. Mas para minha surpresa ele volta a andar e sai da comunal. Mattheo sorri e se aproxima de meu rosto novamente.
-meu irmão não gosta de perder... -ele começa e faz uma pequena pausa -e nem eu.

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EU ODEIO TE AMAR
FanfictionAngelina foi criada pelos Malfoy, abandonada pelo pai após a morte de sua mãe, mas ainda com tudo o que ja passou, havia mais pela frente, morte, poder, raiva e amor... Angelina estudava em Hogwarts, a aluna tradicionalmente inteligente, no fundo pa...