EU ODEIO TE AMAR

Luz

  -Sim, é mesmo -ele respondeu com sua voz calma e percebi ele analisando cada detalhe de mim, mas não me importei. Finalmente meu olhar encontrou o dele.
  -sabe que... -Tom me cortou com um gesto negativo com a cabeça
-podemos tentar -ele disse e se aproximou um passo
-não entre na minha mente. - Isso não foi um pedido e ele entendeu.
-não farei mais... eu só...
-não posso mudar quem você é Tom... não farei isso.
-fui sincera em cada palavra, odiava o que eu estava fazendo mas ele não era exatamente um anjo.
-Angelina se for por causa do Draco eu já te pedi desculpa e eu não fiz nada com o Matthe... -ele respondeu ficando inquieto e em um tom elevado mas eu mantive minha calma, depois do que eu li naquele diário não conseguia identificar meus sentimentos para me estressar.
-não é isso Tom, eu apenas não quero que mude por mim. Quero que mude por você também. E eu sei que apoiou Valdemort por que quis, foi uma decisão sua, uma da qual nunca se arrependeu. - Até agora eu espero. Quero Tom. Amo ele. Quero sentir ele dentro de mim novamente. E se quero. Mas eu sei que esse Homem que parece inofensivo agora na minha frente, matou e torturou pessoas, tirou elas de suas famílias e sentiu satisfação nisso. Sei que nenhum de nós somos facilmente influenciáveis, então do mesmo jeito que eu não faria o mal eu não conseguiria leva-lo para o bem.

Tom apenas ficou em silêncio e eu conclui que meu pensamento era verdade. Não poderia ficar com ele mesmo se um dia ele me perdoar por eu usá-lo mas eu não faria pois as últimas palavras de minha mãe em seu diário ecoou em minha cabeça.

"Ele mente. Ela será o contrário do que nasceu para ser. Ao contrário da escuridão. Ela será luz. E não um monstro. E ele não irá toca-la nem que eu de minha vida por isso, não me importo por minha filha eu daria minha vida mil vezes, e faria isso sem exitar em momento algum"

Luz. Eu nasci para matar, nasci para destruir. Valdemort fez isso usou minha mãe. Uma mulher que não conseguiria engravidar nunca na vida tinha uma opção, ela não sabia quem aquele rapaz (Valdemort) apenas querendo lhe conceder o maior desejo de sua vida, de ser mãe, minha mãe, queria em troca, ela achou que era um bebê... ela achou que era eu, mas Valdemort sabia o mostro que queria criar, Snape desconfiava mas não fez nada pra impedir sabia que isso era o maior desejo de minha mãe. Mas depois... ele teve medo... Valdemort teve medo de mim, do que havia criado. Queria me matar. "Faria isso sem exitar em momento algum" não foi difícil para mim descobrir o que teria acontecido depois, ele a encontrou. E ela deu a vida por mim. A última coisa que posso fazer é ser a luz que ela quer que eu seja. E eu serei.

Ainda com o silêncio calmamente me virei e caminhei até a saída. E Tom não me impediu. Mas um xingamento baixo de Tom me fez parar. Ao olhar novamente para fora sombras... não... não eram sombras... comensais. Como? Ele estava ali para me distrair. Canalha enganador. Quando olhei para Tom ele parecia tão surpreso quanto eu.

-Angel... me desculpe - era agora. O mesmo virou fumaça em segundos e ele apareceu na frente de todos os comensais. Merda. Alguém do lado de dentro facilitaria a entrada deles. Tom era forte o suficiente para tirar as barreiras de proteção da escola. Sem esperar mais nenhum minuto eu corri. E via outros da escola correndo. Crianças. Eles vieram antes.

-corram! - gritava para ninguém em particular, mas corria abaixando conforme tinham alguns ataques e a escola se despedaçava. Eu precisava chegar lá fora o mais rápido possível. Vi os professores protegendo tudo o máximo que podiam. Conforme corri defendi o máximo de alunos que pude e os mais novos tentei tirar de lá o mais rápido possível. Harry... preciso achar Harry. Mas eu não o via em lugar algum, em meio dos meus pensamentos acelerados e distraídos na confusão algo me atingiu me lançando para longe e me fazendo colidir com uma parede de pedras e cair no chão. Mas rapidamente levantei com dificuldade. E senti meus sentidos voltarem de vagar  continuei a correr quando vi que um professor cuidava de quem havia me acertado. Com a respiração ofegante cheguei na entrada. Achei Harry, Hermione, Ron e mais alguns alunos ofegantes quase paralisados, enquanto observavam os dementadores se aproximarem.

Estávamos muito em choque para dizer algo fazer algo. Olhei para Harry e vi. Medo. Ele não tirava os olhos dos dementadores. Mas antes que os dementadores se aproximarem estendi minhas mãos. Expecto Patronum. Pensei. E algo como um escudo azul avançou contra eles, os afastando.

-Angel

Alguém me chamou, e soou como uma pergunta e todos viramos para traz. Draco. E Mattheo Mas neguei com a cabeça e o loiro intendeu que agora não era a hora.

-sabe o que precisa fazer Angel -indagou Mattheo e eu assenti

-e se... e se ele não fizer -perguntou Hermione ofegante me olhando mas Mattheo respondeu

-bom... vão descobrir nossa traição. Mas lutaremos até a morte -todos nos olhamos. Decorei cada detalhe do rosto de cada um, sem aviso Draco me abraçou, como se fosse a última vez que me veria. Me afastei e vi ali todos juntos agora, os comensais caminhavam em nossa direção. E toda escola atrás de nós. Tom surgiu no meio deles e ficou em choque. Em me ver. Ótimo.