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Depois de alguns dias após de conhecer Eren, mesmo eu ainda com a ideia de me livrar dele, não consegui, então tentei me acostumar com a ideia de ter um amigo.

Em um dia qualquer, eu poderia ter acordado deprimido por ter que viver meu dia de sempre, um exatamente igual ao outro, mais tem alguém me esperando..
Algo que para mim é difícil de assimilar facilmente. Alguém que se importa se eu vou a aula ou não? Pode até parecer sonho.

Me levantei um pouco mais humorado, fui ao banheiro fazer minha higiene, mais para acabar com meu dia que nem começou, avia uma sacola com meu nome escrito pendurada atrás da porta do banheiro, eu já imaginava oque era, era costume minha mãe fazer isso, eu tentava ignora, mais ela sempre deixava uma carta com palavras que me faziam chorar.

Peguei a sacola, e dentro tinha um sutiã, isso mesmo, um sutiã, eu não usava, não comprava,mais ela insistia em me comprar, já era o terceiro esse mês,
Peguei a carta dentro,be com um aperto no coração, não queria ler por já saber oque estava escrito, mais mesmo assim, o idiota que sou, abri a carta e comecei a ler;

Armin, minha filha,eu sei que você não gosta, mais, você já tem 17 anos, você não pode sempre sair de moletom, você é uma menina linda,e tem que valorizar seu corpo.
Eu te amo❤️

Eu me odiava por não conseguir dizer a ela,eu sou medroso,eu queria que minha mãe me tratasse como sou, mais ela não tem culpa de minha fraqueza.

Eu joguei aquela carta no lixo, e chorando,eu fiquei em frente ao espelho nú, aqueles seios horrendos que faziam minha vida um inferno, eu queria tirar aquilo de mim como se fosse uma praga, eu não costumo fazer isso, mais tinha tanto ódio daquilo em meu corpo, peguei uma das lâminas de barbear do meu pai, e com uma força notável comecei a cortar em volta daquilo em mim, os cortes eram fundos, doíam,mais parecia que se eu cortasse mais um pouco, eles finalmente sairiam de mim, aquela sensação, era ruim mais ao mesmo tempo boa, parecia que eu iria me livrar de um peso.

Até que meu pai bate na porta do banheiro me acordando do meu devaneio, percebo que avia um pouco de sangue escorrendo sob meu corpo, pego um papel higiênico e o seco, as feridas ainda doíam mais eu aguentava, jogo a lâmina no lixo,coloco meu uniforme depois me moletom e saio do banheiro, já pego minha mochila e saio de casa.

- Armin! Não vai tomar café novamente?_escuto minha mãe.

- não estou com fome_saio andando de cabeça baixa, parecia que eu queria que Eren aparecesse novamente para melhorar minha dor.

Até que escuto ele correndo atrás de mim chamando meu nome, eu só ignoro e continuo andando, pois sabia que ele me alcançaria;

- tudo bem?_ele pergunta com seu sorriso de sempre.

- sim_digo com a voz baixa.

Apesar de fazer pouco tempo de nos conhecemos, Ele me entendia, parecia que tinha feito um caderno anotado todos meus costumes, manias, ele sabia identificar quando eu estava feliz ou triste, mesmo meu rosto sendo o de sempre, oque dá um pouco de medo se pensar, mais ele sabia do meu jeito quieto e não disse nada.

As primeiras Aulas passaram, nós as vezes conversávamos durante a aula, até o intervalo chegar, fomos andando em direção a biblioteca com os lanches nas mãos, eu estava mais fechado do que antes, Eren percebeu que eu estava pior do que antes, quando chegamos na biblioteca no lugar entre as prateleiras de sempre, ele pega meu lanche, fica em minha frente colocar a mão meus  ombros, me olha com aquele olhar preocupado de sempre;

- Armin, me diga, aconteceu alguma coisa?_eu viro a cabeça sem coragem de olhar em seus olhos.

- não é nada_eu tento sair, mais sua mão me prendia, ele apertou sua mão mais forte, um pouco pra baixo de meus ombros, não consegui conter o gemido de dor e empurro suas mãos me virando de costas para ele não ver minha reação, eu cubro meus peitos com os braços,mais mesmo assim ele percebe, insistente como ele é,se virou em minha frente novamente.

 Light In My Life_{Eremin}Onde histórias criam vida. Descubra agora