Mais uma vez, adeus. Perdi as contas de quantos adeus já trocamos. Tantas idas e vindas de duas pessoas indecisas. Sei que você não me quer por perto, nem eu te quero por perto, mas a saudade insiste em bater na porta, afetando todas as células do corpo, fazendo-me voltar correndo para você. E você, voando. Mas dessa vez, não. Dessa vez, adeus.
Não sei o por que essa palavra está me corroendo se é uma decisão de ambas as partes. Concordamos com isso, não? Mas parece que a cada adeus se torna mais difícil, quebrando um pouco mais dos vossos corações. Mas o pior é que eu não estou só dizendo adeus para você ou acenando... estou dando adeus a teu coração, a tua alma, a nossos momentos. Estou dando adeus a nós. A palavra adeus é muito mais complexa do que isso, temos que deixar para trás tudo o que passou. Essa é realmente a melhor opção? Para quem? Não sei.
Eu vivo no contraditório. Perdoe-me por não ser suficientemente normal, perdoe-me te fazer quebrar a cabeça para me entender. É que, sinceramente falando, é tão simples entender o que eu quero agora... você. Te quero. Te quero de todas as maneiras. Te quero com todos os seus defeitos. Te quero com todas as suas vontades. Te quero formidavelmente. Te quero para encher todo o meu apuro de você. Te quero pois o meu ávido é ter você. Agora, por favor, me diz que não é mais um adeus.
Estou aqui parada, na sua frente, olhando-o aos olhos pronta – ou quase – para seguir sem você e de repente você, mais uma vez, não me deixa ir. Corre até a mim e me prende nos teus braços, tão forte para eu não conseguir me soltar. Atitudes imprevisíveis que me deixam mais confusa do que já sou, mas com a surpresa e a certeza de que você é o garoto que eu amo. Essa é realmente a melhor opção? Sim. Para quem? Para nós.