Me desfiz em pedaços, procurando traços, traçando e guiando,me reconstruindo em passos. Mas nunca te vi. Me jogo em laços,me ponho em teus braços,mas cadê você? Nunca nem vi. Se te perco,te puxo. Se te tenho,me perco. Quando me basto,em prontidão me aqueço. Mas logo derreto . São dores no peito, trejeitos malfeitos, desfechos em fechos cercados de medo,trajetos meus feitos que me trouxeram ao leito.
Sempre penso em você desde que me deito no berço, será que pensas em mim em segredo,me colocando como meta de sua próxima possessão? Se derrame em mim,preciso me afogar de ti,me encha de uma esperança que eu nunca senti, preciso urgentemente sair deste lugar,lugar esse, onde me encontro sem saber para onde devo ir. Será que consigo viver sem ti? Não sei ainda,mas ja se passaram alguns anos em que você mais vai...do que permanece por aqui. Oh céus, poderia por favor me dar uma dica? Como faço para estar presente no presente,sem passar todo meu passado, sangrando minhas feridas?
Espantosa aparição de podridão,descomunal apelação por solidão. Beirando a estrada da morte,correndo atrás de sóis fortes,para que a luz da Lua não seja meu norte. Já que nao enxergo mais como deveria enxergar, já enxerguei um dia,agora choro lágrimas que nao consigo enxugar. Carrego tristezas e esperanças em cada olhar particular, buscando suspiro no mais escuro,largo e profundo Mar. Sim, agora me encontro lá. Será que você,maldita esperança desesperançosa,poderia me puxar pra cá?
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Pensamentos aleatórios de uma mente em processo
PoetryHá coisas que pensamos e não conseguimos expressá-las.E estas são minhas indagações e reflexões sobre a vida e o mundo.