Capítulo I

3.1K 107 212
                                    

Um zumbido no ouvido de S/N a fazia não raciocinar no meio do campo de batalha. Ela olhava ao redor e tudo que ela vê ao seu redor é uma nuvem de poeira e a silhueta dos corpos caídos no chão que ela presumiu corretamente que estavam mortos.

Algo levantou a poeira ao lado de S/N. Talvez um tiro de canhão. Talvez uma bomba. Para S/N não importava.
Ela sentia o sangue escorrendo na lateral do seu rosto e sentia todo o seu corpo doer como se o tivesse moído. E ali ajoelhada vendo sua visão ficar turva e alguém se aproximar.

- S/N! VOCÊ PRECISA REAGIR – disse a pessoa,
provavelmente um homem que ela não via por estar com a visão afetada, mas foi o suficiente para a chamar a atenção da moça para si – ELE VAI ACABAR MORRENDO, SÓ VOCÊ PODE SALVA-LO, VOCÊ TEM QUE SALVA-LO – gritava e a sacudia tentando fazê-la reagir – S/N! – gritou.

Ao ouvir seu nome sendo gritado, o zumbindo ficou mais alto e uma forte luz a foi afastando daquele cenário de guerra e a trouxe de volta a realidade de seu quarto, onde acordou pulando da cama com seu corpo suado e eufórica.

S/N olhou para janela e viu a luz pálida da lua ainda no céu, em seguida olhou para o relógio que marcava 3:07 e desabou novamente no seu travesseiro.

Seu gatinho pulou na cama e se sentou olhando para o rosto tombando a cabeça para o lado como se quisesse entender o que estava acontecendo.

- Estão ficando mais frequentes, Hina – disse a moça acariciando as orelhas do gato – esses sonhos estão me perseguindo.

A moça se levantou e foi até a cozinha tomar um copo de água para se acalmar e tentar voltar a dormir. E quando voltou sorriu ao ver seu gato acomodado ao lado do seu travesseiro.

Ao se deitar tentou se convencer que eram apenas sonhos e que provavelmente seria apenas estresse, então quando ouviu o ronronar do seu amigo felino também fechou os olhos, mas ela ouviu um sussurro de início inaudível, porém que logo ficou claro.

- Vá atrás dele – dizia o sussurro a fazendo ficar assustada, arregalar os olhos ainda se mantendo imóvel na cama e se perguntar mentalmente a quem aquela voz de referia – só ele trará sua verdadeira forma, sua realeza, tomar seu lugar como deusa da tempestade.

Tudo que ela quis naquele momento era ficar acorda e entender o que aquilo queria dizer, mas seus olhos pesaram e ela foi tomada por um sono tão profundo que por mais que se esforçasse para pensar.

Sucedeu que amanhecendo, ao acordar, S/N tentava se lembrar do que tinha ouvido, mas simplesmente não conseguia o que a fez ficar sentada na borda da cama por vinte minutos se sentindo totalmente frustrada por isso, quando de repente tudo escureceu e ela finalmente olhou para o céu e viu um redemoinho no céu com relâmpagos e trovões violentos.

S/N, diferente da maioria sentia paz quando ouvia o som do trovão e então chegou próxima da janela fechou os olhos e apenas apreciou o que ouvia, quando foi interrompida por batidas na porta. E sem se importar com o que vestia abriu a porta e viu dois homens com capas pretas que cobriam seus rostos o suficiente para que a única coisa visível fosse suas bocas.

Sem pedir nem dizer nada eles entram no apartamento da jovem que só pode recuar. Eles se sentaram nas cadeiras da mesa da sala de jantar e antes que a moça pudesse protestar um deles com uma voz profunda e aveludada tomou a fala inicial:

- Alteza, por favor sente-se, precisamos tratar de um assunto importante.

S/N ficou confusa tentando entender o motivo de usarem esse honorifico, mas logo se irritou pela invasão.

REVERB animes +18Onde histórias criam vida. Descubra agora