Sempre que passo por esta rua a passos apressados para não chegar atrasada no trabalho, eu me distraio com as inúmeras fachadas de lojas com uma variedade de produtos diferentes. Mas nenhuma vitrine me faz perder o fôlego como a vitrine da pequena e simples Confeitaria do seu João. Não tem como passar depressa, sou obrigada a reduzir os passos e parar em frente a ela e admirar aqueles bolos tão perfeitos, pães tão lindos e frescos, rosquinhas coloridas e chamativas. Chego a sentir a maciez delas daqui, parecem derreter na boca.
- A senhora não quer entrar? Está começando a chover.
Olho o relógio no pulso. Se passaram cinco minutos desde que parei aqui. O tempo voou e eu nem percebi a chuva chegar.
Aceito o convite e entro na confeitaria que já é quase minha segunda casa. O senhor João traz um prato com as mais belas rosquinhas que já vi. Elas parecem brilhar e apesar de eu sempre comer rosquinhas aqui, nunca comi rosquinhas tão maravilhosas assim. Essas são as melhores rosquinhas da cidade, uma pena eu ser a única aqui.
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Olha Lá O Amor
PoetryUm conjunto de crônicas e poesias que mostram nesses tempos tão difíceis onde estar o amor. Um mapa do cotidiano para ver as coisas belas e ser capaz de amar mesmo num mundo repleto de ódio.