Maratona 2/3
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O caminho até a casa da Cida foi tranquilo, seria bom para distrair. Estava tão magoada, eu prometi lutar por nós e por ele, mas se ele mesmo não quer não posso fazer nada.
Senti o carro parar e vi que me distrai por muito tempo, Cida saiu e eu também. Tinha um homem parado na varanda, e que homem!.
Cida foi até ele e o abraçou, cheguei até eles morrendo de vergonha do moço.
Chegando neles Cida tratou de nos apresentar.
-Querido essa e Laura, aquela moça que falei para você. E querida esse é Leandro, meu filho. - ela disse e eu é Leandro apertamos as mãos.
Leandro sorriu gentil para mim, e eu retribui o sorriso. Cida me levou até a sala e disse:
- Querido, faça companhia para Laura enquanto resolvo o problema. - Cida disse entrando por um corredor.
Por alguns minutos o silêncio constrangedor prevaleceu, eu olhava para a porta. Não tinha coragem de puxar conversa, estava me sentindo deslocada.
- Tudo bem com você? - quase pulei do sofá quando ouvi a voz de Leandro.
- T-tudo sim, desculpa só estou com vergonha. - eu disse e me arrependi de falar no mesmo segundo.
- Entendo, mas não precisa ficar com vergonha. Que tal a gente se conhecer? - ele disse e eu concordei.
- Então Laura, quantos anos tem ? - ele perguntou.
- Eu tenho Dezenove, e você ? - eu disse.
- tenho vinte e quatro, o que gosta de fazer? - ele respondeu e logo em seguida perguntou.
- Bem, eu amo ler, amo comer e amo muito ficar com a pequena Amanda. A bebê que eu cuido. - disse a ele sorrindo ao lembrar da minha menina.
- Ah, sim. Ela e sua sobrinha ? - ele disse.
- Não, ela e sobrinha do meu nam-... P-patrão. - disse e morri de vergonha por confundir e Leandro percebeu.
- Você e esse homem estão tendo algo ?, ah! Me perdoe, fui invasivo demais. - ele disse parecendo envergonhado.
- a-ah, tudo bem. A gente teve algo a pouco tempo mais acabou. - falei suspirando.
- sinto muito por não ter dado certo. - ele disse.
- está tudo bem, só sinto pelo o que a gente podia ter vivido, e realmente quem perdeu foi ele. - eu disse.
- E isso ai garota! Em tão pouco tempo falando com você já podemos perceber que você e uma ótima pessoa. - ele disse.
- o-obrigada Leandro. - eu disse.
Conversamos por mais um tempo, estava muito divertido, ele me fez rir muito. Era como se já nos conhecêssemos a muito tempo.Cida voltou para a sala e trouxe um lanche, agradeci e comemos. Depois de ajudar Cida a lavar a louça mesmo ela relutando fomos embora.
Antes de sair me despedi de Leandro e falei que amei conhecê-lo e que esperava vê-lo novamente logo.
Na volta para a casa eu e Cida conversamos muito, e ela falou muito de Leandro, seu único filho.
O caminho de volta foi rápida, depois de Cida estacionar entramos na casa pela cozinha. Estavam almoçando, Luiza não estava com eles e quando constatei isso fechei a cara, eu sabia muito bem onde ela estava.
Respirei fundo, falei com o pessoal e fui atrás de Amanda. Minha pequena deve estar com fome, fui ao escritório e não tinha ninguém.
Subi as escadas e fui até o quarto de Augusto, bati na porta, mas não obtive resposta. Abri um pouco a porta e ouvi barulho de chuveiro, fechei novamente a porta e fui para o quarto de Amanda.