Faxina Pesada

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Bianca Pov

- Como assim não tem mais esse modelo de vaso?!...Mas ele nem tem tanto tempo assim! - Meu celular estava entre meu ombro e ouvido enquanto eu segurava um pedaço grande do vaso onde havia escrito onde foi fabricado e o telefone de contado do local.

O vaso da avó de Rafaella nem era tão antigo, mas os fabricantes insistiam em dizer que não fabricavam mais.

- É modelo Cubano...sim tem vários desenhos representando as ruas de Havana....modelo limitado?! - Arregalei os olhos.- Não tem como vocês fabricarem pelo menos um?....Sério moço, eu corro um grande risco de vida!

O homem negou se desculpando e eu mordi o lábio inferior nervosa.

- Tudo bem, obrigada! - Desliguei a chamada e encarei os pedaços do vaso em cima da mesa aonde ele estava.

Eu mal consegui arrumar a casa, Kaleb estava chorando muito e tive que dar mamadeira pro garoto, Luna e Lucca estavam em seus quartos brincando e Kath não havia retornado até agora.

E já estava de noite.

- Ela sabe que não deve ficar até tão tarde. - Falei negando com a cabeça enquanto me sentava no sofá ainda meio sujo.

Um tempinho depois a porta se abriu devagar e eu sabia que ela estava entrando de fininho.

- Katherine Kalimann Andrade! - Falei seu nome todo me levantando do sofá, a garota parou seu percurso no começo das escadas e se virou com um sorriso amarelo.

- Er...oi mãe.- Ela falou sem graça colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- O que já falamos sobre ficar até escurecer fora de casa? - Falei seriamente me aproximando dela.

- Você disse que eu podia ir na casa da Thifany, e eu fui, e fiquei lá vendo algumas músicas legais pra tocar, oras!...eu só não vi o tempo passar.- Ela falou a última parte mais baixo e eu suspirei colocando as mãos na cintura.

- É, mas eu pensei que não fosse passar tanto tempo assim! Kath eu fiquei te esperando pra poder limpar essa bagunça e veja só! - Falei erguendo os braços mostrando a sala.- Tá tudo bagunçado ainda!

- Desculpe...- Ela falou um tanto cabisbaixa e eu suspirei me aproximando dela e segurando seu rosto com as duas mãos.

- Tudo bem meu amor, mas não faça mais isso okay? Não quero infartar de preocupação.- Dei um beijo na sua testa e a abracei apertado.- Preciso te perguntar uma coisa.

- O que? - Me afastei um pouco de Kath e fiz uma cara receosa, eu andei pensando bem sobre contratar uma babá e tive uma ideia brilhante.

- A Thifany sua amiga...você acha que ela aceitaria ser babá das crianças por pelo menos uns 3 dias? - Kath fez uma expressão séria e cruzou os braços.

- O que a mama falou sobre contratar babás mãe? - E foi assim que o jogo virou, a dois minutos atrás eu é quem estava séria e agora era ela.

- Eu sei! Eu sei! Mas não seria exatamente uma babá, ela poderia passar uns dias com você também como uma amiga dorme na casa da outra...e eu pagaria ela se tomasse conta de seus irmãos enquanto eu tento arrumar a casa, o que acha? - Dei um sorriso amarelo e Kath revirou os olhos.

- Eu acho que se ela descobrir, vou ter que me preparar pra ter só uma mãe.- Sorri mais amarelo ainda.- E se você contratar a Thifany ela vai prestar atenção em outra coisa e não nos meus irmãos.

Kath me olhou de cima abaixo apontando pra mim e eu franzi o cenho.

- Como assim? - Perguntei e ela balançou as mãos como se estivesse dizendo pra deixar quieto.- Mas isso também é pra Luna não suspeitar e me delatar.

Uma mãe em apurosOnde histórias criam vida. Descubra agora