The Different: Vampires N' Demons [Book 3]

Capítulo Doze.

Point Of View Alice Cabello-Jauregui Milazzo.

O dia seguinte de quando acontecia alguma merda sempre era o pior de todos. Eu não sei distinguir qual canto do meu corpo mais doía naquele momento, não sabia se era minha cabeça, minhas mãos, meus pés, minha barriga ou as minhas costas. Ou pior, o meu corpo inteiro somando todas essas dores.

Ninguém disse que ser da realeza era tarefa fácil, ainda mais sendo a Rainha de tudo abaixo dos céus. Nunca vou entender porque tanta revolta assim dos sobrenaturais contra a minha pessoa. Sei que não sou nenhuma santa, muito menos perfeita, o único ser perfeito em toda a nossa terra é Deus, e somente Ele. Mas, nunca entenderei tanta revolta assim, todos sabem como o meu reinado funciona, como as minhas ferramentas de punição funcionam, e elas são posta em prática por graus, quanto mais grave for a merda que você fez, mais pesada será sua punição, sou adepta a lei "Olho por olho, dente por dente", mas parece que os meu sobrenaturais se esquecem de como as coisas funcionam por aqui.

Logo depois de acordar com as dores agudas no meu corpo, o castelo estava bem silencioso, Lauren já havia acordado junto das crianças, não sei onde os três estavam, mas sei que estavam de pé. Eu até tomaria café da manhã com quem já estava acordado, mas as dores estão de fato me incomodando, eu teria que apelar para as poções, então nada mais justo eu ter acordado em silêncio e ter fugido por alguns minutinhos para a sala de experimentos e poções que Belzebu usava mais que eu, era praticamente a sala dele.

— Poção de orquídea, Erva coração, lavanda e alecrim, tenho certeza que essas dores pararão em menos de uma hora— Falei baixo pra mim mesma.

— Acrescenta casca de laranja também— A voz de Belzebu invadiu a sala, meu coração disparou em susto, fazendo-me derrubar um pouco de água sobre a mesa— Calma, quer que eu te ajude?— Ofereceu-se, ouvi os seus passos vindo na minha direção.

— Levei um susto. Meu coração— Sussurrei pousando a mão sobre o seio esquerdo.

— Você não está mais com aquele problema de infarto, está?— Perguntou preocupado, o olhei do meu lado.

— Edu conseguiu me curar, de alguma forma. Eu não sinto nada desde quando ele fez aquilo comigo, não estou sentindo dor agora, só disparou pelo susto, não o escutei chegar— Apontei pra trás, deixou um risinho escapar— Não faça mais isso, por favor— Pedi num riso aliviado.

— Me desculpe. É que eu a vi descendo as escadas, tinha uma expressão de dor estampando seu rosto, a camiseta com alguns pontos avermelhados de sangue. Fiquei preocupado— Comentou.

— Ontem foi um dia bem agitado, confesso, mas aquele... Desgraçado daquele Nephilim conseguiu me atrair para a emboscada, mas pelo menos eu fui sozinha, ainda bem— Balancei a mão pra cima— O Nome dele é Balthazar, ele era um super aliado de Aretha, ela o pagou muito bem para que atacasse Alejandro e depois me atraísse para a emboscada deles. Eram muitos, Tio, muitos mesmo. Todos eles estavam armados com armas feitas de Adamantium, me machucaram bastante, então acabei me rendendo, nisso me desmaiaram, só acordei na camada da inveja com Aretha e dois Skrulls com ela— Contei olhando para a mesa com os ingredientes da poção.

— Não consigo nem imaginar o tamanho da dor e sofrimento que você sentiu, minha sobrinha. Ficou um dia inteiro e mais algumas horas sendo torturada por eles, isso é cruel demais— Tinha uma expressão indignada e triste no rosto— Deixa que eu faço essa poção pra você, chega de se esforçar muito, precisa descansar. Aconteceram tantas coisas nas últimas semanas, que descansar mesmo, você não o fez— Tirou o frasco de poção da minha mão.

— Tem certeza, tio? Eu posso fazer, numa boa— Falei.

— Certeza absoluta, sente-se ali, relaxa um pouco, descanse, hoje você não tem que fazer absolutamente nada, todos estão bem, a vila está bem, o inferno está normal outra vez, você tem que se preocupar somente com você mesma e é isso, anda dando muita atenção para terceiros, e você mesma, nada— Balançou a mão pra mim, fui arrastando-me até a cadeira e me sentei devagar porque além das dores, algumas cicatrizes haviam sido abertas pelo estresse que todo meu corpo sofreu nos últimos dias, e também tem os ferimentos feitos pelo Adamantium.