Capítulo Quatro.

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Point Of View Alice Cabello-Jaregui Milazzo.

Era nosso Quinto e último dia nas Bahamas, depois do primeiro dia nada de muito estressante aconteceu pra que eu tivesse que resolver, quer dizer, não que eu saiba. Toda a minha família está evitando de me falar as coisas pra que eu não tenha um infarto de vez, tenho que concordar com eles, ando trabalhando demais, dormindo de menos, me cuidando de menos, me preocupando demais, eu precisava dessa viagem.

Depois que eu devolvo a liberdade para todos os sobrenaturais, tudo ficou um pouco mais difícil, confesso. Atualmente estou morando no castelo na Nova Zelândia, mas quase sempre estou tendo que viajar para as sedes da empresa espalhadas pelo mundo, e é aí que está o problema. Quando os humanos descobrem que eu estou indo, os poucos que trabalham na empresa (São bem poucos mesmo) escondem-se, ou faltam o dia de trabalho, claramente por medo, eles acham que irei me transformar em pleno expediente e punir quem não faz o trabalho corretamente. Ei, espera aí, eles acham que eu sou o que? A grande exterminadora de tudo e qualquer coisa? Alto lá, eu tenho mais o que fazer. Não é atoa que pus presidentes nas sedes, não dou conta de tudo, mas pelo menos fazer uma visita a cada um mês em cada sede eu tenho de fazer, é o meu dever como dona.

Mas, voltando ao assunto anterior, os humanos quando descobrem que eu vou a empresa Matriz ou alguma filial, mandam e-mails e me mencionam nas redes sociais dizendo que eu tenho preconceitos com eles, que a minoria das empresas são humanos e que eu não dou chance pra que eles mostrem seu potencial. O mundo está cheio de humanos mostrando seu potencial em várias coisas sem ser descriminados, a minha empresa é pra acolher, ensinar, capacitar e dar a chance que aquele sobrenatural não conseguiu na outra empresa porque não era humano e tinha lá suas diferenças, mesmo não estando transformado, nós temos algumas características quase que imperceptíveis, mas temos.

— Lembra daquela filial na Alemanha?— Troy perguntou, soltei um som nasal em concordância— A presidente está sofrendo ameaças de demolição pelo prefeito da cidade se ela só contratar sobrenaturais— Contou.

— De novo essa merda?— Soltei indignada tirando a atenção do notebook.

— Os humanos, eles... Eu não entendo. Eles nos odeiam, não gostam de nós, mas querem trabalhar no mesmo ambiente que nós— Falou confuso.

— Eu não vou mudar o requisito principal da empresa, os sobrenaturais estão morrendo porque algumas empresas fecham as portas na cara deles por ser quem são— Falei— Eu vou lá e vou conversar com o prefeito, cara-a-cara— Apontei o meu rosto e depois apontei o dele.

— Não vale matar— Voltou a atenção para o seu notebook.

— Não vou, quero que ele assista o que eu vou fazer, se quiser morrer já é um problema dele— Dei de ombros.

— Eles acham que estamos fazendo o que? Segregação? Eles queimavam as nossas bruxas e caçavam nossos vampiros, lobisomens e demônios. Só porque não aceitamos tantos humanos assim na empresa já querem nos boicotar e crucificar— Soltou completamente indignado.

— Mas quando eu fiz aquela carta aberta pedindo uma trégua para os humanos fui bem clara que a gente andaria livre e faria o que quiser, mas se nós atacássemos humanos sem o menor motivo plausível, eu iria atrás de quem fez a merda— Lembrei— Desde aquele dia tive poucas ocorrências de ataques, mas com o passar dos anos isso vem aumentando e era isso que eu queria evitar, nós não somos assim— Nos apontei.

— Você sabe como os sobrenaturais são, ainda mais os demônios, eles querem possuir e fazer coleção de almas sem o menor motivo, eu acho que você deveria fazer uma reunião com os chefes das Legiões, sabia? Acredito que assim vão sossegar— Sugeriu.

The Different: Vampires N' Demons [Book 3]Onde histórias criam vida. Descubra agora