III- Capítulo

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Se virando com cautela, Brasil consegue ver em meio a rua pouco iluminada a face do indivíduo-Polônia?? - Solta o ar que havia prendido- Meu Deus..- diz apoiando as mãos no joelho respirando devagar

_Não é pra tanto, olhos de mel. - Polônia com um sorrisinho cínico se diverte com o susto exagerado do br, despejando uns tapas em sua costa - Sua cidade é tão perigosa assim?

_Mas que porra você tá fazendo aqui? Brasil sorri levantando-se, abraçou o polonês dando alguns socos de leve em sua costa- Tu cresceu pra caralho.

Separam o abraço_ Esperava um "Seja bem vindo", "Há quanto tempo"- Fala num tom sarcástico, agora passando um pente fino dos pés a cabeça de Brasil.

_ Poxa mano... Desculpa aí, mas não se pula de surpresa do escuro quando o cidadão anda sozinho numa rua deserta, a esse horário da noite, sabe que sou cagão pra essas coisas, bro.-Balbuciou Brasil, pega a bomba do bolso de sua bermuda militar e a usa, ainda buscando controlar sua respiração.(Sim Brasil é asmático)

_ Oww, você ainda usa essa coisa?- O maior pega a bombinha em mão.- Isso no meu tempo era sinônimo de nerdola.

_ Queria não poder depender disso, me faz sentir aqueles babacas que de aparelho e óculos que passam 24h horas do dia assistindo anime.

_Ser um babaca saudável ou um morto descolado? Eis a questão.- Polônia brinca, colocando o objeto no bolço do brasileiro novamente.- Sugiro que não dê atenção para essas coisas.

-Se ainda estou usando é porque ainda sigo esse raciocínio.


 fôlego


_ Certo, aliás o sol ainda está se pondo não é tão tarde.- O bicolor observa Brasil sorrir amarelo.   _ Vamos, deixa de ser frouxo- Dá a volta com seu braço ao redor do pescoço do jovem e continua o caminho por onde ele seguia.-  Você está encharcado de suor.... É impressão minha ou você está com sangue no joelho. - Por último ele pega na sua camisa que estava praticamente retalhada.

_Fui andar de skate  com os meus brothers, caí da rampa só, nada demais.- O brasileiro disfarça olhando para a calçada onde andavam.

_Só você mesmo em,  não mudou nada desde que éramos crianças.- Polônia Bagunça o cabelo do garoto, roubando um sorriso divertido do mesmo- Lembro-me de dizer á você para usar proteção, depois de algumas horas recebia ligação do Bolívia,  chorando porque o menino Brasil não usou a joelheira e torceu o joelho.

_Esses dias eram loucos, Bolívia chorava por tudo, fazia massagem cardíaca em mim mesmo sabendo que tinha quebrado o osso, cria de pocas idea. - Polônia olha confuso com a última frase  do Brasileiro, mas ignora.

_Seu pai era pior, admito que com os meus 18 anos, na época me assustava com o teu velho.- Já estava noite, agora ambos entram na rua pela qual Brasil mora, o mesmo após ser citado seu pai desmancha o sorriso.- Aliás nunca mais o vi, como ele está.

_Eu lá vou saber.- O bicolor tira o braço que cercava o amigo e o olhou curioso, parando próximo á casa do moreno, sem saber.- 

_Como assim?- Brasil tentava pensar em uma história menos vergonhosa para contar, porém antes de abrir a boca, Polônia com certa animação falou- Finalmente saíu da casa do seu pai?  Um grande passo pra moleque da sua idade.- seu rosto expressava-se de forma estranha-.Estranhei não entrarmos na sua antiga rua. Vamos.. diga, onde mora?

Escravo do diabo [COUNTRYHUMANS]Onde histórias criam vida. Descubra agora