Em Sintonia

O irmão mais novo

Oi, oi! 

Primeiro, os meus agradecimentos especiais vão para: Mila, Nana, e Yu, que me ajudaram de diversas maneiras com essa história.

Bom, essa fanfic aqui já tá prontinha e terá seis capítulos. Vou postar dois por dia. Eu amei muito escrever, então espero que vocês gostem.

Boa leitura! ❤️

Win mal podia abrir os olhos. Estava tão exausto. Os pés se arrastavam pelo chão, em direção à casa. O corpo pesava e doía em todos os lugares. Estudar era cansativo. Fazer faculdade acabava consigo de pouquinho em pouquinho. Estava no último ano e as responsabilidades pareciam nunca parar de aparecer. Faltava pouco para se formar, ao menos, então se daria um tempo, descansaria, e começaria a trabalhar como um adulto responsável. Desejava uma vida pacata, com um trabalho digno, e dinheiro na conta. Estaria satisfeito se conseguisse atingir a própria meta. Na verdade, se conseguisse acabar a faculdade, já estaria grato. Isso, se o cansaço não acabasse consigo antes da formatura.

Do lado de fora, já na porta de casa, Win podia ouvir o barulho que vinha de dentro. Dew, o irmão mais velho, provavelmente estava dando mais uma festa. Aparentemente, o passatempo do irmão era dar festas quando os pais de ambos os rapazes estivessem viajando a trabalho. Win não se importava, já que Dew era responsável o bastante para deixar tudo limpo no dia seguinte. Win não gostava de festas e nem de toda aquela multidão, porque era um típico nerd engomadinho que preferia um momento sozinho e a calmaria. Ao contrário de si, Dew tocava teclado em uma banda e dividia os momentos da vida entre shows e festas. Mas, ele era um cara legal, e se dava bem com Win. Era só o que importava.

Cansado, quase caindo de sono, Win não precisou destrancar a porta e apenas a empurrou, percebendo que ela estava encostada. O lugar estava lotado, e mesmo que a casa fosse grande, pareceu menor com tanta gente. A música estava tão alta que imediatamente, a cabeça de Win começou a doer. Ele revirou os olhos com o incômodo e andou em direção à escada, decidido a subir para o quarto, torcendo para ninguém perceber a sua presença.

No quarto, finalmente, ele fechou a porta e se deliciou com o silêncio. A música ainda estava abafada, mas Win se sentia tão exausto, que poderia tranquilamente deitar a cabeça no travesseiro e dormir, ignorando qualquer barulho. Ele jogou a bolsa em um canto e se virou para tirar a camisa social. Abriu botão por botão, devagar, sonolento demais. Quando a tirou depois do que pareceu longos minutos, a deixou no cesto de roupa suja. Antes que fizesse qualquer outra coisa, a porta do quarto rangeu e Win soube que ela estava sendo aberta. Sabia quem era e tratou de avisar ao irmão que não desceria para festa alguma.

— Eu não vou aparecer para os seus amigos, nem para a banda, e nem para o papa, Dew. Estou cansado.

— Belas costas.

Surpreso com a voz desconhecida, Win virou o corpo e olhou para o rosto cínico que já conhecia. Quer dizer. Quase. Ele conhecia Bright, porque ele tocava na banda junto com Dew, só que, Bright era o guitarrista, e Win nunca havia trocado nenhuma palavra com ele. Não fazia ideia do que ele estava fazendo no seu quarto. Até ignorou o elogio, assustado. Ele tentou não ser grosso, até porque, aquilo não era do seu feitio. Só o que queria saber era o motivo de Bright estar ali, vestido com as roupas pretas de sempre, e olhando para si.

— Oi, Bright. — Win cumprimentou, primeiramente. — O que está fazendo aqui?

— Eu vi você subindo, e você parecia aéreo demais. Está cansado?