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Tudo o que Marcus prometeu estava a cumprir. Ele era doce e gentil mesmo que parecesse forçado. Era como quando eles tinham acabado de casar. Ele ouviu o que ela dizia ao pequeno-almoço e beijou Trixie à saída para o trabalho. Mesmo vivendo nesse pseudo conto de fadas, tudo se sentia um pouco diferente para a Chloe.

Agora eles dormiam em quartos separados. Uma cama foi colocada no berçário da filha para ela dormir. Eles tinham conversas pontuais e educadas, mas não passava disso. Como se fossem estranhos amigos distantes numa conversa cordial, mas estavam casados. A traição continuou e ele não perdeu o seu amor ao dinheiro. Ele ainda chegava com o cheiro de outra mulher ocasionalmente, mas Chloe não se importava contando que ele cumpria a sua parte do acordo e não tocasse nela ou na filha.

Tinham passado quase 3 semanas quando uma batida foi ouvida a meio da tarde. Chloe estava a brincar com Beatrice antes de a colocar para dormir a sesta. Ela pegou na filha ao colo e começando a embalar a menina. Caminhou para a entrada, ela ouviu a empregada a abrir a porta à visita inesperada.

Quando ela encontrou no espaço de entrada reconheceu imediatamente o senhor vestido impecavelmente. "Lucifer!" Ela olhou para Lucifer e sorriu, não muito amplamente pois queria poupar os comentários da servente leal a Marcus. Mesmo que o marido não lhe tocasse num fio de cabelo, ela não gostava de mexericos pela cidade. "Por favor entrem! Lucifer! Mazikeen!" Ela sorriu para ambos que entraram e seguiram para a sala de estar. "Gostariam de um café ou chá? Talvez whisky?" Tentando ser uma boa anfitriã. Sabendo que Lucifer adora uma boa dose de álcool não poderia deixar de oferecer.

"Whisky seria adorável, querida." Diz Lucifer com um sorriso.

"Por favor sentem-se." Chloe oferece antes de se sentar com a filha nos braços. Ela indicou que a empregada servisse os convidados. "Que adorável visita." Chloe sorriu. "É uma longa viagem, o que os traz por cá?" Ela pergunta.

"Viemos verificar se todo o acordo ainda continua de pé."

"Sim o Marcus não parece a mesma pessoa. Acho que está um pouco inquieto, medo do escuro ou algo assim." Chloe diz pensativa antes de olhar para Lucifer. "Ele saiu para trabalhar só deve chegar para jantar." Chloe complementa. "Vocês gostariam de ficar para jantar?" Ela pergunta com um sorriso esperançoso.

"Ficaria tarde para voltarmos a casa antes do sol se pôr." Diz Maze.

"Oh, quase me esqueci." Diz Chloe. A corrida para a mansão Morningstar era de quase 2 horas a correr num bom cavalo.

"Esta povoação tem uma estalagem ou uma pensão?" Pergunta Lucifer.

"Sim." Diz Chloe. "Mas se quiserem podem ficar aqui. Não é tão espaçoso como a sua casa, mas são igualmente bem-vindos a ficar." Ela olhou para a filha. "Devo-lhe muito, é o mínimo que posso fazer."

"Não me deve nada." Diz Lucifer com um pequeno sorriso. Ele claramente queria fazer um comentário, mas absteve-se na presença da empregada e de Maze. Maze não estava tão feliz por fazer a visita à humana pois segundo ela Lucifer estava obcecado com a Chloe há 3 semanas.

"Vou deixar a Beatrice no berço. Se me quiserem acompanhar." Diz ela baixinho pois a menina já estava adormecida.

Lucifer e Maze acompanharam Chloe escada acima. Entraram num quarto muito arrumado, onde o berço estava à direita e uma cama de solteiro à esquerda junto à parede. Aquela cama seria de Beatrice quando deixasse o berço, mas agora era de Chloe. "Tenho ficado aqui com ela desde que voltamos." Ela diz assim que tapa a filha com um cobertor rosa e os acompanha para fora do quarto. Ela segue pelo curto corredor. "Aqui temos um quarto de hóspedes, íamos decorá-lo para um novo berçário, mas..." Chloe olha em volta e suspira ao encarar a cama de casal e a decoração modesta do quarto. "Não era para ser." Ela olha para os convidados como se tivesse se esquecido deles por um segundo. "O Lucifer pode ficar aqui. A Mazikeen pode ficar na cama onde tenho ficado no quarto da Beatrice. Eu posso mover o berço e dormir com o Marcus esta noite." Ela diz.

A Minha Última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora