TRÊS - BRASILEIRA

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À espera de Monalisa estava o baixinho mais agitado e amado de Tóquio, Nishinoya encarava a amiga com olhos brilhando e assim que essa estava próxima o suficiente o garoto começou a exclamar sobre como tinha sido incrível ver a expressão irritada que pairava no rosto de Oikawa Tooru.

Enquanto isso, do outro lado da casa, o garoto de cabelos castanhos era obrigado a escutar seus melhores amigos o zoarem por ele ter sido o único a não receber um beijo na bochecha da brasileira. 

— Acho que essa é a primeira vez que vejo Tooru ser rejeitado por alguma menina, e devo admitir que foi uma cena muito engraçada. — Iwaizumi se afogava em gargalhadas e ao mesmo tempo despejava mais bebida no copo do antigo levantador da Aoba Johsai, afirmando que ele precisaria ficar bêbado para lidar com seu primeiro fora.

Tentando manter serenidade, Oikawa apenas ria das brincadeirinhas e conversava com algumas pessoas as quais ele nem se importava em saber o nome. A verdade é que dentro de sua mente somente se passava uma coisa: Por que ele estava sendo tratado daquela maneira? Não fazia nenhum sentido em sua mente uma pessoa não implorar para ter sua atenção e o tratar como "qualquer um".

Ele não era qualquer um. Ele era Oikawa Tooru, o melhor levantador do distrito de Miyagi durante seu ensino fundamental e médio. Oikawa Tooru, um dos melhores alunos da universidade e o mais disputado nos aspectos sociais.

Por que Monalisa não fazia questão de interagir com ele? Era quase como se ela nao soubesse de sua existência e não fizesse questão de mudar tal fato.

Diferentemente do japonês, a última coisa que Falcone estava fazendo era pensar ou gastar seus preciosos neurônios. A garota se encontrava no meio da pista de dança improvisada, aproveitando o momento com os garotos que ela carinhosamente apelidara de "seus meninos".

Todas as atenções estavam voltadas para Monalisa, a maneira como seus quadris pareciam se movimentar automaticamente no ritmo e como ela estava mil vezes mais bonita e radiante. Qualquer um presente naquela festa não era capaz de desgrudar os olhos da brasileira que tinha o maior sorriso de todos estampado em seu rosto e que deixava seu corpo fluir livremente e de maneira despreocupada. 

Falcone porem, parecia não notar a aproximação dos garotos com quem conversara por telefone e foi pega de surpresa com um certo garoto com olhos de gato tocando em seu ombro. Virando-se rapidamente, a garota logo reconheceu Kuroo e abraçou o mais alto, caminhando até o bar para conhecer os outros garotos que faziam parte do grupo de amigos do qual ela agora fazia parte. 

Daichi fez questão de apresentar Monalisa à Kenma, Bokuto, Hinata e Kageyama, explicando que os gêmeos Miya deveriam chegar atrasados como sempre. O grupo de 10 pessoas conversava animado e usavam a oportunidade para conhecer a brasileira um pouco melhor.

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O tempo corria rápido com toda aquela conversa e agitação e todos pareciam estar se divertindo ao máximo, todos exceto Falcone...A brasileira não aguentava mais ouvir aquelas músicas que pareciam saídas da playlist de uma adolescente mimada de 12 anos, ela sabia que teria de ensinar à seus novos amigos como era uma festa de verdade, só não imaginava que o trabalho seria tão grande assim.

A morena se levantou finalmente, decidida de que pediria ao DJ para tocar algumas músicas brasileiras e com a certeza de que seu pedido seria atendido. Monalisa era uma expert em convencer as pessoas a deixarem ela fazer o que bem entendesse e fazia questão de usar sua habilidade da melhor maneira que pudesse.

— Vou pedir para colocarem funk, as coisas que estão tocando são horríveis! Não é à toa que as festas de vocês acabam cedo, ninguém aguenta ficar escutando esse tipo de coisa por muito tempo. — Falcone disse enquanto colocava seu copo no bar em que antes estava encostada, respondendo as feições confusas das pessoas com quem estava conversando há poucos segundos.

Puxando Nishinoya consigo, a latina rapidamente identificou quem era o responsável pela playlist e depois de se apresentar e mostrar o que pretendia fazer conseguiu o que tanto queria. Aquela "missão" fora muito mais fácil do que a garota esperava, mas Falcone não se preocupou se existia algum motivo para aquilo e apenas voltou aonde seus amigos estavam, os chamando para dançar. 

— Agora vocês vão todos até o meio da sala e eu vou ensiná-los o que realmente se escuta em uma festa, além de apresentar um pouquinho das maravilhas brasileiras é claro! E não precisam se preocupar com meu vestido ser curto, to usando short por baixo como sempre. — Monalisa explicava ao mesmo tempo que se dirigia junto dos garotos a espaço designado como "área de baile".

Os primeiros toques de funk ecoavam pelos quatro cantos daquela casa lotada de gente e a brasileira voltava a se agitar, se lembrando dos diversos bailes que tinha ido quando morava em sua cidade natal. A garota também explicara para os três garotos que pingavam animação alguns passinhos de funk e pediu para que eles prestassem atenção enquanto ela demonstrava o jeito de fazer o tão conhecido quadradinho.

Não demorou muito para que Monalisa estivesse descendo até o chão e rebolando como se o amanhã não existisse ao lado de Hinata, Bokuto e Noya que tentavam a acompanhar. Cantando todas as músicas a plenos pulmões a brasileira se sentia mais viva do que nunca e agradecia mentalmente por estar vivendo tal momento com pessoas tão incríveis.

Todavia, os pensamentos de seus amigos não eram assim tão fofos e amorosos. Os garotos estavam paralisados e fascinados em como Falcone dançava bem, eles não entendiam exatamente o porquê, mas eles não conseguiam tirar os olhos da morena e de seu corpo que se mexia de jeito encantador e sensual.

E eles obviamente não eram os únicos que pensavam assim, os membros do Conselho Estudantil compartilhavam da mesma maneira de pensar e estavam todos em silencio, palavras faltavam para aqueles quatro que apenas observam a pista dança que apesar de lotada parecia ter somente uma pessoa. O primeiro a se pronunciar foi Oikawa que se xingava mentalmente por não conseguir tirar os olhos da garota que o tirava do sério.

— Essa tal de Falcone é realmente insuportável, olha só pra como ela está atraindo a atenção de todos. Ninguém nem está percebendo que estamos aqui, e nós somos os caras mais populares da Universidade...Como vocês não se irritam com isso? — Tooru perguntou enquanto balançava seu copo de cerveja que estava quase vazio. A verdade é que o garoto genuinamente achava normal se importar com esse tipo de coisa, afinal ser tratado como Deus e sempre ser o centro das atenções era tudo que ele conhecia.

Suna apenas riu após escutar seu amigo, ele conhecera Oikawa depois de Hajime e Keiji mas isso não o tornava menos próximo do estudante de design, até mesmo porque ambos cursavam a mesma coisa e moravam no mesmo prédio. 

— A razão para não nos importamos é justamente quem você acha que está causando o problema, Tooru. A brasileira é absurdamente linda e tá dando um show para todos nós, ninguém vai ser idiota de arruinar essa situação...Bom, se me dão licença vou lá dançar com Monalisa, depois conto pra vocês como é o estilo brasileiro de beijar. — Rintaro pronunciou a última frase enquanto já seguia para onde Falcone estava, abrindo os primeiros botões da camisa que vestia.

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Saiu! Me desculpem pela demora pra postar esse capitulo, acabei tendo uns imprevistos e me atrasei na escrita. Espero que tenham gostado desse capítulo!! Vejo vocês de novo sexta : )

THE CHASE - OIKAWA TOORUOnde histórias criam vida. Descubra agora