4. O Amor que Supera a Própria Morte

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A voz grave de Namjoon havia se insinuado nos corações dos amigos assustados. Ninguém perdera uma palavra daquela história que a todos haviam emocionado.

- Sua história parece mais de amor do que de medo... - comentou Yoongi.

Jungkook ouvira tudo com o braço em torno dos ombros de Jimin. No início, o garoto se mantivera tenso, mas aos poucos, foi relaxando e aceitando a proximidade do namorado.

No final, como se acordasse, ergueu o rosto para Jungkook
Seus olhos se encontraram. Jimin estava enternecido. Realmente, como comentara Yoongi, a história do fantasma de uma menina que, depois de morta, sai em busca de ajuda para salvar a mãe, era muito mais a história do amor que move o mundo do que de um fantasma que perturba a paz.

E foi a ternura que o levou a delieitar-se com o rosto lindo do garoto que ele amava com tanta intensidade.

A boca de Jungkook abria-se, próxima demais, e mais aproximava-se da boca de Jimin.

O garoto queria o beijo, como sempre quis o beijo de Jungkook.

Como se quisesse impedir aquele beijo, a voz de Jin soou alta, acordando a todos dos pensamentos provocados pela história de Namjoon.

- Gostei, Namjoon. Uma bela história de assombração!

Jungkook desviou o rosto da direção de Márcia e palpitou:

- Essa história aconteceu com a sua família? Conversa sua! Já ouvi isso antes. Todo mundo conta essa história e diz que aconteceu "justamente" com ele. Conversa! Parece até aquela pia do do garçom burro que, ao lhe pedirem taças de vinho, vem com uma bandeja com taças de vinho e uma vazia. Quando lhe perguntam por que uma das taças estava vazia, ele responde: "porque alguém pode não querer vinho!" Há, há!

- Não vejo graça, Jungkook! - rebateu Hoseok.

- A graça é justamente esta: todo mundo conta essa anedota dizendo que era o criado de uma tia, ou empregada da avó. Igual à história de Namjoon. Todo mundo ouviu falar, de fonte limpa, que, certa vez, numa noite de chuva, ia de carruagem ou de automóvel pela estrada, quando apareceu um vulto de vestido esvoaçante pedindo socorro e etc., etc. Só que, quando me contaram, era mulher que aparecia a estrada para salvar um bebê que ainda chorava nos braços mortos da própria mulher, num carro que caíra na ribanceira. Só o que tem de igual é a mesma ribanceira e o mesmo enredinho forçado...

Taehyung não aceitou a gozação:

- De medo ou de amor, esta que ouvimos é uma linda história. O mais importante nela é provar que aparições sobrenaturais podem acontecer, quando há algum motivo muito forte, deixado para trás, no mundo, por alguém que morreu...

- É belo saber de fantasmas que aparecem por nobres motivos E não para vingar-se, para fazer o mal... - observou Yoongi.

Hoseok também entrou na conversa:

- É isso. Já me contaram que aparições podem ser provadas como naturais. Que todos têm os algum tipo de energia interior, que pode sobreviver depois da morte, para cumprir algo de muito importante que a morte impediu de ser cumprido em vida. Talvez seja o caso dessa menina. Ela só pôde morrer em paz depois de assegurar a sobrevivência da mãe...

- Vá lá, Hoseok, vá lá! - brincou Jungkook. - Mas você tem de concordar que o "beijinho da pequena defunta" do final foi demais!

- Bem, um pequeno toque literário, talvez... concordou Hoseok.

- Ora, é literatura de novela!

Taehyung retomou a palavra:

- Pois a história que eu tenho para contar pode encaixar-se justamente no que vocês estão comentando. Oces podem não acreditar, mas aconteceu com os meus pais. Aconteceu mesmo. É cruel demais para eles terem inventado. Foi numa noite como está. Chovia forte como nesta noite. Eles tinham recebido um casal de amigos para jantar...

Descanse em paz, meu amor...Onde histórias criam vida. Descubra agora