Capítulo 26

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Ele dormiu feito um anjo, assim que ele acordou, eu precisava resolver outra coisa..


Yuri, eu preciso que ele conheça essa criança, e que ele saiba a verdade também...

Eu expliquei para o pequeno a situação, ele compreendeu, ainda temos irmãos espalhados, mas ele é conhecido.

Eu bati na porta de Layla, Bang estava atrás segurando a mão de Andy

Yuki: Ah, Lee! Não esperava te ver por aqui.

Ele estava com um rosto meio sonolento, mas ofereceu para entrar

Yuki: Que criança é essa, o Bang Chan agora engravidou você?

Eu escutei a risada de Layla na cozinha, e entrei, Andy entrou e sentou no sofá, com Bang

Bang: Mais fácil se fosse ele me engravidando.

Yuki riu, e Layla apareceu andando com a barriga já notável, eu estava em silêncio, e então sentei também

Félix: Como está o bebê?

Layla: Aparentemente bem, Yuki está sendo cuidadoso comigo

Ela deu um sorrisinho, é meio estranho ver a mesma novamente, mas eu espero que ela tenha amadurecido suficiente para acabar com todas aquelas idiotices.

Félix: Yuki, você deve ter visto as notícias recentemente.

Yuki: Não, na verdade

Félix: Eu e essa criança, nós somos seus irmãos, por parte de pai.

Yuki arregalou os olhos, e Layla parecia impressionada também

Bang: Eu vou sair com ele um pouco, assim vocês podem conversar a vontade

Bang levantou, segurando a mão do pequeno

Bang: Tudo bem Andy?

Ele concordou, e saíram, eu suspirei voltando a atenção para Yuki

Félix: Preciso que você me conte seu passado, confesso que o dessa criança também não teve um final feliz.

Yuki: Eu odeio lembrar daquilo, mas aparentemente tudo faz sentido agora...

Ele me olhou, e começou a contar.

"Eu vivia no meio de uma família pequena, minha avó cuidava de mim, eu era feliz apenas com ela.
Meus pais eram juntos, mas viviam brigando, eles se odiavam e se machucavam, o meu pai nunca ficava em casa, e quando ficava ele era um monstro.
Minha mãe sem aguentar, me abandonou, era apenas eu minha avó, e aquele demônio em terra...
Depois de um tempo, minha avó morreu, eu então não tinha ninguém, meu pai não quis a guarda, e sumiu
Eu fui parar em um orfanato, e então conheci uma garota mais velha, chamada Hana.

Ela cuidou de mim depois de uns anos, nós ficamos juntos, até a adolescência, ela já era uma adulta, e eu estava totalmente apegado a aquela figura materna que eu simplesmente nunca tive, ela tinha traços da minha avó, e ficar com ela era nostálgico, eu não podia perder mais ninguém.

Hana me encorajou a denunciar meu pai, pelas coisas que ele fez comigo, e com minha mãe, e eu frustado, fiz isso.

Até meu pai descobrir que foi eu, ele resolveu me punir da pior forma possível, no dia do meu aniversário, Hana e eu fomos em um restaurante e comemoramos extremamente felizes, foi o dia mais feliz da minha vida.

Ela me disse então, que se tivesse um filho, ele teria o Nome de Yuri, em minha homenagem, eu me senti especial

Ele esperou chegarmos em casa, assim que eu pisei o pé em casa, escutei um barulho de algo espetando.

Minha roupa sujou de sangue, Hana estava morta, meu pai matou ela também.

Na minha frente, ele olhou em meus olhos, e sorriu, indo embora como se nada tivesse acontecido.

Eu perdi todos, eu perdi minha vó, e enfim Hana."

.

Um silêncio ficou na sala, Layla me serviu um chá, e eu suspirei enquanto olhei para Yuki

Yuki: Eu mudei meu nome para Yuki Yuri, é estranho, mas é uma maneira de ter uma parte dela comigo eternamente.

Félix: Ele está preso, esses últimos anos ele passava um certo tempo na minha casa, mas sabe lá quantas famílias ele destruía...

Yuki: Eu não imaginava que éramos irmãos, mas fico meio confortável com isso, podemos nos aproximar mais, e você pode contar comigo para cuidar do pequeno.

Félix: Bang pareceu animado com a ideia de cuidar dele, ele está fazendo tudo, mas tenho certeza que posso contar com você...

Yuki: Para qualquer coisa, não se preocupe

Eu me levantei, e abracei Yuki.

Foi um abraço com sentimento de dor, um homem acabar com a vida de tantas pessoas, e sem noção de consequências...

Félix: Não se preocupe, pense em seu filho agora, o meu sobrinho.

Eu olhei para a Layla, e ela parecia um pouco tensa

Layla: Olha, eu sinto muito de novo, por conta daquelas mentiras...

Félix: Tudo bem, eu não me preocupo mais.

Layla: Espero que vocês sejam felizes juntos, ele precisa disso, você também.

Bang voltou, e me aguardou na porta

Yuki: Bom, qualquer dia eu apareço na sua casa, e a gente pode conversar mais sobre isso, o que você acha?

Félix: Uma boa ideia

Eu abri a porta, e me despedi.

Nós estávamos indo embora de volta, eu estava totalmente aliviado

Andy: Aquele tatuado é outro irmão meu?

Félix: Pois é, o interessante é que nenhum de nós somos parecidos.

Bang: Andy tem um pouco dos seus traços, mas você é mais parecido com a sua mãe.

Andy já parecia estar acostumado com a nossa presença, tão rápido, espero que ele fique mais tranquilo ainda.

Bang parou em várias lojas, e nós acompanhamos o pequeno para comprar roupas e utilidades, eu estava tão feliz, e Bang mais animado ainda, Andy no início recusou as coisas, mas aparentemente agora ele está mais solto

Analisando assim, Bang seria um ótimo pai, as crianças gostam dele, é paciente, e eu nunca esperei que ele realmente me ajudaria com isso, até pelo irmão ser meu.

Bang mudou muito, para melhor.

Ou ele sempre foi assim, e eu precisava buscar esse lado gentil e carinhoso dele.

Me envie um anjo.Onde histórias criam vida. Descubra agora