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Berlin,
Alemanha

O dia seguinte chega e a dupla dinâmica vai falar com Zemo. Eu vim junto é claro, já que eu sou a carona. Os trouxe com o quinjet e agora estou esperando do lado de fora da prisão encostada na nave adaptada para um carro.
Depois de mais de uma hora lá dentro, Bucky e Sam saem da prisão.

- E aí? O que Zemo falou? - Pergunto ao desincostar do carro e me aproximar dos rapazes.

- Vamos para um lugar - Bucky estende uma das mãos e eu o olho com a sobrancelha franzida. - Eu vou dirigir. - Com isso, entrego a chave para ele com relutância.

Entramos no carro: Bucky no banco do motorista, Sam no do passageiro e eu atrás.
Assim que Bucky começa a dirigir ele começa a me interrogar.

- E aí, acessou as câmeras e assistiu minha conversa com Zemo? - Bucky pergunta com um tom de desafio.

- Não James. - Fico no meio do espaço entre motorista e passageiro. - É você quem não confia em mim, não o contrário.

- E o que eu fiz para ganhar sua confiança? - Pergunta o homem.

- Meu pai confiava em você. Você era o melhor amigo dele, aquele que o defendia quando ele era um adolescente magrelo que vivia entrando em briga para defender outras pessoas mesmo não tendo força para isso.

Sam olha para mim, depois para Bucky e volta o olhar para a estrada. Quando Bucky fica calado eu volto a falar.

- Eu escutei histórias sobre você e os Vingadores durante toda a minha vida. Se você foi capaz de ganhar a confiança do meu pai mesmo depois de quase mata-lo quando era Soldado Invernal, acho que tenho que confiar em você também. - Me encosto no banco.

O resto do caminho é um silêncio tenso total até chegarmos a um armazém abandonado. Bucky estaciona o carro e entramos no local escuro, ligo minha lanterna de bolso e agradeço mentalmente por estar vestindo calça jeans elástica, blusa preta justa com bojo, meus coturnos pretos e a jaqueta do meu pai por cima.

- Do que você tá falando? Tá querendo tirar o Zemo da cadeia? - Sam pergunta depois de Bucky supor que Zemo possa sair da cadeia. - Aonde a gente tá, Bucky? Ficou maluco?

- Não temos pistas, indicações, nada.

- É, o que temos é um dos homens mais perigosos do mundo atrás das grades. - Os dois ficam discutindo enquanto andamos pelo local.

- E também temos oito super soldados à solta. - Bucky rebate.

- O Zemo vai mexer com as nossas mentes. Especialmente com a sua. - Ele faz uma pausa. - Sem ofensas.

Acho o interruptor e ligo as luzes desligando minha lanterna em seguida vendo os homens fazer o mesmo.

- Me ofendi. - Bucky responde Sam. - Super Soldados vai contra tudo que ele acredita. - Bucky se aproxima de Sam. - Ele é pouco, mas ainda tem um código.

- É, ele tem estado do lado errado desse código e você também. - Sam continua falando enquanto eu acho um lugar para sentar. - Ele explodiu a ONU, matou o rei T'Chaka e te culpou por isso. - Sam argumenta. - Já se esqueceu? Acha que os wakandanos já se esqueceram? - Ele dá uma pausa. - É uma pergunta retórica, é claro que não.

- Ai cara, eu só queria ter uma pipoca. - Comento baixinho, o que faz eles me olharem e depois voltarem a discutir igual um casal de velhos.

- Eu sei porque isso importa para você, mas tá fazendo você perder o juízo. - Sam diz para Bucky.

- Sam não sabemos como eles estão obtendo o soro. Nem sabemos quanto deles existem.- - Bucky fala seu ponto. - Olha vamos conversar sobre uma hipótese. Podemos conversar sobre uma hipótese?

- Por mim... - Digo dando de ombros.

- A conversa não é com você, os adultos estão conversando. - Bucky se direciona para mim.

- Cara, eu tenho 27 anos. - Lembro-o.

- É, e eu tenho 106. - Ele rebate e volta para Sam que o há desconfiado.

- O que você fez? - Sam pergunta e eu analiso os dois.

- Eu não fiz nada. - Bucky dá uma leve gaguejada, o que me faz levantar da cadeira, cruzar os braços e levantar a sobrancelha. -  O ponto mais fraco de qualquer sistema não é software nem o hadware, é quem opera. O elemento humano. - Bucky faz uma pausa. - A relação nessa prisão é de nove presos para cada guarda. - Eu olho-o confusa tentando ver aonde ele vai chegar. - Mas se dois prisioneiros começarem a brigar, o protocolo diz que quatro guardas tem que responder.

- E por quê dois prisioneiros começariam a brigar aleatoriamente nesse momento? - Sam pergunta como se lesse minha mente.

- Quem sabe? Poderia haver muitas razões... - Bucky devolve fingindo inocência.

- James... - Alerto-o já suspeitando de onde isso vai levar.

- Mas essas coisas se intensificam. - Bucky me ignora e continua a falar. - O procedimento de lockdown teria que ser iniciado, e com todos esse corpos voando por aí, não seria difícil passar por um corredor ou dois. - Eu já estou me preparando para a merda quando ele continua falando. - E se o alarme de incêndio fosse inciando enquanto os prisioneiros estão sendo separados... alguém poderia tirar vantagem desse caos.

Fecho os olhos já imaginando o pior e solto o "Por Odin, que seja só uma hipótese".

- Não tô gostando desse tom casual, não é nada normal. - Sam repara.  - Você...

- Onde a gente está, James? - Pergunto interrompendo Sam.

De repente alguém entra, está vestido de guarda. Mas não é um alguém qualquer, é claro que não porque minha intuição nunca está errada. Quem entra é Zemo, Bucky estava nos enrolando enquanto Zemo saía da prisão.

- Só pode ser brincadeira. - Solto fechando os olhos frustrada.

- Uou, espera aí o que você está fazendo aqui? - Sam tenta avançar, mas Bucky o impede.

- Cara, escuta. - Bucky pede. - Eu não queria te contar porque você não ia deixar acontecer.

- O que você fez, James? - Faço uma pergunta retórica cheia de frustração.

- O que você fez? - Sam questiona Bucky.

- Precisamos dele. - diz Bucky como se fosse o suficiente.

- Você vai voltar para a prisão. - Sam avisa Zemo.

- Se me permitem... - Zemo começa a falar.

- Não! - A dupla dinâmica responde.

- Me desculpem. - Zemo pede abaixando o tom de voz e eu dou um passo em direção a ele me aproximando devagar enquanto ele observa os garotos discutindo.

- Quando Steve se recusou a assinar o tratado de Sokovia você o apoiou. - Bucky começa a argumentar para Sam. - Você violou a leu e arriscou sua vida por mim. Só estou pedindo para fazer isso de novo.

- De fato, acho que sou indispensável. - Zemo comenta e eu aponto uma arma para ele.

- Cala a boca. - Ordeno e ele me olha de cima a baixo.

- Ok. - Sam concorda depois de pensar. - Se fizermos isso, você não se move sem a minha permissão. - Sam se direciona para Zemo. - Ou ela atira em você. - Ele se refere a mim.

- Justo. - Zemo concorda. - Mas você é? - Ele pergunta para mim. - Pode abaixar a arma já. - Mas eu continuo imóvel e lanço-o um olhar ameaçador.

- Pode abaixar. - Diz Sam abaixando meu braço. - Ok Zemo, por onde começamos?



















Espero que gostem desse cap.
Até o próximo bjs.

𝐈'𝐌 𝐀 𝐋𝐄𝐆𝐀𝐂𝐘 - ᴍᴀʀᴠᴇʟ ᴀᴠᴇɴɢᴇʀs (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora