Capítulo 7

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HARRY

O lugar tava lotado.

A Enmity faz muito sucesso entre os metaleiros e punks daqui. Além disso, o Zayn é da cena local desde moleque, então tem um monte de fãs fiéis só porque tá na batalha há um tempão. Uma banda horrível, que imitava o Slayer, ia abrir o show pra eles e já tava passando o som. Depois, ia tocar uma banda punk só de minas. Ou seja: o show do Zayn devia atrasar.

Legal, porque já eram mais de onze horas, e eu não conseguia parar de olhar o celular. Toda vez que eu fazia isso, o Niall revirava os olhos, e o Zayn dava risada. Só que os dois estavam empenhados em secar uma garrafa de tequila. Nem levei pro lado pessoal. Fazia mais de uma hora que eu tinha mandado um torpedo pro Louis, pra saber se ele vinha ou não, e nada de resposta. 

Eu tava impaciente e irritado. Em parte, porque aquele era um território desconhecido: o lance de monogamia era novidade pra mim. Tô acostumado a matar minha vontade quando preciso, apelar pras necessidades mais básicas e deixar meu instinto carnal me guiar. Ficar todo comportado não porque alguém me pediu, mas porque eu queria, era algo completamente novo pra mim, com efeitos colaterais que são um pé no saco. Estava com tesão e estressado e, pra completar, cansado de brincar de correr atrás dele por torpedo.

Não sabia que o Louis era tão ocupado. Ele fica indo da aula pro trampo, do trampo pra um troço voluntário, e é assim o dia inteiro. Quando a gente se via antes, só no fim de semana, eu achava que ele tinha tempo livre e passava o domingo na casa dos meus pais porque tava a fim. Mas não era o caso. Cada minuto do dia dele era planejado com todo o cuidado, e eu tava começando a entender o quanto ele tinha se sacrificado pra cuidar da minha família zoada. 

"Relaxa. Se o Louis disse que vem, ele vem." O Niall me deu uma cotovelada nas costelas, pra eu largar o celular. Já tava fazendo uns furos no aparelho, de tanto passar a mão na tela.

Enfiei o troço no bolso e peguei a cerveja que tava lá há mais de uma hora, esquentando na minha mão. Cruzei o olhar com uma loira super gostosa que ficou me observando desde que a gente entrou no bar. Fiz um rápido apanhado mental do porquê tinha achado uma boa ideia ficar só com o Louis e tentar entender como esse pirralho consegue confundir tanto minha cabeça. Afinal de contas, tinha aquela mulher bem mais fácil de pegar ali na minha frente. A loira me deu um sorriso que mais pareceu um grito de "quero que você arranque minha calcinha com os dentes", e eu engasguei, porque a cerveja desceu pelo buraco errado.

O Zayn abafou o riso e passou a mão por aquele cabelo bagunçado dele. O cara parece um rock star. É magro e tem um visual que tá sempre impecável. Não precisa fazer esforço pra deixar as minas loucas, com cara de tesão. Tem uma voz incrível e sabe cantar. Tipo, sabe mesmo. O fato de ele ter escolhido uma banda de metal não deixa de ser irônico, porque a maioria das músicas da Enmity é gritada e barulhenta. Ele é músico de verdade e escreve uns lances matadores. E ainda sabe tocar quase qualquer instrumento. Uma noite, depois de a gente encher a cara de cerveja, ele confessou que gosta de heavy metal porque não consegue lidar com a fama que os estilos mais populares atraem, não gosta de ter um monte de gente em cima dele. O cara quer ter uma banda, mas, por algum motivo que só ele entende, não tá nem um pouco a fim de ser estrela. Apesar de ter o visual e a voz pra isso. 

"Juro que você atrai mais minas do que eu. E olha que tenho uma banda. É só você piscar que elas caem matando" disse. 

Limpei a garganta e pus a cerveja em cima da mesa. 

"É... Bom, falei pra vocês que vou ter que dar um tempo dessa merda."

O Zayn virou pra trás e olhou a loira, depois olhou pra mim e deu um sorriso malicioso. 

ON YOUR SKIN (ʟᴀʀʀʏ- ᴘᴛ/ʙʀ)Onde histórias criam vida. Descubra agora