EPÍLOGO

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-x-

MAIS OU MENOS OITO MESES DEPOIS

"Se você não ficar quieto, vou parar por aqui."

"Mas tá doendo."

"Você sempre diz isso. A gente já fez isso um monte de vezes, e você sabia muito bem onde tava se metendo. Tô quase acabando. Para de reclamar."

"Você podia ser mais bonzinho."

"Você não gosta quando sou bonzinho. Sério, Lou, você é o pior cliente que já tive. E é uma pena, porque essa sua pele lisa e bronzeada é o sonho de qualquer tatuador" virei pro Liam, que tava espiando lá da mesa dele, e mandei um olhar matador. "Se não parar de ficar olhando pra bunda do meu namorado, vai precisar encontrar outra profissão, porque vou quebrar todos os seus dedos."

O Louis, que tava deitado sobre a mesa na minha frente, deu uma risadinha e voltou a apoiar a cabeça em cima dos braços cruzados.

O desenho que eu estava fazendo nele cobria o lado direito inteiro, da base da axila até aquela curvinha onde sua bunda linda encontrava a coxa e tudo mais. Era enorme, ousado e acompanhava a curva delicada das costelas dele.

Ainda faltavam mais umas três horas de sombreado e cores, mas, já que a tela praticamente morava no meu apartamento, eu não tava preocupado que demorasse pra terminar. Só que ele estava quase pelado, coberto pelo meu moletom e por uns shortinhos minúsculos de laicra. E eu tava ligado que o pessoal do estúdio tavam apreciando a paisagem. Eles sempre faziam isso quando eu tatuava o Louis. Mas tava difícil de me concentrar e controlar os vacilões ao mesmo tempo.

O Liam me mandou tomar no cu com um gesto, mas deu um sorriso bem-humorado. Meus amigos adoravam o Louis, amavam o fato de ele fazer minha loucura baixar um pouco e ter me transformado num cara mais fácil de conviver. Fazia quase um ano que a gente estava junto e, apesar de eu ainda não ser das pessoas mais fáceis, tava fazendo bastante progresso pra, pelo menos, ser uma pessoa mais tolerável.

"Acho que esse é seu melhor trampo. Vai pôr no seu portfólio quando terminar?" ele perguntou.

Era um desenho muito intricado e colorido de uma morte ao estilo mexicano. O rosto do cara era bonito e trágico, e ele segurava uma cópia perfeita do coração que eu tinha desenhado na palma da mão do Louis, meses atrás.

Meu namorado fez questão de duas coisas na tatuagem: daquele coração e de que o desenho lembrasse a morte que tenho tatuada do lado do corpo. Nunca pensei que ele fosse se interessar por essas coisas tanto quanto eu. Mas, um mês depois que a gente tinha voltado, ele me pediu pra fazer um pássaro, uma esmeralda e mais uns outros desenhos pequenos na parte inferior do braço. Quando perguntei a razão, respondeu que meus olhos lembravam ele de uma esmeralda, eu lembrava ele de um pássaro livre, e que queria ter tatuagens para se lembrar de mim.

Depois ele fez um H atrás da orelha esquerda, ai tem um desenho maneiro que eu mesmo criei na nuca e termina no ombro direito. É uma das partes dele que eu mais gosto de lamber. Amo as tattoos dele, não só porque fazem o Louis se lembrar de mim, mas porque fui eu que desenhei isso pra sempre no corpo dele. Uns dois meses depois, ele me pediu pra fazer uma ferradura com o nome do Marcel. Me sinto bem toda vez que vejo essa homenagem pro meu irmão na parte de dentro do braço dele, quando o Louis me abraça ou a gente fica de mão dada.

ON YOUR SKIN (ʟᴀʀʀʏ- ᴘᴛ/ʙʀ)Onde histórias criam vida. Descubra agora