2- Capítulo

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Oi gente, fico feliz que estejam gostando.
Podem me avisar se acharem qualquer erro? Corrigi na pressa, agradeço desde já.
Espero que gostem💞

O céu estava azul e o clima úmido deixava tudo muito confortável para o menino de cabelos azuis. Langa observava a cidade pela janela do ônibus, o garoto gostava de tentar adivinhar a vida das pessoas assim que as via pela primeira vez. Observou uma criança que estava na frente de um shopping com sua mãe, era uma menina mimada e percebeu isso assim que a viu puxar a mãe pelo vestido. Também viu uma mulher que aparentava ter mais experiência caminhando com uma sacola em mãos, provavelmente havia saído do mercado.

Um garoto quieto que tentava achar um lugar longe de suas mágoas na vida de outras pessoas. Mas infelizmente, aquilo nunca saía de sua mente. O jovem sempre via as pessoas dizendo que tinha talento e sempre o lembravam de como era antes de seu pai morrer, aquilo era um gatilho para o mesmo.

Todos se perguntavam o porquê de ter parado, até ele mesmo se perguntava sobre isso. Após o acidente que levou seu pai a morte, ele não via mais sentido no snowboard, não queria mais continuar com ele. O menino tentou voltar para o esporte, mas não havia nenhum sentimento. Não tinha aquele típico frio na barriga, ou mesmo a ansiedade de testar uma manobra nova, nada era como antes. Seu coração estava vazio, sem emoção, felicidade ou tristeza... Apenas um enorme vazio que parecia não ter fim.

Entretanto, ainda mantinha vivo em suas memórias as vezes que foi ao interior com seus pais para andar de snowboard, sempre iria se recordar da primeira vez que praticou aquele esporte. De início, caiu bonito no chão e sua mãe ficou desesperada, gritando aos quatro ventos que jamais deixaria ele subir naquele negócio novamente, já seu pai sentou ao seu lado fez carinho em sua cabeça.

*flashback on*

Langa estava caído no chão, havia neve em seu rosto e carregava uma cara muito emburrada por não ter conseguido andar nem um metro na prancha de snowboard, sua mãe estava ao lado desesperada para saber se ele estava bem e seu pai se aproximou dele.

Pai: você está bem? - pergunta se abaixando perto do menor, que na época deveria ter por volta de seus 7 anos.

Langa: uhauu -falou com seus olhos brilhando, mesmo depois de cair o menino ainda estava maravilhado com a sensação que sentiu a estar em cima da prancha -pai eu quero tentar de novo! -falou olhando para o mais velho que ficou surpreso pela reação dele -vamos pai! Vamos! -gritou puxando o maior que olhava com orgulho para seu filho.

*Flashback off*

Sempre irá lembrar das várias vezes que caiu e seu pai o ajudou a levantar, da vez que foi a uma fazenda no interior e fez um amiguinho que batizou de franguinho, dos sorvetes que tomava na sorveteria favorita de seu pai e dos risos jogados foras quando a sua mãe surtava por ter caído.

Nesse momento, ele se pega sorrindo como um bobo para a janela do ônibus. É verdade, o tempo passou e agora ele já não praticava mais o snowboard, já não viaja mais ao interior e nem viu mais seu amiguinho franguinho, agora ele era só mais um garoto indo para uma biblioteca pegar um autógrafo de um tal de Kaoru, escritor ou algo assim.

Seus pensamentos foram cortados com uma das suas colegas o chamando.

Akemi: Langa -fala chamando a atenção dele - Onde você estava? no mundo da lua por acaso?

Langa: hm, como? -pergunta um tanto confuso.

Akemi: Estou te chamando faz uns 5 minutos, o ônibus já parou. Vamos descer, o professor está esperando a gente.-Langa concordou com a cabeça e então os dois desceram em direção a sua turma.

Professor: Então... a sessão de autógrafos começa às 15:00 horas. Até lá, vocês podem andar por aí e olhar a biblioteca e as 18:00 todos aqui na frente certo.

alunos: Certo -falam todos juntos.

Agora cada um foi para um lado e Langa estava sozinho à procura de algum livro que te chame a atenção, era sua primeira vez naquela biblioteca e todavia, algo dentro de si trazia uma sensação de familiaridade. Mesmo morando em Nova York desde que se conhecia por gente, nunca havia entrado nessa biblioteca. Talvez nunca tive oportunidade ou só algo dentro de si não gostava muito do prédio, mas agora estava ali, andando até a direção de uma prateleira de livros, a cada passo parecia que seu coração acelerava mais, sem nenhum motivo aparente.

Lá estava Reki, em frente a livraria travado na entrada. Algo dentro de si não permitiu dar mais nenhum passo e pedia para que se afastasse o mais rápido possível, estava se perguntando o porquê estava acontecendo por que seu coração estava tão acelerado e do porquê de sentir um calafrio pesado. Porém, foi tirado de seus pensamentos com alguém te chamando.

Miya: vai ficar parado ai que nem um idiota? - falou cruzando os braços enquanto olhava para os outros, Reki pisca os olhos tentando entender o motivo de Miya ter falado aquilo- Olha, eu não esperava muito de um smile que nem você, mas isso ja chega a ser demais -agora falava se aproximando o outro- vamos logo idiota! -falou puxando ele.

Reki: Calma Miya, eu sei andar!- falava tentando se soltar do menor.

Kojiro: Ei vocês dois! Parem de brigar e vamos logo! -falou chamando a atenção dos dois, que com o susto se soltaram e seguiram o maior, Reki ainda tinha um certo receio, mas nada que fosse o impedir de entrar. Afinal, era só uma biblioteca.

Ele já estava sentado a algum tempo ao lado de Miya que jogava seus joguinhos. Estava entediado, então resolveu passear por aí, voltaria antes mesmo que alguém pudesse perceber sua saída, então levantou de quietinho e saiu.

Como estava a andar por aí sem rumo, resolveu ir ler um livro de esporte, torcia para achar um de skate, começou a andar em direção da prateleira de livros. A cada passo seu coração batia mais forte, uma ansiedade começou a consumi-lo, quando chegou na prateleira pegou  um livro ou tentou pois quando sua mão encostou no livro, outra mão encostou na sua. Uma mão um pouco maior que a sua. Entretanto, um pouco mais branca, se assustou com esse ato e virou para encara quem estava atrás dele.

Os dois juntos: Você! -naquele momento o mundo ficou quieto, o tempo parou.

Se encaravam sem desviar o olhar ou piscar.

Os dois se perguntavam...

“O que estou sentindo e quem é ele?”

Continua...

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